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⭐ Piracicaba, 30 de janeiro de 2025 ⭐

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Dólar pode voltar a ficar abaixo dos R$6 ?

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“Embora fatores externos, como decisões econômicas nos EUA, influenciem o câmbio, uma economia brasileira mais sólida pode mitigar esses impactos e valorizar o real”, afirma João Kepler, CEO da Equity Fund Group.

 

“As mudanças necessárias para que o dólar volte a cair abaixo de R$ 6 são bastante complexas, especialmente devido ao cenário internacional. Atualmente, o dólar apresenta um desvio de 26% acima da sua média histórica, um desvio significativo em relação ao restante do mundo. Isso se deve, principalmente, às recentes mudanças, como a nova presidência nos Estados Unidos, onde políticas como maior controle das fronteiras e ajustes fiscais têm impactado o câmbio. Para que o dólar diminua substancialmente, será necessário observar como essas medidas serão implementadas pelo governo Trump e avaliar sua efetividade. Esse processo, no entanto, pode levar ao menos o primeiro semestre do ano para que o mercado se acomode. No Brasil, o quadro se agrava pela desvalorização cambial superior à de outros países, motivada pela situação fiscal do país, pelo aumento do risco-Brasil e pela crescente dívida pública. O governo, que frequentemente promete ajustes fiscais no início do mandato, parece não demonstrar preocupação prática com o equilíbrio das contas, apresentando déficits cada vez maiores. Dessa forma, temos um cenário internacional complexo combinado com fragilidades internas que levaram a uma desvalorização do real maior do que a de outras moedas. Ainda assim, se o governo brasileiro adotar medidas concretas e não apenas promessas no campo fiscal, é possível que o real recupere parte desse terreno perdido. Essa é a parte positiva: devido à desvalorização mais acentuada, o real tem espaço para se valorizar, mesmo diante de um cenário externo desafiador”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

 

“Para que o dólar volte a ficar abaixo de R$ 6,00, o Brasil precisa adotar medidas que aumentem a confiança dos investidores e tragam mais estabilidade econômica. Isso inclui um controle mais rígido dos gastos públicos, mostrando que o governo está realmente comprometido em reduzir o déficit e a dívida do país. Outra frente importante são as reformas, como a tributária, que tornem o Brasil um lugar mais competitivo para negócios e investimentos. Também é essencial reduzir incertezas políticas, já que um ambiente mais estável atrai investidores e reduz a pressão sobre o câmbio. Por fim, fatores externos, como a política econômica dos Estados Unidos, influenciam, mas com uma economia doméstica mais forte e previsível, o Brasil pode ter uma moeda mais valorizada”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.

 

“Temos alguns antídotos, mas são medidas extremamente emergenciais que, na minha opinião, o governo não vai querer implementar agora. Aumento de IOF, aumento do compulsório, existem algumas ferramentas ainda disponíveis, que podem ser usadas para conter o mercado, mas que, automaticamente, farão o dólar e os juros se moverem antes. Acredito que o principal antídoto está nos juros, porque são eles que acabam ajustando o restante do mercado. Estamos tentando entender até onde os juros irão, pois, a cada dia, o mercado precifica uma taxa nominal para o futuro, e ainda há muita incerteza sobre o que pode acontecer. Existe uma série de ações que podem ser tomadas, mas é fundamental analisá-las com cautela. Medidas muito emergenciais e agressivas podem resolver um problema, mas causar outros impactos negativos. É um momento de prudência, mas há possibilidades e estratégias que podem ser adotadas. Já foram sugeridas ao ministro Fernando Haddad, por exemplo, medidas como o aumento de IOF. Esse tema chegou a ser discutido na semana passada, mas acabou não avançando. Ainda assim, outras oportunidades podem surgir para ações dessa natureza”, André Matos, CEO da MA7 Negócios.

 

“Para que o dólar volte a ficar abaixo de R$ 6,00, é necessário implementar ações que fortaleçam a economia e inspirem confiança nos mercados. Isso envolve ajustes fiscais, com maior controle sobre os gastos públicos e esforços concretos para diminuir o déficit e a dívida. Além disso, é fundamental avançar em reformas estruturais, como a tributária, para aumentar a competitividade do país e atrair mais investimentos. A redução de instabilidades políticas também é crucial, pois um cenário político previsível e confiável tende a acalmar o mercado cambial. Embora fatores externos, como decisões econômicas nos EUA, influenciem o câmbio, uma economia brasileira mais sólida pode mitigar esses impactos e valorizar o real”, João Kepler, CEO da Equity Fund Group.

 

“Para que o dólar volte a ficar abaixo de R$ 6,00, é essencial um conjunto de medidas que fortaleçam a confiança dos investidores. A consolidação fiscal precisa ser prioridade, com a execução efetiva de medidas de contenção de gastos, como a economia projetada de R$ 71,9 bilhões em dois anos. A política monetária deve ser conduzida com equilíbrio: manter juros elevados ajuda a atrair capital estrangeiro e conter a inflação, mas não pode sufocar o crescimento econômico. Intervenções pontuais do Banco Central no mercado de câmbio, como a venda de US$ 21,57 bilhões em dezembro de 2024, ajudam a controlar a volatilidade, mas não substituem políticas estruturais. Além disso, a simplificação tributária e a redução da burocracia podem atrair mais investimentos diretos, trazendo dólares ao país. Por fim, a estabilidade política é fundamental, pois reduz o risco-país e fortalece a atratividade do real. Com ações coordenadas e sinais claros de responsabilidade fiscal, há espaço para uma valorização sustentável da moeda brasileira.”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio 

Foto: Banco de Imagem