Desde 2018

⭐ Piracicaba, 23 de abril de 2025 ⭐

[wp_dark_mode style="3"]

Publicidade

José Coral terá biografia registrada em livro

IMG-20230328-WA0052

O menino nascido no bairro do Guamium, é hoje reconhecido como uma das mais importantes autoridades públicas da cidade de Piracicaba. José Coral cresceu, constituiu família em nossa cidade, colaborou por muitos anos com a Câmara Municipal, foi um dos pioneiros na idealização do projeto para a criação do Hospital dos Fornecedores de Cana e um dos indutores do cooperativismo entre os plantadores de cana de açúcar em nossa cidade, hoje transformados na Coplacana, um dos mais valorosos empreendimentos associativos da cidade. Agora, pelas mãos do publicitário Marcos Bulzara, sua vida vai para as páginas de um livro, a ser lançado em breve. Pelo que soube, já está no “forno” de uma das empresas gráficas da cidade, aguardando a finalização da edição e o anúncio do seu lançamento.

Das origens

José Coral nasceu em Piracicaba no dia 18 de novembro de 1940, no bairro Guamium, filho de Santo Coral e Albina Tavares Coral, casado com Sonia  Maria de Marchi Coral, há 58 anos,(o cupido para aproximação do casal foi o Monsenhor Jorge Simão  Miguel, da Vila Rezende, igreja que frequentam até hoje),  e pai de Kátia, professora, casada com Marcos Gerolamo, pais de Nathalia, casada co, Pedro Justolin e mãe dos bisnetos João Pedro e Antonio e de Isabela, solteira; Keli, professora, casada com César Carbinatto, pais dos trigêmeos Pedro, Murilo e André, hoje com 18 anos; e Klever, engenheiro agrônomo, casado com  Ana Paula Batista Coral ,pais de Vinícius, também com 18 anos.

Seus avós, depois os pais e hoje o filho Klever possuíam e administram uma pequena sitio, onde plantam cana-de-açúcar e também são produtores de leite.  Ele se localiza nas proximidades de onde hoje está o Zoológico de Piracicaba- Jardim Primavera. Foi por lá que se apaixonou pelas coisas da terra e trabalhou até os 17 anos. Depois a família mudou-se para o bairro da Vila Rezende, onde Coral passou a crescer e fazer amigos. Morou também na Vila Fátima, onde alugou uma casa depois do casamento, ao lado da dos sogros. E no bairro Areião. E recebeu uma lição que jamais esqueceu, como relembrou em entrevista na publicação Canavieiro Paulista, de janeiro/fevereiro de 2015, “Meus pais me ensinaram que a terra é o sustento de muitas famílias, ensinaram-me que eu tinha que trabalhar e amar a agricultura, amor que passa de geração em geração”

Até os 17 anos trabalhou na zona rural, junto com a família, mais no tratamento de gado pois a família tinha uma leiteria e ele já fazia escola de comércio à noite, continuava trabalhando no sitio, mas estudava a noite. Naquela idade veio para a “cidade” e estudou na Escola de Comércio Cristóvão Colombo, no período noturno, onde formou-se Técnico em Contabilidade. A escola localizava-se na Praça da Catedral, onde hoje coexistem as sedes dos bancos Itaú e Bradesco. As aulas eram no período noturno. Inclusive com passagens de grandes dificuldades, porque onde hoje é a Arcelor, era tudo lavoura de eucalipto. E os eucaliptos à noite, com a lua, transmitia uma imagem de que podia ter alguma pessoa esperando a gente para sequestrar. Mas felizmente era só susto. Diversas vezes ele tinha que voltar até a Avenida 1º de agosto para esperar os colegas que também estudavam a noite, e voltavam das suas faculdades mais tarde, para fazer companhia para irmos até nossas residências nos sítios.

Mas isso foi passando, até que me formei técnico em contabilidade na Escola Cristóvão Colombo, dirigida pelo prof. Zanin, que ficava na praça José Bonifácio. A Escola de Comércio ‘Christovam Colombo’ de Piracicaba foi fundada em 12 de outubro de 1913 pelos professores Adolpho de Carvalho e Pedro Z. Zanin. O Curso Comercial ‘Christovam Colombo’ progrediu e tornou-se, em 1918, Escola de Comércio ‘Christovam Colombo’. A finalidade da Escola de Comércio era a formação de perito-contador. Até 1934 havia formado 440 alunos, sendo que 345 já estavam empregados, inclusive ocupando posições de gerência ou na contabilidade de bancos, chefia de repartições públicas ou de escritórios.    Formou-se Técnico em Contabilidade, ou Contador, como se denominava na época, naquela instituição e logo começou a trabalhar no Banco Moreira Salles, onde permaneceu por cinco anos. Depois disso migrou para o setor agrícola, de onde não saiu até hoje. Desde então, cresceram sua identidade e compromisso com o setor., “sou formado em técnico em contabilidade e na escola da vida”, lembrou ele dia desses numa entrevista.

E antes de completar 18 anos, menor ainda, em 1965, foi contratado para trabalhar no Banco Moreira Sales, hoje Itaú-Unibanco. Por lá, iniciou como continuo, e teve um crescimento muito rápido, de promoções. De continuo externo, passou para continuo interno, depois funcionário, chefe de seção, procurador e depois contador. Depois, foi convidado para assumir a gerência e, por influência do seu pai, ele queria trabalhar nas questões ligadas ao cooperativismo, que culmina com a criação do banco da Coplacana.

