Unidades foram pioneiras em Piracicaba e região, alterando o nível da assistência infantil e pediátrica
Durante solenidade repleta de emoção, reconhecimento, homenagens, depoimentos e boa música, a Santa Casa de Piracicaba comemorou na noite de ontem, 27, os 30 anos de funcionamento de sua UTI Neonatal e os 15 anos de implantação da UTI Pediátrica.
Um momento histórico; comemorado por cada um de nós, pelas comunidades de Piracicaba e região para as quais essas Unidades são referência e, sobretudo, pelos familiares e pelas mais de 11.000 crianças que passaram por essas UTIs para o restabelecimento de suas vidas ao longo deste período; muitas delas, hoje, adultas, disse o provedor Alexandre Valvano Neto, anfitrião durante solenidade que reuniu recebeu médicos, funcionários, convidados e autoridades para celebrar a data.
No espaço de honra, sob a apresentação do clarinetista Luís Gustavo Ananias, Valvano Neto recebeu o prefeito Luciano Almeida; o secretário municipal de saúde Marcelo Pinto de Carvalho; o coordenador da UTI Neonatal Antônio Ananias Filho; o coordenador da UTI Pediátrica Felipe Ananias; o chefe do Departamento de Pediatria Marcelo Carvalho; o coordenador do PAP- Pronto Atendimento Infantil do Santa Casa Saúde, Marcelo Bandini; e a preceptora da residência médica em pediatria no Hospital, Suzana Jagle.
O provedor também recepcionou Rossana Cristiane Lopes Triano e o esposo Wagner Matias, pais da Carolina Lopes Garcia, de 28 anos; e do Jean Triano, de 22. Ambos passaram pela UTI Neonatal.
A psicóloga Bruna da Silva Ravira e seu esposo Renan Schmidt Lamosa, pais da pequena Anna Liz, de 9 meses, que também passou pela UTI Neo, participaram da noite concedendo seu depoimento revelando a importância dessas UTIs na vida das pessoas.
Após os depoimentos, o momento foi de homenagens às equipes médicas e de enfermagem das UTIs por meio da entrega de placas aos médicos Sandra Noeli Sacht, Estela Mara Monteiro Terra e Rogério Amalfi; e aos profissionais de enfermagem Selma Maria Bertoline, que justificou ausência, Lais Basso Trancolin e Maiby Marocco Parazzi.
Muitas vidas foram restabelecidas graças à moderna estrutura tecnológica das Unidades, ao atendimento qualificado e humanizado e, sobretudo à equipe altamente especializada que têm feito toda diferença, impactando positivamente na evolução e o prognóstico das crianças assistidas, disse o provedor ao justificar as homenagens.
Em complemento, o coordenador da UTI Neonatal, Antônio Ananias, lembrou que essas unidades foram pioneiras na região, proporcionando um grande salto de qualidade no atendimento e na diminuição da taxa de mortalidade infantil; pois, através da Santa Casa, pela primeira vez, médicos pediatras intensivistas e toda a equipe multiprofissional especializada tinham locais adequados para o atendimento a recém-nascidos e crianças em estado grave de saúde.
Antes da implantação dessas Unidades, os casos mais graves eram tratados nas UTIs adultos ou nas próprias pediatrias, disse.
O coordenador do Departamento de Pediatria, Marcelo Carvalho Silva, lembrou da missão de cuidar dos mais frágeis, das crianças que lutam bravamente todos os dias sem nunca desistir.
Cada sorriso que conseguimos arrancar, cada lágrima que enxugamos, é uma vitória imensurável, disse.
Classificando as equipes como guardiões da esperança, ele falou sobre a paixão que ilumina os momentos mais escuros e dos desafios que concedem força e estímulo.
Aprendi que o conhecimento é importante, mas a empatia, a capacidade de ouvir, de confortar, de estar presente, é o que realmente faz a diferença; pois cada um de nós tem o poder de tocar vidas de uma maneira que vai muito além do físico, considerou.
Em sua fala, o prefeito Luciano Almeida, por sua vez, agradeceu a Santa Casa de Piracicaba pela manutenção de uma estrutura que, segundo ele, tem ajudado a Prefeitura a manter um dos melhores sistemas públicos de saúde do país.
Sou grato à Santa Casa pelo que a Instituição significa para Piracicaba e região, disse.
Ao encerrar a solenidade e conceder as bênçãos in loco às duas Unidades, o padre Rodrigo Simão refletiu sobre a importância da fé e sobre viver em comunidade, pontos que para ele, alivia nas privações e nos sofrimentos, pois promove a esperança.
Fé e ciência podem e devem coexistir, disse.