Foi lançado no sábado, no Café Senhor Baunilha, aqui em Piracicaba, o livro “Receitas adocicadas”, de autoria de Piracicaba, de autoria de Amélia Seghesi Fogaça e publicado pela Editora Pontes de Campinas. São 353 páginas de memórias e afetos, executadas pela autora, herdeira da culinária italiana e musicista, que passam por comidas saborosas, doces ainda mais e cocktails. E, para arrematar, um capitulo de saudosas memórias dos familiares piracicabanos e muitos, mas, muitos mesmo, amigos da autora por aqui.
Amelinha, como é chamada pelos mais íntimos, é natural aqui de nossa cidade onde viveu até 1966, casou-se e foi viver no Paraná, Em 1962, completou o curso de magistério e música na escola Pró-Arte. Deu aulas de iniciação de piano e iniciação musical nas escolas de música particulares da cidade. Regeu o Orfeão Escolar e participou do Madrigal sob a regência do maestro Ernst Mahle.
Lecionou Educação Artística e musical em escolas do primeiro e segundo graus em escolas particulares e estaduais. Completou a faculdade de música e artes plásticas na PUCCAMP (Campinas) e cursos de especialidades na UNICAMP.
Atuou ainda como regente de corais e foi organizadora de concertos musicais pelas universidades onde andou, além de escolas particulares e estaduais.
Apresentação breve conteúdo
Na apresentação do livro, a autora destaca que “este livro com memórias e receitas são, na verdade, uma homenagem a familiares e amigas que estiveram muito presentes em minha vida”.
Destaca também que na “minha infância e adolescência foram muito felizes e com carinho e cuidados dos meus pais, endossados pelos tios e primos. A família muito unida partindo do avô italiano Baptista Seghesi, que nasceu em 18 de junho de 1884 em Cálcio, Itália, província de Bergamo e da meiga avó Pierina Bistacco, nascida em São Carlos do Pinhal em 1887 Os avós conheceram-se na cidade de São Pedro. Marcaram minha vida colegas do Colégio Nossa Senhora da Assunção, da Escola Moraes Barros, tias e primas amorosas para comigo. Muito marcantes as receitas de todas experimentadas e aprovadas, algumas delas mantidas em segredo e hoje reveladas por mim.”
Diz ainda que “descendente de família italiana, com uma culinária maravilhosa e caprichada, não poderia deixar de gostar de bons pratos. Muita gratidão à todas que docemente participaram de minha fazendo com que nunca as esquecesse ao preparar suas receitas. Gratidão ao querido sobrinho Master chef Henrique fogaça que enalteceu o nome da família com seu maravilhoso trabalho, me incentivando a divulgar as receitas da família!”
Agradeceu também às amigas de Piracicaba, familiares de Sousas, Campinas e Maringá/PR e conclui a apresentação dizendo “desfrutem e lembrem com carinhos ao executar as receitas!”
A primeira receita era a que chamou de “trivial de minha querida mãe Florentina”, nada além de um arroz branco, sempre feito e no ponto. Seguem-se ao prato tradicional, as primeiras 186 receitas de doces, geleia de pinga, as bolachinhas de maisena da tia Dulce, dentre os mais conhecidos e os nem tanto, como o tal bolo de fubá de Piracicaba, biriba. Getúlio (quer conhecer, vá até a página 44. Se seguir até a página 138 vai encontrar a receita do “bolo casamenteiro” e outros que se seguem. Até a página 214, com o Bolo da Malásia.
Entre os salgados, estão pães, carnes, peixes, cuscuz marroquino azeviche (prato peruano) o aperitivo do Sr. Hernane (quer conhece-lo, dirija-se a página 279), entre comidas italianas e de outros cantos do mundo.
O livro segue adiante com outras receitas de bebidas e cocktails. Tem o tal xixi de anjo, (na página 292); um licor de folhas de figo (página 304), entre outras iguarias.
Mas é a partir da página 309 que começam as lembranças das amigas e familiares, descritos com carinho pela autora, com destaque para as colegas que conviveram com ela no Colégio Nossa Senhora da Assunção e das quais guarda histórias e lembranças carinhosas. Lembra-se também da família Silveira Melo, seus vizinhos na época.
E vão desfiando histórias de amigas querida, não necessariamente da família, como d. Nida Dedini Ricciardi, cuja filha Adriana, antes Tutu, hoje Tula, foi uma das alunas de Amelinha. E foi com a quituteira dos Ricciardi, a Ziza, que Amelinha aprendeu uns e outros truques de sedução a beira de um fogão, cujos originais são guardados a sete chaves, até hoje. E os sobrenomes de italianos/as famosos pela cidade vão percorrendo cada uma das páginas, entre lembranças, recordações e muitas saudades. São os Seghesi, Romani, Alleoni, Fogaças, entre outros.
As memórias são completadas por fotos da época, casarões das famílias, momentos históricos como festas, carrões da época, e outro tanto de saudades.
Por fim, registro aqui minha gratidão às amigas Lisa e Marli Seghesi, que me comunicaram sobre o lançamento, mas, como infelizmente não consegui participar, me deixaram aqui em casa, um exemplar autografado carinhosamente pela autora, ao qual agradeço imensamente.
Serviço
O livro, editado pela Pontes, Campinas, custa R$ 50,00, mais tarifa do Sedex, e podem ser solicitados diretamente a autora pelo zap 19.997658431.