No último sábado, dia 20, o Pecege recebeu cerca de 50 crianças, moradoras do Jardim São Jorge, para assistir um filme infantil com duração de uma hora e meia de exibição em uma sessão de cinema gratuita, com pipoca à vontade, no auditório do Instituto com capacidade para mais de 600 pessoas.
As crianças, com faixa etária entre 4 e 12 anos de idade, estiveram acompanhadas pelos orientadores Sabrina Alves Batista, Diana S. Mariano e Marcos Aparecido Bombo, profissionais atuantes na comunidade do bairro Jardim São Jorge – região periférica de Piracicaba.
“O bairro não é favorecido, não tem acesso fácil ao cinema, à arte e à cultura. Então, esse trabalho é tão importante porque gera um acolhimento, uma memória afetiva nas crianças. Esse projeto realizado pelo Pecege foi de grande valia”, opina Sabrina Batista.
O orientador Marcos Aparecido Bombo explica que esse trabalho cultural com as crianças já é realizado há muito tempo. “Todo sábado nos reunimos com as crianças na comunidade para um trabalho de musicalização, e conversamos sobre vários temas e assuntos. Perguntamos o que elas gostariam de fazer; e nos disseram que gostariam de assistir a uma sessão cinematográfica. Muitas das crianças aqui nunca tinham entrado em uma sala de cinema”, diz Marcos, e completa “A nossa intenção é mostrar para elas que por meio de um trabalho conjunto é possível melhorar a vida das pessoas. E o Pecege proporcionou isso às vidas dessas crianças”, pondera Marcos Bombo.
Para Diana S. Mariano, que atua na comunidade ensinando musicalização infantil, a ação do Pecege, em possibilitar acesso às crianças que não têm essa oportunidade, é muito importante. “Proporcionar essa experiência, essa vivência, é fundamental para que possamos transformar a realidade delas. Fiquei muito grata mesmo! Eu já conhecia o Pecege, mas não sabia dessa iniciativa. Isso só engrandece o Instituto na minha concepção”, opina Diana.
Crianças fazem filas para assistir filme infantil e comer pipoca
Para Luís Gustavo Campos de Oliveira, de 10 anos, a experiência foi muito boa. “Agradeço ao Pecege por essa oportunidade que ele proporcionou para a gente”. Também Raíza de Moraes Godoy, de 8 anos, diz que “Achei muito legal porque a luz ‘apagou do nada’ antes de começar a sessão. Além disso, eu gostei muito de assistir filme comendo pipoca aqui no Pecege. Quero voltar outras vezes”, afirma.
De acordo com a colaboradora do Pecege, Lilian Arruda, há possibilidade de abertura para outras escolas de regiões menos favorecidas participarem. “A ideia surgiu para atender a um pedido pontual. Mas, devido ao sucesso dessa realização, estamos analisando a possibilidade de abrir novas sessões para atender as demandas escolares. Foi um privilégio para o Pecege receber as crianças, principalmente porque acreditamos que a cultura faz parte do processo e do desenvolvimento educacional”, conclui Lilian.