Foto: Nádia Oliveira

Acontece na segunda (4) e terça-feira (5), o lançamento do Acampa Brasil, movimento focado nos direitos humanos, que aborda a problemática dos refugiados. O objetivo é incentivar a articulação de coletivos municipais voltados à atuação junto a populações em situação de vulnerabilidade, causadas, em muitos casos, pela saída forçada de seu local de origem. As atividades acontecem na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e na Câmara de Vereadores de Piracicaba. A organização é do coletivo formado por membros da Oca/USP (Departamento de Educação e Política Ambiental), Terra Mater Instituto, Conectividades e Tempo D Comunicação e Cultura.

A programação reúne roda de conversa, assembléia e um workshop com o fotógrafo documentarista espanhol, da região da Galícia. Na segunda-feira, 4, das 14h às 17h, a Escola do Legislativo, da Câmara de Vereadores de Piracicaba, recebe a roda de conversa “Movimento Acampa: vulnerabilidade, refúgio e bem viver”, que terá a participação de Marcos Sorrentino (Oca/USP), Valéria Freixedas (Conectividades) e Xosé Abad (Acampa Galícia). A entrada acontece mediante a doação de 1 litro de leite.

Na terça-feira, 5, às 9h, no Departamento de Ciências Florestais da Esalq, acontece a assembleia “Acampa pela paz ou direito de refugiar e bem viver” (Uma ferramenta internacional para a unidade de ação em defesa dos direitos humanos)”, que marcará o lançamento do Acampa Brasil.

Também no dia 5, mas às 18h30 das 22h30, na Sala C1 do Departamento de Ciências Florestais da Esalq, Xosé Abad, premiado fotodocumentarista da região da Galícia, na Espanha, ministrará o workshop “Fotografia: algo permanece – fotografia documental, informação e desinformação”. A atividade terá 30 vagas e, para se inscrever, é necessário acessar o formulário no Instagram: @acampa_brasil.1

HISTÓRICO

O Acampa é um movimento criado em 2016 pela Plataforma de ONGs, organizações e pessoas que compõem a entidade “Coruña Contra la Guerra” (“Corunha Contra a Guerra”). É uma iniciativa sem fins lucrativos formada por grupos, instituições e empresas com responsabilidade social. Tem como objetivo defender os Direitos Humanos, o Direito Internacional Humanitário e o Direito ao Refúgio.

No Brasil, o movimento começou a ser delineado no fim de 2018 a partir do interesse de pesquisadores da Oca. O movimento tem como proposta enfrentar a vulnerabilidade de diferentes populações, muitas delas levadas ao deslocamento forçado, fomentando, nos municípios, a articulação, o diálogo, as parcerias e as trocas a partir do trabalho em rede, para somar forças e buscar sinergia entre ações, metodologias, ferramentas, recursos e tecnologias sociais. O objetivo é incentivar a articulação de coletivos municipais voltados à atuação junto a populações locais em situação de vulnerabilidade.

“A base da criação do movimento na Europa foi o trabalho junto aos refugiados africanos e asiáticos que chegavam ao continente, buscando minimizar o preconceito. No Brasil também recebemos refugiados. É importante termos hospitalidade mas, acima de tudo, é preciso evitar que as pessoas sejam obrigadas a deixarem seu país. Por isso é importante trabalhar com pessoas em situação de vulnerabilidade, para evitar que elas se tornem os refugiados de amanhã”, afirma o professor da USP Marcos Sorrentino, coordenador da Oca.

SERVIÇO

Acampa Brasil. Dias 4 e 5 de novembro, na Esalq e Câmara de Vereadores de Piracicaba. A programação e mais informações podem ser conferidas no site https://acampabr.wordpress.com/ e no Instagram: @acampa_brasil.1