Em atendimentos de pacientes no leito das enfermarias ou da terapia intensiva são utilizados recursos físicos, manuais ou aplicação de instrumentos. O atendimento fisioterápico é realizado em adultos, que necessitam de reabilitação, recuperação de funções ou alívio de sintomas.
A finalidade da fisioterapia é restabelecer funções, tais como: movimentação perdida, autonomia da respiração e alívio de dores.
A fisioterapia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma área de atuação específica que visa à reabilitação motora e cardiopulmonar, além de prevenir infecções e desmame ventilatório. É capaz de avaliar e aplicar as melhores condutas para pacientes críticos que precisam de suporte ventilatório.
Para atuar tanto na UTI quanto na enfermaria, o fisioterapeuta deve ter especialização, pós-graduação reconhecida pelo MEC.
O fisioterapeuta na UTI atua de forma a realizar:
- Avaliação fisioterapêutica;
- Manter os sinais vitais;
- Prevenir e tratar disfunções cardiopulmonares, circulatórias, musculares e neurológicas;
- Desenvolver exercícios ativos e assistidos para que o paciente seja retirado do leito, evitando a perda de massa muscular;
- Promover treinamento muscular respiratório;
- Aspiração de secreção;
- Troca do circuito de ventilação mecânica;
- Realizar técnicas de expansão pulmonar;
- Monitorar a ventilação mecânica;
- Mudança de decúbito para prevenção de escaras;
- Desmame do paciente do ventilador
A Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva – ASSOBRAFIR emitiu o parecer nº 001 em 2013 defendendo a importância do trabalho do fisioterapeuta no período de vinte e quatro horas em centros de tratamento intensivo. Baseando-se na alta complexidade dos procedimentos realizados, no grande número de intercorrências clínicas e admissões, na melhora dos indicadores clínicos e financeiros, além de exigências jurídicas, a ASSOBRAFIR, opina que é recomendada a presença do fisioterapeuta nas UTI adulto, perfazendo a carga horária de vinte e quatro horas ininterruptas 7, pois sua ausência compromete a assistência prestada ao paciente crítico e sobrecarrega a equipe médica e de enfermagem. A literatura aponta que a presença do fisioterapeuta em regime integral leva à redução do tempo de ventilação mecânica, tempo de permanência na UTI, tempo de internação hospitalar, mortalidade, e consequente redução de custos hospitalares. O fisioterapeuta deverá ser exclusivo da UTI, ressaltando-se a importância de se evitar contaminação cruzada, exposição dos pacientes e da equipe nos diferentes setores hospitalares e suas complexidades. (Fonte: https://www.saude.df.gov.br/).
A atuação do fisioterapeuta nas enfermarias hospitalares visa diminuir as consequências que o imobilismo proporciona, bem com a redução no tempo de internação hospitalar.
O fisioterapeuta na enfermaria atua de forma a realizar:
- Mobilização no leito;
- Técnicas respiratórias;
- Treino muscular;
- Orientação de posturas no leito;
- Mudança de posição;
- Orientação para sentar e se levantar;
- Treino de marcha;
- Uso de compressas;
- Técnicas manuais para alívio de sintomas.
A prevenção é o melhor caminho!
Cuide-se, seu corpo agradece!