A tragédia que acometeu os nossos irmãos do Rio Grande do Sul, ao ser divulgada e as súplicas de seus conterrâneos, recebeu instantaneamente a solidariedade do povo brasileiro, que se organizou na maioria dos municípios do Brasil.
Formando a unidade de um Brasil que se sustenta pela generosidade de seu povo, e está fazendo a maravilha de apoiar, salvar vidas e suprir as necessidades das pessoas acometidas neste momento angustiante, em que gente, como colmeias e revoar de pássaros se uniram num contingente, que podemos, sem errar, alcançou milhões de brasileiros que entrelaçados reconstruirão um amanhã de esperança e, para alguns, o recomeço.
Para além do sofrimento do ocorrido pelas cheias dos rios e lagos, havia no caminho a velha imprensa a perseguir as pessoas que clamavam por ação Estadual e Federal. Governos que se ostentam na retórica de especialistas oficiais em tragédias e que falharam no momento crucial da catástrofe. Velhas mídias, tentando justificar o descaso, discursavam, num jogral oficial, para encobrir as falhas do governo que apoiam.
A ação e as súplicas dos voluntários e dos atingidos pelo desastre ambiental surgiram as acusações midiáticas de que eram opiniões mentirosas, acolhida pelas autoridades, que, forjadas na insensibilidade e parcialidade de seus ofícios, tentaram obscurecer os fatos e implantar perseguições.
Ordenaram prisões e processos contra os voluntários, obrigando-os a calarem, mas a mentira estava do lado oficial: mídia-governo. Foram tantos os vídeos e a força da rede social, internet e do jornalismo sério de redes de comunicação que mostraram o que estava sendo feito.
O Governo Federal e do Estado do RG se apressaram a montar seu palanque, mas não combinaram com os fatos. Os fatos denunciaram os mentirosos. Mesmo assim, embora reais, a justiça silenciou-se, como punir quem não quero, quando as vozes a serem silenciadas eram outras.
Atualmente, os fatos e retóricas nos âmbitos acadêmicos, velha imprensa e políticas absolutistas são os de suas imaginações e exigem perseguições, nunca antes na história, tão intensa, tão sem trégua, ocasionando tanto sofrimento material, psíquico e moral na sociedade.
Tudo com apoio do autoritarismo da arcaica doutrina obscurantista-comunista e da insegurança jurídica que está exposta, sem decoro, neste solo pátrio.
Os valorosos cidadãos, que dentro da destruição se empenharam, e continuam presentes nos municípios de todos os cantos do Brasil, jogaram na lama o patrulhamento grotesco da mídia-governo; e não se arredaram ao cansaço na coleta e triagem de vestuários, mantimentos, produtos de segurança, aparelhos; tendo apoio de caminhoneiros, indústria com seus maquinários.
Civis com seus aviões, helicópteros, barcos, “jet-skis” e, acima de tudo, os corações solidários clamando aos céus: força e coragem para salvar vidas, amenizar dores e na reconstrução de lares.
Por outro lado, a governabilidade federal, fundamentada na política de Thomas Hobbes (1588-1679), exerce um governo-absolutista, tendo uma justiça ao seu dispor, como está acontecendo, e com a grande mídia militante a glorificá-lo, para que o povo, dominado pela opressão, perca a visão do presente. Justamente no presente, onde se delimita o passado e é o ponto de partida para o futuro.
A envelhecida política, que ascendeu ao poder e seus adeptos, quer o caminhar da sociedade como zumbis, que não sentem a destruição e nem pensam em olhar para trás para não ver e sentir a desolação de indivíduos em sofrimento pela injustiça de uma justiça forjada na imaginação de soberanos.
Lutar pela solidariedade e democracia foi um pecado dos dignos na busca pela moralidade e são forçados, pela democracia relativa, a se calarem.
Mas há o mito grego da Fênix a guiar o amanhã para viver a liberdade recuperada.