O Acidente Vascular Cerebral (AVC) conhecido também como derrame, acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.
É uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo. Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa. Desta forma, torna-se primordial ficar atento aos sinais e sintomas e procurar atendimento médico imediato.
Fonte: https://www.gov.br/
Tipos
O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) é o tipo mais comum e é causado pela falta de sangue em determinada área do cérebro, decorrente da obstrução de uma artéria.
O Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH), por sua vez, é causado por sangramento devido ao rompimento de um vaso sanguíneo.
Nos dois tipos de AVC, uma vez que o sangue, contendo nutrientes e oxigênio, não chegam a determinadas áreas do cérebro, ocorre à perda das funções dos neurônios, causando os sinais e sintomas que dependerão da região do cérebro envolvida.
O AVC atinge pessoas de todas as idades, sendo mais raro na infância. Deve ser considerado como um ataque cerebral, pois é uma das causas mais frequente de morte e/ou de incapacidades na população adulta brasileira.
Existe outra condição, chamada ataque isquêmico transitório (AIT ou TIA, em inglês), que consiste na interrupção temporária do fluxo sanguíneo, causando sinais e sintomas iguais aos do AVC, mas que se revertem espontaneamente em um curto período.
O ataque isquêmico transitório deve ser encarado como um aviso de que algo está errado.
Sua causa precisa ser descoberta e tratada antes que o AVC ocorra.
Fatores de risco
Os seguintes são fatores de risco modificáveis que contribuem para um risco aumentado de acidente vascular encefálico:
- Hipertensão arterial;
- Tabagismo;
- Dislipidemia;
- Diabetes;
- Resistência à insulina;
- Obesidade;
- Apneia obstrutiva do sono;
- Consumo excessivo de álcool;
- Sedentarismo;
- Dieta rica em gorduras saturadas, gorduras trans e calorias);
- Estresse psicossocial (ex., depressão);
- Doenças cardíacas: infarto agudo do miocárdio, endocardite infecciosa e fibrilação atrial);
- Estenose da artéria carótida;
- Aneurismas intracranianos (somente hemorragia subaracnóidea)
- Uso de drogas ilícitas;
- Anticoagulantes e medicamentos antiplaquetários;
- Vasculite;
- Colesterol alto;
- Ser do sexo masculino.
Os fatores de risco não modificáveis incluem:
- Acidente vascular encefálico anterior;
- Idade avançada;
- História familiar de acidente vascular encefálico;
- Etnicidade racial;
- Fatores genéticos.
Sintomas
Os sinais e sintomas do AVC se iniciam de forma súbita e podem ser únicos ou combinados.
- Enfraquecimento, adormecimento ou paralisação da face, braço ou perna de um lado do corpo;
- Visão ou perda da visão, especialmente de um olho; episódio de visão dupla; sensação de “sombra” sobre a linha da visão;
- Dificuldade para falar ou entender o que os outros estão falando, mesmo que sejam as frases mais simples;
- Tontura sem causa definida, desequilíbrio, falta de coordenação no andar ou queda súbita, geralmente acompanhada pelos sintomas acima descritos;
- Dores de cabeça fortes e persistentes;
- Dificuldade para deglutir.
Diagnóstico
O exame mais comum é a tomografia computadorizada de crânio. A identificação rápida dos sintomas é muito importante para o diagnóstico e o tratamento adequado.
Ao reconhecer os sintomas, é essencial procurar ajuda médica imediatamente.
Cada minuto é muito valioso e aumenta a chance de melhora.
Tratamento
A maioria dos pacientes exige reabilitação (terapia ocupacional e fisioterapia) para aperfeiçoar a recuperação funcional.
A fisioterapia motora já inicia durante o período de internação, após recomendação médica.
Alguns pacientes necessitam de terapias adicionais (ex., fonoaudiologia, restrições alimentares).
A depressão é uma condição que pode se manifestar em alguns pacientes após o derrame. Muitos pacientes beneficiam-se com a orientação psicológica.
Mudanças do estilo de vida (ex., parar de fumar) e o tratamento medicamentoso (ex., para hipertensão) podem ajudar a retardar ou prevenir o acidente vascular encefálico subsequente.
O principal objetivo da fisioterapia é reabilitar a capacidade motora.
Melhorar a simetria e força muscular do rosto, restaurar a funcionalidade do hemicorpo afetado, melhora do padrão da marcha, promover a independência nas atividades da vida diária.
A fisioterapia motora deve ser realizada de 2 a 3 vezes na semana, em dias alternados. O número de repetições, bem como a intensidade dos exercícios e duração da sessão, dependerá do quadro clínico do paciente.
Exercícios domiciliares diários também são orientados pelo fisioterapeuta, principalmente os alongamentos.
Reabilitação Neurológica
Essa fase envolve: Avaliação, planejamento e execução de processo intensivo de reabilitação.
- Treinamento para mobilidade e tarefas diárias;
- Sequelas de deglutição (disfagia) e linguagem (fala);
- Recuperação e readaptação de marcha e equilíbrio;
- Atividades sócio-culturais;
- Exercícios oculares se os olhos foram afetados;
- Estímulos cognitivos;
- Estratégias adaptativas e compensatórias.
A prevenção é o melhor caminho. Cuide-se, seu corpo agradece!