Definição
É considerada uma técnica avançada, na área da fisioterapia dermatofuncional, que utiliza uma fita adesiva com textura bastante semelhante à nossa pele para tratar músculos, nervos e órgãos. A fita do taping, confeccionada em algodão, é hipoalergênica, elástica (expande até 130%) e resistente à água.
Vale lembrar que o taping é considerado um tratamento complementar, portanto não dispensa a reabilitação fisioterapêutica após a cirurgia quando necessário. Além disso, sua aplicação deve ser feita por um fisioterapeuta com especialização, uma vez que saber a tensão e o tamanho da bandagem adequada para as necessidades de cada paciente é fundamental.
O taping não dispensa e nem substitui o uso da cinta.
Fase Pré – Intra e Pós-Operatória
- Pré-operatória o fisioterapeuta atua na manutenção da musculatura, preparando-a, além de orientações prévias para o paciente antes da cirurgia. É de extrema importância realizar uma anamnese, ressalta a fisioterapeuta Dra. Márcia Martoni. Tem uma vasta experiência nos 5 anos de atuação da técnica.
- Intra-operatório é feito de imediato a cirurgia a fotobiomodulação (laser de baixa potência) para melhora da cicatriz e diminuição da dor. Além do taping, são realizados exercícios respiratórios, exercícios para amplitude de movimentos. Mas é necessário avaliar a condição do paciente, da técnica cirúrgica e orientação do médico cirurgião.
- Pós-operatório tem como objetivo o tratamento da redução de edemas, diminuição das dores e recuperação da função.
Efeitos do taping podem ser utilizados em diversos contextos, como:
- Cirurgia plástica: é aplicado logo após a cirurgia, antes da malha, para reduzir o inchaço, hematomas, dor e outras complicações. Também ajuda a preservar a mobilidade do corpo e a aperfeiçoar os efeitos da cinta.
- Esporte: a fita taping, também conhecida como fita kinesiológica, oferece suporte e estabilidade sem comprometer a amplitude de movimento.
- Previne fibroses, seroma e contribui para diminuição do espaço morto, além da diminuição da fase inflamatória;
- Pós-parto.
Benefícios da drenagem linfática no pós-operatório:
Impede que haja retenção de líquidos na região, eliminando as toxinas, nutrindo os tecidos, prevenindo e tratando fibroses, diminuindo hematomas, dores e inchaços no corpo. Dessa forma, ajuda no pós-operatório promovendo uma recuperação mais rápida, prevenindo fibroses e limitações.
As sessões começam, normalmente, após o 3º ou 4º dia após o procedimento. Em geral, a indicação é de 10 sessões, no mínimo. Essas, portanto, são duas formas de tratamento utilizadas para potencializar os resultados das cirurgias plásticas que podem ser utilizadas individualmente, mas que se associadas, o ganho é maior.
A fisioterapeuta Dra. Márcia, comenta que hoje em dia é utilizado muito a terapia manual, fotobiomodulação, cinesioterapia e orientações sobre cintas, placas e atividades diárias.
Em quais tipos de cirurgias que atua a Dra. Márcia:
Mamoplastia de aumento e de redução; abdominoplastia, lipoaspiração, blefaroplastia. Hoje em dia é comum o uso de altas tecnologias para retração de pele como: Body tite, argoplasma, morpheus.
Feedback dos pacientes da Dra. Márcia:
Pacientes relatam segurança e estabilidade com aplicação da técnica. A maioria são mulheres, mas os homens hoje em dia estão se cuidando muito também.
Tempo de recuperação:
O tempo de recuperação nas cirurgias, normalmente de 5 a 7 dias e pós-parto de 7 a 10 dias. Após a cirurgia se houver necessidade colocamos o taping novamente, mas em áreas específicas.
Fonte: Entrevista com a fisioterapeuta Dra. Márcia Martoni (CREFITO – 3/ 82.863 – F).
A prevenção é o melhor caminho!
Cuide-se, seu corpo agradece!