Oficina promovida pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Assistência, Desenvolvimento Social e Família, reúne especialistas e agentes públicos para fortalecer políticas de prevenção e proteção às vítimas
A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal de Assistência, Desenvolvimento Social e Família, promoveu uma capacitação para prevenir o trabalho escravo contemporâneo.
O evento, realizado no auditório da secretaria em parceria com o Instituto Trabalho Decente, reuniu servidores públicos, profissionais da assistência social e especialistas para debater estratégias de enfrentamento e fortalecimento das políticas municipais sobre o tema.
Durante a capacitação, oficinas temáticas abordaram aspectos como gênero, imigração, legislação e mercado de trabalho, destacando a importância da atuação intersetorial e da fiscalização eficiente para coibir essa prática.
Também foram discutidas formas de acolhimento e suporte às vítimas resgatadas.
Os participantes compartilharam experiências e analisaram como aplicar os conhecimentos adquiridos em suas áreas de atuação.
Entre os principais aprendizados, destacam-se a identificação precoce de situações de exploração, o fortalecimento da rede de apoio e a adoção de medidas preventivas.
A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social e Família, Fernanda Varandas, ressaltou a relevância do debate para fortalecer as políticas públicas de proteção aos trabalhadores.
“O trabalho escravo contemporâneo é uma chaga social que deve ser combatida com empenho e união de esforços. Este evento reforça o compromisso da Prefeitura de Piracicaba em desenvolver ações concretas de prevenção e apoio às vítimas”, afirmou.
A oficina integra um projeto mais amplo voltado à atenção às vítimas e ao combate ao trabalho em condições análogas à escravidão.
A presidente do Instituto Trabalho Decente, Patrícia Trindade de Lima, destacou a importância da capacitação para ampliar a rede de proteção.
“É essencial que os agentes públicos estejam preparados para identificar, atender e encaminhar vítimas de forma adequada. O trabalho em rede é a chave para garantir que ninguém tenha seus direitos violados”, afirmou.
A programação incluiu exposições, estudos de caso e atividades em grupo para aprofundamento do tema.
Além de servidores municipais, representantes de cidades como Pirassununga, Saltinho, Americana, Iracemápolis, Rio Claro e São Pedro participaram das discussões.
Também estiveram presentes Letícia Simo Veras, representando a OAB, a professora Célia Regina Rossi, da Unesp Rio Claro e coordenadora da Rede Acampa, além de integrantes do Comitê MigraPIRA e serviços de assistência social, saúde, educação, trabalho e renda e habitação.
O sociólogo da Vigilância Socioassistencial de Piracicaba Thales Olitta Basso reforçou a necessidade de fortalecer a articulação entre setores para ampliar a fiscalização e reduzir a subnotificação dos casos.
“A conscientização e a capacitação dos profissionais são fundamentais para erradicar essa realidade”, destacou.
A Prefeitura de Piracicaba segue empenhada na promoção de ações que ampliem a discussão e implementação de medidas para prevenir e combater o trabalho escravo, fortalecendo parcerias com órgãos de fiscalização e instituições de direitos humanos.