E naqueles tempos já tinha minha vida vivida parte na cidade, mas vivia ainda na zona rural. E lá com os amigos eu jogava futebol, dirigia a equipe do Brasil F.C., lá da estação Experimental de Cana, onde tem um belo estádio hoje, que ele também ajudou a construir e inaugurar, junto com o diretor da estação na época, dr. Homero Correa de Arruda.  Dedicou parte da sua vida também para o esporte, jogando e sendo dirigente. Naqueles anos já paquerava, tinha as namoradinhas, e as vezes chegava a ter mais de uma ao mesmo tempo, mas isso são lembranças do passado.

No Banco Moreira Sales, depois Unibanco, hoje Itaú, de Piracicaba e depois enveredou pela carreira do Cooperativismo, a partir da Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba, que viria a desdobrar-se em Coplacana. Depois dos primeiros cinco anos no banco, foi ser gerente contratado pela Coplacana para tocar a seção bancária da entidade, que funcionou até 1964 quando o governo fez a reforma bancária e extinguiu as seções bancárias e criou as cooperativas de crédito, dentre elas a nossa que era a Cooperativa dos fornecedores de Cana de Piracicaba, em 1969. Essa cooperativa nasceu, e ele participou do início dela, da fundação e foi contratado como gerente por três anos. Na primeira eleição candidatou-se a diretor gerente, foi eleito e permaneceu durante 23 anos, com mandatos eletivos a cada dois anos. E depois continuou na presidência da Cooperativa, por mais 25 anos.

Após o período no Moreira Salles, passou a trabalhar na sessão bancária da Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba, cuja sede também ficava no centro da cidade, na rua XV de Novembro, nas proximidades do terminal de ônibus urbanos, próximo da Rua Boa Morte. A Associação, posteriormente transformada na Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo, na época já tinha 15 anos de existência e naquele período o Governo Federal autorizava as Associações de Classe a terem suas próprias seções bancárias e José Coral assumiu o cargo de gerente.

Mais adiante, em 1965, o Banco Central do Governo Federal, autorizou a criação da Cooperativa de Crédito Rural dos fornecedores de Cana e Agropecuaristas da Região de Piracicaba, denominada Cocrefocapi, que evoluiu e hoje chama-se Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob/Cocrefocapi). Eleito em 1973 para o cargo de diretor gerente deste segmento, atuou no cargo por 20 anos, tendo sido eleito presidente da Cooperativa em 1996, onde atua até os dias atuais, tendo passado por diversos cargos diretivos.

O projeto consolidou-se através de parcerias com a Associação Comercial e Industrial de Piracicaba, Acipi e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas de Piracicaba, Simespi. Da antiga sede da Rua XV a Cooperativa teve um segundo prédio, na Avenida Armando de Salles Oliveira, esquina da rua D. Pedro I e hoje está estabelecida no Centro Canagro, que homenageia “José Coral”, com o seu nome, na Avenida Comendador Luciano Guidotti, bairro Caxambu em Piracicaba.

Hoje são mais de milhares de associados e possui vários pontos de atendimento espalhados pela cidade. Nesses 58 anos de atividades o projeto estendeu-se também para os estados, com mais 22 unidades nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e goiás, todos eles fortíssimos no agro negócio. No princípio eram apenas 20 associados.

Coral relembra que para além da cana-de-açúcar, que deu origem ao processo, os associados de hoje também produzem, milho, soja, gado e leite. E que a Cooperativa possui hoje uma unidade de grãos com seis silos para milho e outros seis para soja. A estratégia para estocagem, comercialização dos produtos de forma unificada, beneficiou a todos.

 

Linha do Tempo

18 DE NOVEMBRO DE 1940, nasceu em Piracicaba

1965- 1969 – Gerente do Banco Moreira Sales (Unibanco- Itaú)

1969 – 1972 – Gerente contratado – Sicoob/Cocrefocapi,

1973 – 1995 – Eleito Diretor Gerente do Sicoob/Cocrafocapi

1996 – Atual – Presidente do Sicoob/Cocrefocapi

1977 – 1988 – Vereador por dois mandatos no Município de Piracicaba

1985 a 1991 – Diretor Gerente da Coplacana

1991 – 1994 – Eleito Vice Presidente da Afocapi

1994 – 2012 – Eleito Presidente da Coplacana

1994 – Atual – Eleito Presidente da Afocapi

1995 – 1998 – Presidente da Orplana

1998 – 1999 – Presidente da Consecana

1991 – 1994 – Eleito Presidente do Sindirpi,

1994 – 2012 – Eleito 1º Secretário do Sindirpi,

2008 – Em 27 de abril, recebeu o titulo de cidadão Piracicabanus Praeclarus, pela Câmara de Piracicaba, concedido pelo vereador André Bandeira,

2012 – Atual – Eleito Presidente do Sindirpi

2012 – Atual – Eleito Vice Presidente da Coplacana,

2012 – Atual – Membro do Funseg, Fundo de Segurança de Piracicaba,

Há 42 anos, membro do Rotary Clube de vila Rezende, onde ocupou vários cargos

2015 – Desde 17 de março, por indicação do Vereador Gilmar Rota, recebeu a Medalha do Mérito Legislativo da Câmara Municipal de Piracicaba

2022 – Eleito Conselheiro do E.C. XV de Novembro de Piracicaba, clube onde atua há 60 anos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Publicidade