Desde 2018

⭐ Piracicaba, 31 de março de 2025 ⭐

[wp_dark_mode style="3"]

Publicidade

Dólar x Selic: Moeda pode voltar a R$ 5,50?

1646770564492

“A combinação de uma alta na Selic no Brasil com a manutenção ou início de corte nos juros pelo Fed pode atrair um fluxo significativo de capital estrangeiro, valorizando o real e ajudando no controle da inflação via um câmbio mais favorável”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio

“A elevação da taxa Selic no Brasil, combinada com a manutenção ou redução das taxas de juros pelo FED, tende a aumentar o diferencial de juros entre os dois países. Esse cenário torna os investimentos em títulos brasileiros mais atrativos para investidores estrangeiros, devido ao potencial de retornos mais elevados. A entrada de capital estrangeiro tende fortalecer o real em relação ao dólar, contribuindo para a redução da inflação ao baratear produtos e insumos importados. Contudo, a sustentabilidade de uma queda consistente do dólar não depende apenas desse diferencial de juros, já que fatores externos, como políticas comerciais protecionistas adotadas pelos Estados Unidos, podem impactar negativamente as exportações brasileiras, afetando a balança comercial e pressionando o câmbio. Além disso, a percepção de risco associada à economia brasileira, influenciada por questões políticas e fiscais internas, também desempenha um papel significativo na determinação da taxa de câmbio”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos. 

“A combinação de uma alta na Selic no Brasil com a manutenção ou início de corte nos juros pelo Fed pode atrair um fluxo significativo de capital estrangeiro, valorizando o real e ajudando no controle da inflação via um câmbio mais favorável. No entanto, embora esse movimento contribua para aliviar pressões de preços internos, sua capacidade de sustentar uma queda consistente do dólar é limitada diante de fatores externos relevantes, como o possível tarifaço do governo Trump e a instabilidade do comércio global. Para empresas e investidores, essas oscilações cambiais exigem atenção redobrada: enquanto importadores podem se beneficiar de um real mais forte, exportadores e setores sensíveis ao mercado externo precisarão adotar estratégias de proteção para mitigar riscos e preservar margens”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio 

“Se o Banco Central aumentar a Selic e o Fed iniciar cortes de juros, o diferencial de taxas pode atrair mais capital estrangeiro, ajudando a reduzir o dólar e controlar a inflação. Isso beneficia empresas que importam insumos e investidores que buscam ativos brasileiros, como imóveis e crédito estruturado. No entanto, fatores externos, como as tarifas protecionistas de Trump, podem limitar essa queda e manter o câmbio pressionado. O mercado deve acompanhar os desdobramentos globais antes de definir uma tendência clara”, Pedro Ros, CEO da Referência Capital.

“Temos a super quarta, aqui no Brasil já está praticamente decidido que o BC irá aumentar a Selic em 1%, se for algo fora disso irá surpreender muito o mercado. Nos EUA a previsão da decisão de hoje é que a taxa referencial de juros seja mantida. Veremos então uma maior diferença entre os juros do Brasil e dos EUA, e sabemos que isso torna o prêmio de investimento pro investidor estrangeiro mais atrativo por aqui, o que tende a levar a queda do dólar. Sobre uma queda futura de juros lá nos Estados Unidos, o Fed é sempre extremamente cauteloso em suas decisões, então acredito que futuramente irá realizar um novo corte se perceber que a economia por lá realmente está encolhendo. Trump está agora aplicando algumas tarifas de importação a outros países que podem provocar preços mais altos aos consumidores, e assim influenciar a inflação por lá. Com toda certeza o Fed irá acompanhar os novos dados e ir sentindo o impacto desse tarifaço na economia. No Brasil, podemos dizer que uma Selic alta já tem surtido efeito se olharmos para os últimos dados que mostrou queda em diversos setores como indústria, serviços e varejo. A inflação de fevereiro que veio assustando foi impactada principalmente pela energia elétrica por conta do bônus de Itaipu. Acredito que em março devemos ver um alívio mais real e medir melhor o efeito desse juros mais altos. Por outro lado o IBC-br surpreendeu mostrando uma atividade ainda forte e resiliente. Então fica uma incógnita os próximos passos do Banco Central. Cada novo dado e divulgação será decisivo para a balança sobre novos aumentos, que peso eles terão. Já estamos tendo um impacto na entrada de investidor estrangeiro no Brasil, então hoje sai um comunicado de até onde o BC deve aumentar a Selic, o que pode talvez esfriar a entrada de recurso se a Selic não aumentar muito. Porém, para as empresas brasileiras, um aumento de juros maior é muito danoso, e quem trabalha com crédito como a Multiplike, tem que ser extremamente cauteloso com uma Selic mais alta”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike. 

