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⭐ Piracicaba, 15 de março de 2025 ⭐

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Março Lilás – momento de conscientizar sobre prevenção e combate ao câncer de colo do útero

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O câncer do colo do útero é a principal causa de morte entre mulheres até os 36 anos

O mês de março marca um período de atenção especial à mulher. No dia 08 comemoramos o Dia Internacional da Mulher, e no dia 26, o Dia Mundial da Prevenção do Câncer de Colo do Útero, o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Hoje, no Brasil, o câncer do colo do útero é a principal causa de morte entre mulheres até os 36 anos, e o HPV (Papilomavírus Humano) está presente em cerca de 99% dos casos. A boa notícia é que, na maioria das vezes, esse tipo de câncer pode ser evitado.

No entanto, apesar de o HPV ser um dos vírus mais comuns do mundo, ainda existem muitas dúvidas, desinformação e conceções equivocadas sobre a sua transmissão, prevenção e riscos, o que reforça a importância da informação na luta contra a doença.

A campanha Março Lilás tem como objetivo, conscientizar a população sobre a prevenção e combate ao câncer de colo uterino, o qual, na grande maioria das vezes pode ser evitado por meio vacinação, visitas regulares ao ginecologista com rastreio por exames específicos e tratamento de lesões (verrugas genitais).

Nesta reportagem, vamos esclarecer esses temas e reforçar a importância da informação como uma das principais ferramentas na prevenção de doenças, com o auxílio da Dra. Glicinia Rosilho Pedroso, proprietária da PAIVACIN.

Com conhecimento, é possível desvendar os mitos que cercam o vírus, compreendendo melhor as formas de transmissão e prevenção.

“Quando o assunto é HPV, informar-se é o primeiro passo para cuidar da saúde”, reforça Glicinia

O que é HPV?

HPV é a sigla para Papilomavírus Humano, um vírus que infecta a pele e as mucosas. É a infecção sexualmente transmissível mais comum. Existem mais de 100 tipos de HPV:  alguns tipos são inofensivos e causam verrugas comuns; outros, podem causar infecções genitais e estão associados a condições mais graves, inclusive o câncer.

De um modo geral, o O HPV está associado a Verrugas genitais, Câncer de colo do útero, de vagina, de vulva, de pênis, de ânus e de orogaringe.

Quem pode contrair o HPV?

Qualquer pessoa sexualmente ativa pode contrair o HPV, mesmo tendo apenas um único parceiro, devido à alta transmissibilidade do vírus. Esse contágio pode ocorrer já no primeiro contato sexual.

A transmissão acontece pelo contato direto (pele a pele), principalmente durante relações sexuais com penetração vaginal e/ou anal, mas também por meio do sexo oral ou qualquer outro contato com a região genital, inclusive com as mãos.

Por essa razão, o uso de preservativos, embora reduza o risco, não oferece uma proteção completa, pois não cobre toda a área genital exposta ao contato.

É importante destacar que o HPV não é transmitido por objetos como toalhas ou assentos sanitários.

E quais são os sintomas da infecção por HPV?

É um mito acreditarmos que se não há sintomas, não há necessidade de preocupação com o HPV, pois o vírus pode permanecer no organismo por tempo indeterminado, sem manifestar sinais visíveis.

Na grande maioria dos casos, a infecção é assintomática, mas alguns subtipos do vírus podem causar o aparecimento de verrugas genitais. Alguns tipos de vírus evoluem para complicações graves, como cânceres, se não forem detectadas e tratadas precocemente.

Vamos falar sobre o principal sintoma do HPV, que é o aparecimento de verrugas na região genital (no homem, verrugas na cabeça do pênis, região do ânus, bolsa escrotal, caroços e feridas no pênis, bolsa escrotal, ânus, boca ou garganta; na mulher, verrugas na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. Ainda, coceira, irritação ou desconforto na área genital podem indicar infecção pelo vírus.

Como é possível se prevenir contra o HPV?

A principal forma de prevenção, é a vacina contra o HPV. Ela protege contra os principais subtipos de vírus associados ao câncer. Então, a probabilidade de ter alguma doença decorrente do HPV se torna extremamente baixa em quem foi vacinado.

Visitas regulares ao ginecologista e exames preventivos (conhecido como Papanicolau), devem ser feitos periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois esta medida é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces, que se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer.

Outra forma de redução do contágio pelo HPV é o uso de preservativos durante a relação sexual. Destaco que o uso de preservativo masculino protege parcialmente contra o HPV, mas contribui para reduzir o risco de contágio.

A vacina é a principal forma de prevenção contra o HPV. Então, vamos falar sobre ela.

A vacinação contra o HPV é somente para mulheres?

Não. A vacinação é recomendada para ambos os sexos, pois ajuda a prevenir infecções que podem levar a verrugas genitais e cânceres tanto em homens quanto em mulheres.

Há dois tipos de vacinas disponíveis: a vacina contra HPV 4 valente e a HPV 9 valente, que protegem, respectivamente contra 4 e 9 sorotipos de vírus causadores de verrugas e cânceres.

A vacina contra o HPV4 valente está disponível nas unidades de saúde por meio do PNI, sendo oferecida gratuitamente em dose única pessoas do sexo feminino e masculino de 09 a 14 anos de idade. Para alguns grupos prioritários, como vítimas de abuso sexual, a vacina é oferecida para pessoas com idade entre 9 e 45 anos. Como estratégia de resgate de adolescentes não vacinados, o SUS está oferecendo 1 dose da vacina contra o HPV para adolescentes com idade até 19 anos.

Nos serviços privados de imunização, como a PAIVACIN, a vacina oferecida é a HPV 9 valente, que confere proteção ampliada contra cânceres e verrugas genitais provocadas pelo HPV.

A vacina HPV 9 valente está licenciada para todas as pessoas entre 9 e 45 anos. A administração em homens e mulheres fora desta faixa etária está prevista em bula — especialmente pessoas com comorbidades associadas a imunocomprometimento e homens que fazem sexo com homens — traz benefícios e deve ser avaliada pelo médico.

Se eu já tive HPV ou uma doença relacionada, não posso mais prevenir a infecção?

Isto é um mito. A reinfecção é possível, já que imunidade a um tipo do vírus não protege contra outros. A prevenção por meio de vacina continua sendo essencial mesmo após uma infecção inicial.

No Março Lilás, reforçamos um compromisso fundamental: informação salva vidas! O HPV não pode ser combatido com medo ou desinformação, mas sim com conhecimento, prevenção e atitude. A prevenção é um gesto de amor à vida. Vacine-se!

Fotos: Divulgação

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