Texto: Vanderlei Zampaulo
A deputada estadual Professora Bebel articula a realização de uma audiência pública para proteger as mulheres
A procuradora da mulher na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a deputada estadual Professora Bebel (PT) articula a realização de uma audiência pública na Casa visando debater políticas públicas para proteger as mulheres. O anúncio foi feito na tarde desta última quarta-feira, 08 de fevereiro, quando a deputada Professora Bebel, utilizando a tribuna popular da Alesp repudiou mais um caso de feminicídio no Estado, desta vez em Piracicaba, levando a morte Tamires Marques, de 36 anos, assassinada a facadas pelo marido, de quem tinha se separado do companheiro recentemente, após sete anos de relacionamento. O assassinato ocorreu no último dia sete, na frente da filha de apenas seis anos.
Bebel disse que essa situação precisa ser mudada. Por isso, já consultou as demais deputadas que compõem o órgão e estará promovendo nos próximos dias audiências públicas e outras atividades sobre o tema. “Infelizmente, essa é uma terrível realidade que vem se tornando corriqueira no país. Somente no primeiro semestre de 2022, 699 mulheres foram vítimas de feminicídio no nosso país”, lembrou, se solidarizando com familiares e amigos das vítimas, especialmente de Tamires Marques, que foi atacada pelo seu ex-marido no apartamento em que residia no bairro Campestre, na mad.
Especialistas defendem a promoção do empoderamento econômico, social e político de mulheres e meninas para combater o feminicídio, incluindo apoio a programas de capacitação econômica e meios de subsistência, proteção social e redes de segurança que apoiam mulheres e meninas e acesso à educação segura e equitativa para meninos e meninas. Justamente diante destes apontamentos, Bebel diz que é necessária uma ação por parte do governo estadual e isso será debatido na Assembleia Legislativa de São Paulo, visando propor o desenvolvimento de novas medidas, assim como ampliar e melhorar as já implantadas, uma vez que os casos de feminicídio no Estado não param de aumentar.