Das várias atrações que o Bairro Monte Alegre propicia aos piracicabanos e aos turistas que nos visitam, em especial nos finais de semana, a Galeria Florença e o Coletivo Monte Alegre são marcantes e já se transformaram um pouco na face do local, onde também pode-se visitar a Capela, decorada por Alfredo Volpi.
Segundo a curadora Luciene Guidotti, “o Coletivo Monte Alegre foi criado em 2013, para ser um espaço de cultura lá no bairro e, em especial, na Galeria Florença, idealizada por um dos empreendedores do local, Balu Guidotti, que criou a Galeria, onde se desenvolvem as ações do Coletivo, que se realizam ao menos seis vezes por ano, nos finais de semana. Além deles a Galeria recebe eventos com uma pegada mais cult, com músicas de jazz, bossa nova, instrumental e voz.”
O Coletivo Monte Alegre é um evento que tem como objetivo abrir espaço para que as melhores marcas de Piracicaba e região divulguem seus produtos e serviços de forma acolhedora e em um só lugar. É um local para eventos e apresentações. A programação começa sempre das 11h às 20h; e no domingo (31), das 11h às 18h, na Sala Florença (ao lado do Café Ma Belle). A entrada é gratuita e permitida a circulação de pets.
O Coletivo Mix apresenta trabalhos artesanais como sabonetes, velas, acessórios, brinquedos, crochê, costura criativa, itens de decoração, roupas, calçados, sem joias, cosméticos naturais, perfumaria, produtos para cabelos cacheados, cerâmica e antiguidades. Já na programação cultural, o evento contará com música ao vivo.
Na área gastronômica, será possível experimentar os sabores dos cafés da cidade, doces e bolos. “Essa parceria está presente tanto no nosso brigadeiro de café, quanto nos cafezinhos, que são ótimos acompanhamentos de bolos e doces. Teremos de sabor intenso, clássico, entre outros”, conta a confeiteira Isabel Santarosa, proprietária da Dona Bel Bolos.
Os eventos ainda contam com cerveja artesanal, crepes, brigadeiro, pudins, comida italiana e diversas opções em foodtruck. Uma diversidade de alimentos para consumir no local e também levar para a casa, como queijos, pães, bolos no pote, chocolates, bebidas, entre outros.
Marcelo Borges de Araujo
Autor da maioria dos quadros expostos na Galeria, Marcelo iniciou na pintura em 1991. Considera-se “influenciado” pelos trabalhos do pai, o artista plástico Eduardo Borges Araújo e pelo estilo do pintor Renato Wagner. Tem forte influência do estilo impressionista, pelo colorido que retrata nas paisagens do país. Participou de diversas exposições em Piracicaba e região, em importantes salões de Belas Artes. Recebeu Medalhas de Ouro, Prata, Bronze, Menções Honrosas e Prêmio Aquisitivo. Artista plástico/pintor plein air na empresa Ateliê Marcelo Araújo. Seus quadros, com paisagens belíssimas de locais da cidade e região, estão expostos por lá e a disposição dos interessados em adquiri-los.
Livros sobre o bairro
Para quem quiser conhecer melhor a história do bairro, duas indicações de livros, “Monte Alegre, a ilha do sol”, do professor e folclorista Hugo Pedro Carradore editado pelo Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba, e mais recente, “O Acervo do Monte Alegre, excertos da massa documental dos Engenhos de Piracicaba”, 228 páginas,2021, editado pela secretaria de Ação Cultural, um inventário sobre documentos da origem do bairro, de autoria da Dra. Marilda Soares.
A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Ação Cultural (Semac), realizou a análise, higienização e catalogação de arquivos da Usina Refinadora Paulista de Açúcar e da Usina Brasileira de Açúcar S/A, doados em 2019. Foram cerca de 1.900 caixas-arquivos, que continham escrituras, fotos, plantas e outras informações das Usinas Monte Alegre e do Engenho Central, em Piracicaba, além de outras empresas pertencentes ao extinto Grupo Silva Gordo. O objetivo do trabalho foi disponibilizar o material para consulta da população.
A doação foi feita em 2019 e Renata Rosa, então funcionária da Semac, ficou responsável pela triagem dos documentos. Até aquela ocasião, 300 caixas-arquivo já foram analisadas. Todo esse acervo é tombado pelo Codepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba) e está em processo de tombamento, em nível estadual, pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo). A preocupação é a de proteger esse material que traz uma parte tão importante da história de Piracicaba. E segundo a autora Marilda Soares, “estamos trabalhando intensamente para prevenir a deterioração e danos desses documentos. Entendemos a importância da preservação documental histórica, sempre nos reportando ao Codepac e Condephaat”, explicou.