Turim lembra de forma saudosa das décadas de 1960, 1970 e 1980
Meu pai e meu irmão m a i s velho já trabalhavam com foto”. Essa é a deixa dada pelo fotógrafo piracicabano Roberto Turim, 81, ao ser questionado pelo Piracicaba Hoje sobre o tempo em que atua na profissão.
Com um estúdio na Avenida Rui Barbosa, na Vila Rezende, ele mantém a tradição familiar, mas reconhece que o advento dos celulares equipados com câmeras cada vez mais potentes, reduziu e muito o trabalho do profissional de fotografia. “Eu cheguei a fazer (fotografar) de dois a três casamentos por sábado. Agora está cada vez mais raro”, diz.
Atualmente, o forte do estúdio dele são as fotos 3×4, fotografias para túmulos e restaurações. Ele lembra, de forma saudosa, das décadas de 1960, 1970 e 1980, quando tudo era contado, até o número de fotos.
Foi a melhor época para foto de casamento. Andava a pé ou de ônibus e levava 30 rolos de filme comigo, além dos equipamentos. Um filme tinha, no máximo, 12 fotos, depois 36. Não podia tirar uma foto atrás da outra, porque podia faltar”, diz.
Entre os fotógrafos piracicabanos que ele considera como inspiradores estão Cícero Correia dos Santos, Jorge Altino, Idálio Filette, Altino Jorge, Capreci e Nascimento.
Naquela época, os equipamentos eram mais rústicos, mais difíceis de manusear, situações que eram compensadas com o talento. Atualmente, com equipamentos cada vez mais sofisticados, é bem mais fácil fazer uma boa fotografia, mas o talento é fundamental.
Tem que dominar o equipamento, ter talento e estudar muito para ser um fotógrafo”, diz Turim.