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⭐ Piracicaba, 28 de janeiro de 2025 ⭐

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Ídico Luiz Pellegrinotti

Professor universitário

A lenda urbana da política sofre de Automatonofobia e coulrofobia

Com a luz do dia, há muitos corajosos. Mas, quando a noite chega, a maioria dos corajosos some. Essa percepção pode ser encontrada, também, nas rodas de adolescentes acostumados a criar seus fantasmas ou monstros para espantar ou aterrorizar pessoas, na perspectiva de que aterrorizadas as pessoas evitem o encontro com os personagens criados. Vimos muito dessas lendas urbanas: ‘A loira do banheiro’, ‘Almas assombradas de escravos’, ‘O chupa-cabras’, etc.

Tal estratagema é percebida na política, principalmente as que ficaram presas na adolescência e fundaram o que chamo de “Centro Cultural da Política Adolescente da Difamação” (CCPAD), que conta com laboratórios como: a velha grande mídia, parte de setores acadêmicos e meio artístico que procuram dar vida aos monstros que irão assombrar a população. Esses laboratórios do atraso ideológico em pleno terceiro milênio, começaram a construir um monstro, cada laboratório se encarregou de suturar partes do corpo do monstro dando nomes a suas partes anatômicas como: “extrema-direita, fascista, rico, vulgar, populista, misógino, homofóbico, xenofobia, fake News, negacionista, neoliberal“, dentre outros que compõe os demais órgãos do monstro.

            Ao final do trabalho, exclamaram: está pronto o ser fantasmagórico! Marcaram a reunião para dar o choque elétrico para o monstro sair andando e fazer a sociedade se sentir aterrorizada pela criatura da lenda urbana da política, como a “frankisteniana” de Mary Shelley. O local escolhido foram as seções eleitorais, e assim foi feito. Mas o grande susto recaiu nos próprios criadores da criatura. Ela não assustou as pessoas e ainda deram às mãos para o monstro e, como um boneco, corria e sorria, enaltecendo os resultados das eleições municipais no Brasil e, também, para Executivo e Legislativo nos Estados Unidos da América do Norte.

O impacto foi tanto que os cientistas alocados nos laboratórios da velha grande mídia, partidos políticos, acadêmicos, e artistas; todos estagnados na adolescência corriam de pavor do monstro criado por eles, e por estarem na infância e adolescência ideológica, desenvolveram a automatonofobia — pânico de bonecos representando o ser vivo —, e, causando a coulrofobia — medo da fantasia de palhaço. Indumentária que queriam ver vestidas no povo.

 Ao gritarem de pavor e de medo da criatura que construíram, se recolheram em seus laboratórios e, com água de suas torneiras, procuravam limpar os resquícios de seus produtos para não deixarem vestígio do que arquitetaram. Por outro lado, as pessoas adultas e liberais reformistas, com a água benta da democracia, das redes sociais e imprensa alternativa dançaram ao som da liberdade, pois viram que os fantasmas não podiam ter vida, porque foram feitos com falácias; e a população não acreditou no monstro vindo de cientistas do laboratório de CCPAD, pois não passavam de uma adolescência ideológica que criam lendas de fantasma urbano só para os outros. Mas o maior impacto dos cientistas foi ao olharem no espelho, se assustaram, por ver neles próprios, o reflexo do modelo fantasmagórico de sua criação.

A sociedade brasileira se livrou do monstro criado por discursos nauseantes de extrema-direita, percebendo que o tal progressismo só queria aterrorizar as pessoas com uma lenda urbana política com um corpo disforme, untado nas partes pela arrogância de seus cientistas, que deu origem a uma criatura que ficou inerte na indiferença das pessoas sem medo de monstros criados por uma ideologia adolescente. A psicologia diz que medo de monstros se cura com a maturidade. O remédio é ótimo, e na política já está dando resultados.

 

Idico Luiz Pellegrinotti – Professor universitário.