“O cenário atual de juros altos no Brasil impacta diretamente o mercado de investimentos, especialmente no ecossistema de startups. Com a Selic elevada, investidores institucionais e estrangeiros tendem a buscar aplicações de renda fixa, que oferecem retornos mais atrativos e com menor risco. Isso reduz a liquidez disponível para aportes em empresas inovadoras, tornando o ambiente mais desafiador para startups. Nos Estados Unidos, a manutenção dos juros pelo Federal Reserve reflete uma abordagem cautelosa, acompanhando os efeitos da política monetária sobre a economia. Caso haja uma desaceleração mais acentuada, um eventual corte nas taxas poderia reaquecer os investimentos em setores de maior risco, como o de tecnologia e inovação. Entretanto, fatores como novas tarifas de importação impostas pelo governo Trump podem pressionar a inflação e dificultar essa flexibilização monetária no curto prazo. No Brasil, a alta da Selic já demonstra impactos na atividade econômica, com desaceleração em setores como indústria, serviços e varejo. Para startups, isso significa um cenário mais competitivo na busca por investimentos, exigindo modelos de negócio mais sólidos e eficientes. Apesar disso, a resiliência da economia brasileira e o interesse crescente de investidores estrangeiros podem criar oportunidades para negócios inovadores que demonstrem capacidade de adaptação e crescimento sustentável. O próximo comunicado do Banco Central será crucial para entender até onde vai esse ciclo de aperto monetário e como ele pode afetar o fluxo de investimentos no país”, João Kepler, CEO da Equity Group.

“O aumento da taxa Selic no Brasil, combinado com uma política monetária mais estável ou expansionista nos Estados Unidos, amplia a diferença de juros entre os dois países, tornando os ativos brasileiros mais atraentes para investidores estrangeiros. Esse fluxo de capital pode fortalecer o real, reduzindo o custo de importação e ajudando a conter a inflação. No entanto, a valorização da moeda não depende exclusivamente desse fator. Medidas protecionistas adotadas por grandes economias, como os EUA, podem afetar as exportações brasileiras, impactando a balança comercial e limitando os efeitos positivos da entrada de capital estrangeiro. Além disso, questões fiscais e políticas internas influenciam a percepção de risco do Brasil, o que pode gerar volatilidade no câmbio e afetar a atratividade dos investimentos no país”, André Matos, CEO da MA7 negócios.

“Em um cenário de juros elevados no Brasil e maior atratividade para investidores estrangeiros, empreendedores e donos de empresas precisam adotar estratégias financeiras mais cautelosas. O custo do crédito segue alto, tornando essencial uma gestão eficiente do caixa e a busca por alternativas de financiamento que reduzam a dependência de empréstimos bancários tradicionais. Além disso, a valorização do real pode impactar setores exportadores, exigindo adaptação de empresas que dependem do mercado externo. Por outro lado, a redução no custo de importação pode beneficiar negócios que utilizam insumos ou produtos importados, criando oportunidades para renegociar contratos e melhorar margens de lucro. Em momentos como esse, a diversificação de receitas, a otimização de custos e a inovação se tornam ainda mais cruciais para garantir competitividade e crescimento sustentável”, Jorge Kotz, CEO da Holding Grupo X.

Foto: Banco de Imagem

Publicidade