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⭐ Piracicaba, 26 de abril de 2025 ⭐

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Foto de Dr.ª Beatriz Abrahão

Dr.ª Beatriz Abrahão

Fisioterapia e Ergonomia

Fratura em Crianças

Definição

É uma rachadura ou quebra de um osso. A maioria das fraturas resulta de uma força aplicada ao osso.

Causas

A maioria das fraturas está relacionada a quedas no ambiente doméstico, afetando em maior proporção os membros superiores (clavícula, punho, antebraço e cotovelo). É importante ressaltar que um trauma que provoca uma fratura nem sempre é violento. Um tropeço, por exemplo, seguido de queda ao chão pode ser suficiente.

Os ossos da criança apresentam diferenças em relação aos dos adultos. Essas diferenças são importantes para determinar o tipo da lesão, o tratamento e o prognóstico em caso de fratura. O osso da criança apresenta maior elasticidade e porosidade; (o periósteo: membrana de tecido conectivo que reveste exteriormente os ossos), é mais resistente e há a presença das cartilagens de crescimento. Além disso, como a criança está em crescimento, à capacidade de seu corpo de formar e desenvolver os ossos é superior à do adulto.

Sintomas
O sintoma mais importante da fratura é a dor imediata produzida pelo trauma. Essa dor se acentua com o movimento ou com a compressão da região afetada. Assim, a criança evita movimentar o membro fraturado, o que é chamado de impotência funcional. A presença de movimento ativo não afasta a possibilidade de fratura.

Em alguns casos, há deformidade aparente após o trauma. O inchaço (edema) é comum, mas não fundamental. Especialmente em crianças com maior proporção de gordura o edema e os hematomas podem ser de difícil visualização.

Em algumas situações, verifica-se uma movimentação anormal do osso no local da fratura, acompanhada de barulho ou sensação de raspar.

Tipos

1. Fratura fechada: não há lesão da pele;
2. Fratura aberta ou exposta: há, na pele, uma ferida que se comunica com a fratura;
3. Fratura patológica: ocorre em osso afetado por problemas prévios que o enfraqueceram (como doenças congênitas, infecções e lesões benignas ou malignas);
4. Fratura por estresse: ocorre em ossos submetidos a esforço contínuo;
5. Fratura desviada: os fragmentos do osso se deslocam;
6. Fratura articular: há acometimento da articulação;
7. Fratura em “galho verde”: o osso é “lascado” ou “trincado”, sendo que um lado dele permanece íntegro;
8. Fratura subperiostal: ocorre sob o periósteo, membrana resistente que envolve o osso.

Diagnóstico

O exame mais indicado é o raio-X, interpretado por um especialista.

Tratamento

O tratamento, resultado e prognóstico de uma fratura estão relacionados a fatores como idade da paciente, gravidade, tipo e localização do trauma, treinamento do ortopedista e até características individuais da criança.

Para crianças, os médicos muitas vezes preferem tratamento com gesso em vez de cirurgia por vários fatores:

  • As crianças apresentam menos rigidez depois de usar gesso do que os adultos;
  • É mais provável que elas consigam se movimentar normalmente depois de ficar com o gesso;
  • A cirurgia próxima a uma articulação pode danificar a parte do osso que permite o avanço da placa de crescimento.

1. Imobilização: devido a sua capacidade de remodelação, as pontas fraturadas não precisam estar em contato total e encaixe perfeito: desvios são aceitáveis, conforme as características do osso, a localização da fratura e a idade da criança;

2. Redução: algumas fraturas com desvio necessitam ser reduzidas (ou seja, colocadas no lugar). Isso pode ser feito sob anestesia geral, local, regional ou, em alguns casos, sem a ajuda de anestésicos. Embora pareça agressivo, esse método dispensa, além da anestesia, a internação, e faz a dor passar muito rapidamente;

3. Cirurgia: realizada com a utilização de materiais como pinos, hastes, placas ou fixadores. Também requerem procedimento cirúrgico lesões que afetam a articulação, que atingem a placa de crescimento, fraturas expostas e casos nos quais se verifica ferimento da artéria.

4. PRICE:

  • Proteção;
  • Repouso;
  • Gelo;
  • Compressão (pressão);
  • Elevação.

O repouso é fundamental para prevenir mais lesões e pode acelerar a cura.

Depois de 48 horas, é possível aplicar calor periodicamente (por exemplo, uma compressa quente de 15 a 20 minutos). O calor pode aliviar a dor. No entanto, não está claro se calor ou gelo é o melhor e o que funciona melhor pode variar de uma pessoa para outra.

Fisioterapia

A fisioterapia pode ajudar a recuperar a mobilidade, força muscular e flexibilidade em crianças que fraturaram um osso. O fisioterapeuta trabalha com a criança para que ela recupere a função na área afetada.

Objetivos da fisioterapia

  • Estimular a circulação sanguínea para acelerar a cicatrização;
  • Fortalecer os músculos que rodeiam a fratura;
  • Prevenir complicações como trombose venosa profunda e embolia pulmonar;
  • Melhorar a qualidade de vida;
  • Alívio da dor.

O fisioterapeuta usa exercícios específicos e técnicas de reabilitação adequadas à idade da criança.

A prevenção é o melhor caminho!
Cuide-se, seu corpo agradece!

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