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Apeoesp pede mesa permanente de negociação sobre ensino à distância

06-04-20-A Professora Bebel defender a vida, o bem mais precioso, é a prioridade nesse momento para toda a sociedade

A presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), deputada estadual Professora Bebel (PT) quer uma mesa permanente de negociação sobre a proposta do governador João Doria (PSDB) de estabelecer o ensino à distância para cerca de 3,5 milhões de alunos da rede estadual de ensino. Bebel diz não ser contra o aplicativo, uma vez que se trata de uma situação emergencial, mas entende que o governo tem que pensar também nos professores e dar estrutura para eles trabalharem nessa nova situação. “Por isso, estamos solicitando uma mesa permanente de negociação e diálogo com o governo, inclusive envolvendo os estudantes”, ressalta.

Para Bebel, é inaceitável que num momento de calamidade como este, o governo estadual siga impondo medidas sem nenhuma consulta aos principais envolvidos, pois muitas dessas atacam direitos dos professores, que inclusive sofrem assédio moral, e dos próprios estudantes. “Estamos vivendo a maior tragédia humana coletiva desde o final da segunda guerra mundial. A Organização Mundial de Saúde aponta que já foram ultrapassados um milhão de pessoas infectadas e mais 50 mil mortas pela COVID-19, a doença causada pelo coronavírus. No Brasil, ultrapassamos os 11 mil casos notificados e quase 500 óbitos oficialmente confirmados. O rigor no isolamento social se impõe e a prorrogação de medidas como o fechamento total das escolas é imperativa”, diz.

“Queremos garantir os direitos de aprendizagem de nossos estudantes, com equidade e com qualidade, não apenas a uma parcela. Porém, medidas formuladas de forma distanciada da realidade dos professores, dos estudantes e de suas famílias poderão agravar o quadro de desigualdade e não promover, efetivamente, a aprendizagem. É o caso do ensino à distância, da forma como se quer impor. Nada substitui a escola como o espaço natural de realização do processo ensino-aprendizagem. Em nenhuma hipótese, e sobretudo no momento atual, podemos contrapor razão e afeto no processo educativo. Com Paulo Freire, dizemos: ‘educar é um ato de amor’”, reforça.