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⭐ Piracicaba, 21 de novembro de 2024 ⭐

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Dr.ª Beatriz Abrahão

Fisioterapia e Ergonomia

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Definição:

Esclerose Lateral Amiotrófica ou ELA é uma doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva e acarreta em paralisia motora irreversível.

A descrição do seu nome significa:

  • Esclerose: endurecimento e cicatrização;
  • Lateral: endurecimento da porção lateral da medula espinhal;
  • Amiotrófica: fraqueza que resulta na redução do volume real do tecido muscular atrofia.

Causas:

A causa não é conhecida em 90% a 95% dos casos. Cerca de 5-10% dos casos são herdados a partir dos pais da pessoa. Cerca de metade destes casos genéticos são devido a um dos dois genes específicos.

Outras causas que podem estar relacionadas com a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) são:

  • Mutação genética;
  • Desequilíbrio químico no cérebro (níveis de glutamato mais elevado), o que é tóxico para as células nervosas;
  • Doenças autoimunes;
  • Mal uso de proteínas.

Incidência:

A incidência da ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica (média cerca de 1 / 50, 000 por ano) e prevalência (média cerca de 1 / 20, 000) são relativamente uniformes nos países ocidentais, apesar de terem descritos focos de maior frequência no Pacífico Ocidental. No geral, há uma ligeira preponderância do sexo masculino (razão entre homens e mulheres de cerca de 1,5: 1).

A idade é o fator preditor mais importante para a sua ocorrência, sendo mais prevalente nos pacientes entre 55 e 75 anos de idade. Desde 2009, o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), oferece assistência e medicamentos gratuitos, de forma integral, aos pacientes com essa doença, com base no que está cientificamente comprovado. Ainda não existem evidências em nível mundial de tratamento que levem à cura da doença.

Sinais e Sintomas:

  • Perda gradual de força e coordenação muscular;
  • Incapacidade de realizar tarefas rotineiras, como subir escadas, andar e levantar;
  • Dificuldades para respirar e engolir;
  • Engasgar com facilidade;
  • Gagueira (disfemia);
  • Cabeça caída;
  • Cãibras musculares;
  • Contrações musculares;
  • Problemas de dicção, como um padrão de fala lento ou anormal (arrastando as palavras);
  •  Alterações da voz, rouquidão;
  •  Perda de peso.

Diagnóstico:

É feito, inicialmente, por meio de análise clínica e exame físico, que pode mostrar algumas deficiências físicas, sinais e sintomas que podem estar relacionados à doença.

Para confirmar o diagnóstico, o médico especialista pode solicitar os seguintes exames:

  • Exames de sangue, para descartar outras doenças;
  • Teste respiratório, para verificar se os músculos do pulmão foram afetados;
  • Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da coluna cervical, para garantir que não exista uma doença ou lesão no pescoço, que pode ser semelhante a ELA;
  • Eletromiografia, para ver quais nervos não funcionam corretamente;
  • Teste genético, caso tenha um histórico familiar de ELA;
  • Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da cabeça, para excluir outras doenças;
  • Estudos de condução nervosa;
  • Testes de deglutição;
  • Punção lombar.

Tratamento:

Começa com um medicamento chamado riluzol, que é distribuído gratuitamente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O riluzol reduz a velocidade de progressão da doença e prolonga a vida do paciente.

Tratamento:

Consiste em um acompanhamento de uma equipe multidisciplinar.

  • Médico neurologista;
  • Fisioterapeuta;
  • Fonoaudiólogo;
  • Nutricionista;
  • Psicólogo.

Fisioterapia:

Somente o fisioterapeuta poderá avaliar e prescrever exercícios para a manutenção da amplitude de movimento do paciente.

Fisioterapia Motora:

A fisioterapia motora tem o objetivo de manter amplitude articular, evitar retrações musculares e prevenir trombose venosa profunda. São realizados, alongamentos, exercícios passivos, ativos livres leves ou assistidos. Contudo, o uso de cargas é totalmente contraindicado na ELA devido as suas características degenerativas. São propostas de duas a três sessões semanais, com duração aproximada de 45 minutos e as sessões devem ser realizadas por um fisioterapeuta.

Fisioterapia Respiratória:

A fisioterapia respiratória se baseia, principalmente, em manter os pulmões desobstruídos. Aerosolterapia para tratar o muco, drenagem postural e manobras desobstrutivas são importantíssimas para manter a manter os pulmões limpos e livres de atelectasias. A traqueostomia é fundamental quando o comprometimento respiratório se instala devido à facilidade de toalete que ela proporciona.

Fonte: https://www.gov.br/

A prevenção é o melhor caminho!

Cuide-se, seu corpo agradece!