“Momentos de desaceleração exigem cautela, mas também favorecem quem tem estratégia, capital disponível e agilidade para identificar boas oportunidades”, André Matos, CEO da MA7 Negócios
“O setor de serviços cresceu 0,3% em março, abaixo do que o mercado esperava, que era uma alta de 0,4%. Além disso, esse resultado mostra uma desaceleração em relação a fevereiro, quando o avanço foi de 0,8%. Ou seja, o ritmo da atividade no setor está perdendo força. Isso é importante porque os serviços têm sido um dos principais fatores por trás da inflação persistente, justamente o ponto de atenção que o Copom destacou na sua última ata. Embora o setor continue crescendo, o dado de março pode ser um sinal de que os juros mais altos estão começando a frear a economia. Para os próximos meses, a expectativa é de que esse ritmo mais moderado continue, com os serviços crescendo menos e ajudando a reduzir a pressão sobre os preços”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike
“O avanço de 0,3% no volume de serviços em março, embora discreto, reforça a resiliência da atividade econômica em um cenário de juros ainda elevados e desaceleração da indústria. O resultado veio em linha com as expectativas e marca o segundo mês seguido de crescimento, impulsionado por segmentos sensíveis ao consumo, como transportes e serviços prestados às famílias. A combinação de crescimento disseminado e aceleração no acumulado em 12 meses (de 2,5% para 3%) indica que o setor de serviços continua sendo o principal pilar da economia brasileira, sustentando o PIB e mitigando os efeitos de setores mais voláteis. Para os próximos meses, a expectativa é de manutenção do ritmo moderado de alta, puxado por demanda interna e possível alívio monetário à frente”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio
“O crescimento de 0,3% em março confirma a resiliência do setor de serviços, mesmo abaixo das expectativas do mercado. Esse avanço, puxado por transportes e serviços às famílias, sinaliza uma retomada gradual da atividade econômica. A expectativa é de continuidade desse movimento, embora em ritmo moderado, diante de um cenário ainda desafiador para o consumo e o emprego”, Pedro Ros, CEO da Referência Capital
“O crescimento de 0,3% no setor de serviços em março reflete uma continuidade da resiliência econômica, embora em ritmo mais moderado que nos últimos meses. A expansão observada, ainda que positiva, indica uma acomodação após o desempenho mais robusto registrado em fevereiro. Esse comportamento sinaliza que o setor mantém resiliência, especialmente em áreas como transportes e tecnologia, que impulsionaram o resultado. No entanto, a retração nos serviços prestados às famílias demonstra que a recuperação não é homogênea e segue vulnerável aos efeitos de uma demanda doméstica mais contida. Para os próximos meses, o cenário deve ser mais desafiador. Indicadores antecedentes, como o PMI de serviços, já sugerem uma possível desaceleração em abril, destacando os desafios impostos pela política monetária restritiva e pela inflação resistente. O setor de serviços, que é crucial para a economia brasileira, deve enfrentar um ambiente mais difícil para manter o ritmo de crescimento, dependendo de estímulos ao consumo e de um cenário macroeconômico mais favorável para sustentar a trajetória positiva observada até agora”, Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital
“O desempenho mais fraco do setor de serviços em março, com alta de apenas 0,3%, reforça o impacto da política monetária contracionista sobre o consumo cotidiano. Em setores como o de autosserviços, onde atuamos, o encarecimento do crédito e a perda de fôlego da demanda atingem diretamente o volume de transações e o comportamento do consumidor. O ambiente exige modelos de negócio mais enxutos, tecnológicos e escaláveis. A demora na reversão do ciclo de juros pode travar investimentos importantes em expansão e inovação”, Isaelson Oliveira, CEO do Grupo Hi.
“Embora o crescimento de 0,3% nos serviços venha abaixo do esperado, ele revela uma estabilidade importante em setores essenciais, como saúde e segurança, que mantêm demanda mesmo em cenários adversos. A política monetária restritiva tem efeitos mais fortes sobre o consumo não essencial, mas o núcleo da economia segue operando. A perspectiva, no nosso caso, não é de retração, mas de adaptação estratégica — com foco em soluções mais rápidas, integradas e baseadas em dados, que respondam à nova lógica do mercado”, Victor Reis, fundador e chairman do Grupo Med+.
“O resultado de 0,3% em março reforça a percepção de que o setor de serviços ainda cresce, mas com sinais claros de desaceleração. A diferença entre o dado real e a projeção de 0,4% mostra um ritmo mais contido da economia, o que pode influenciar diretamente as decisões futuras da política monetária. Para o mercado de capitais e crédito estruturado, esse cenário exige atenção redobrada: o apetite por risco tende a ser menor, e a seletividade nos investimentos deve aumentar. A manutenção de juros elevados por mais tempo pressiona margens e exige estratégias mais conservadoras e bem estruturadas”, Sidney Lima, analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.
“O avanço de 0,3% no setor de serviços em março reforça a leitura de que a economia brasileira segue operando em um cenário de estabilidade moderada. Ainda que o resultado tenha vindo um pouco abaixo das expectativas, ele mostra que há uma base de demanda ativa, especialmente em áreas como transportes e serviços às famílias, mesmo com os juros ainda em patamar elevado. Esse desempenho indica que, apesar das restrições no crédito e de um consumo mais seletivo, o mercado segue encontrando caminhos para crescer. Para investidores, o sinal é de que há oportunidades, mas elas exigem análise criteriosa, foco em eficiência e posicionamento estratégico em setores com demanda resiliente e potencial de escala”, João Kepler, CEO da Equity Group.
“O crescimento de 0,3% no setor de serviços em março indica que a economia brasileira mantém um ritmo de atividade, mesmo diante de desafios como juros elevados e consumo mais cauteloso. Esse desempenho sugere que, apesar das restrições no crédito e de um consumo mais seletivo, o mercado segue encontrando caminhos para crescer. Para os empreendedores, esse cenário reforça a importância de estratégias focadas em eficiência operacional e inovação. A capacidade de adaptação e a busca por soluções criativas serão fundamentais para sustentar o crescimento nos próximos meses”, Theo Braga, CEO da SME The New Economy.
“O desempenho de março, com alta de 0,3% no setor de serviços, revela um cenário de crescimento moderado, abaixo das projeções, mas ainda positivo. Esse ritmo mais contido reforça a percepção de uma economia em fase de ajuste, influenciada por juros elevados e maior seletividade no consumo e no crédito. Nesse contexto, enxergamos um aumento no surgimento de ativos descontados, o que gera oportunidades relevantes no mercado de créditos estressados. Momentos de desaceleração exigem cautela, mas também favorecem quem tem estratégia, capital disponível e agilidade para identificar boas oportunidades”, André Matos, CEO da MA7 Negócios.
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