Definição:
Esclerose Lateral Amiotrófica ou ELA é uma doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva e acarreta em paralisia motora irreversível.
A descrição do seu nome significa:
- Esclerose: endurecimento e cicatrização;
- Lateral: endurecimento da porção lateral da medula espinhal;
- Amiotrófica: fraqueza que resulta na redução do volume real do tecido muscular atrofia.
Causas:
A causa não é conhecida em 90% a 95% dos casos. Cerca de 5-10% dos casos são herdados a partir dos pais da pessoa. Cerca de metade destes casos genéticos são devido a um dos dois genes específicos.
Outras causas que podem estar relacionadas com a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) são:
- Mutação genética;
- Desequilíbrio químico no cérebro (níveis de glutamato mais elevado), o que é tóxico para as células nervosas;
- Doenças autoimunes;
- Mal uso de proteínas.
Incidência:
A incidência da ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica (média cerca de 1 / 50, 000 por ano) e prevalência (média cerca de 1 / 20, 000) são relativamente uniformes nos países ocidentais, apesar de terem descritos focos de maior frequência no Pacífico Ocidental. No geral, há uma ligeira preponderância do sexo masculino (razão entre homens e mulheres de cerca de 1,5: 1).
A idade é o fator preditor mais importante para a sua ocorrência, sendo mais prevalente nos pacientes entre 55 e 75 anos de idade. Desde 2009, o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), oferece assistência e medicamentos gratuitos, de forma integral, aos pacientes com essa doença, com base no que está cientificamente comprovado. Ainda não existem evidências em nível mundial de tratamento que levem à cura da doença.
Sinais e Sintomas:
- Perda gradual de força e coordenação muscular;
- Incapacidade de realizar tarefas rotineiras, como subir escadas, andar e levantar;
- Dificuldades para respirar e engolir;
- Engasgar com facilidade;
- Gagueira (disfemia);
- Cabeça caída;
- Cãibras musculares;
- Contrações musculares;
- Problemas de dicção, como um padrão de fala lento ou anormal (arrastando as palavras);
- Alterações da voz, rouquidão;
- Perda de peso.
Diagnóstico:
É feito, inicialmente, por meio de análise clínica e exame físico, que pode mostrar algumas deficiências físicas, sinais e sintomas que podem estar relacionados à doença.
Para confirmar o diagnóstico, o médico especialista pode solicitar os seguintes exames:
- Exames de sangue, para descartar outras doenças;
- Teste respiratório, para verificar se os músculos do pulmão foram afetados;
- Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da coluna cervical, para garantir que não exista uma doença ou lesão no pescoço, que pode ser semelhante a ELA;
- Eletromiografia, para ver quais nervos não funcionam corretamente;
- Teste genético, caso tenha um histórico familiar de ELA;
- Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da cabeça, para excluir outras doenças;
- Estudos de condução nervosa;
- Testes de deglutição;
- Punção lombar.
Tratamento:
Começa com um medicamento chamado riluzol, que é distribuído gratuitamente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O riluzol reduz a velocidade de progressão da doença e prolonga a vida do paciente.
Tratamento:
Consiste em um acompanhamento de uma equipe multidisciplinar.
- Médico neurologista;
- Fisioterapeuta;
- Fonoaudiólogo;
- Nutricionista;
- Psicólogo.
Fisioterapia:
Somente o fisioterapeuta poderá avaliar e prescrever exercícios para a manutenção da amplitude de movimento do paciente.
Fisioterapia Motora:
A fisioterapia motora tem o objetivo de manter amplitude articular, evitar retrações musculares e prevenir trombose venosa profunda. São realizados, alongamentos, exercícios passivos, ativos livres leves ou assistidos. Contudo, o uso de cargas é totalmente contraindicado na ELA devido as suas características degenerativas. São propostas de duas a três sessões semanais, com duração aproximada de 45 minutos e as sessões devem ser realizadas por um fisioterapeuta.
Fisioterapia Respiratória:
A fisioterapia respiratória se baseia, principalmente, em manter os pulmões desobstruídos. Aerosolterapia para tratar o muco, drenagem postural e manobras desobstrutivas são importantíssimas para manter a manter os pulmões limpos e livres de atelectasias. A traqueostomia é fundamental quando o comprometimento respiratório se instala devido à facilidade de toalete que ela proporciona.
Fonte: https://www.gov.br/
A prevenção é o melhor caminho!
Cuide-se, seu corpo agradece!