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⭐ Piracicaba, 24 de novembro de 2024 ⭐

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Aeroporto Municipal é escolhido para projeto-piloto de sistema antidrones

olução foi apresentada hoje em coletiva de imprensa, no Aeroporto Municipa

Sistema foi instalado pela empresa Omnisys, em parceria com a Prefeitura, para demonstração da tecnologia, que detecta e classifica drones no espaço aéreo

Em uma parceria inédita da Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (Semdettur), o Aeroporto Municipal Pedro Morganti foi escolhido para implementação demonstrativa de sistema antidrone, idealizado e operado pela empresa Omnisys.

A apresentação da tecnologia aconteceu ontem, 24/10, durante coletiva de imprensa no aeroporto.

A Omnisys é subsidiária brasileira da Thales, empresa francesa que desenvolveu o EagleShield, um sistema antidrones para detecção e classificação de drones classificados como não colaborativos, que representam risco à segurança da aviação, principalmente em aeroportos.

Além do sistema antidrone, a Omnisys também apresentou o Gamekeeper, um radar holográfico capaz de fornecer cobertura 3D completa, rastreando dispositivos a uma distância de até 7,5 km. Fabricado no Brasil, o Gamekeeper é certificado como Produto Estratégico de Defesa (PED) e se destaca como o principal componente do sistema antidrones EagleShield. Com a solução EagleShield e o radar Gamekeeper, o Aeroporto de Piracicaba demonstrará a capacidade da solução em proteger o espaço aéreo dos aeroportos e sua segurança perimetral.

Piracicaba foi escolhida para o projeto-piloto devido aos relevantes investimentos realizados no Aeroporto municipal pela Prefeitura nos últimos quatro anos, seguindo instruções da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Foram mais de R$ 4 milhões investidos, com melhorias que incluíram o recapeamento total da pista de pouso e decolagens, num total de 36 mil metros quadrados de pista, ampliação da pista auxiliar (taxiway), que passou de 800 para 1.200 metros de extensão, reformas com a revitalização do balizamento, troca da engrenagem do biruta e manutenção do farol rotativo e do RCC, que é o transformador que gera toda a energia necessária para uso dessas ferramentas.

“Podemos dizer que é um dia histórico para Piracicaba, porque se trata de um prenúncio daquilo que queremos implementar no Aeroporto Municipal, tornando-o ainda mais seguro e eficiente e com capacidade para atender as demandas que Piracicaba e região têm”, destacou o titular da Semdettur, Euclides Libardi.

Desta forma, a cidade já se prepara para ser sede de outro projeto-piloto, em parceria com a Azul Conecta, um braço da Azul Linhas Aéreas, que vai trazer para o Aeroporto Municipal Pedro Morganti voos regionais para passageiros, fretamento, de carga e misto.

“Colocar o aeroporto como um espaço de demonstração desse sistema faz parte desse objetivo de crescimento que temos, sem falar do pioneirismo da ação, já que o aeroporto de Piracicaba é o primeiro do Brasil a receber esse equipamento. E também vai ser algo que vai nos auxiliar a monitorar o espaço aéreo no entorno, já que drones podem interferir no deslocamento das aeronaves, além de poderem causar algum tipo de problema com paraquedistas, em especial com os tirantes dos equipamentos”, explicou Marcelo Kraide, diretor do Aeroporto Municipal.

Segundo Kraide, a média é de 60 a 100 paraquedistas que utilizam o aeroporto, entre sábado e domingo.

“Nosso objetivo é mostrar, em um ambiente real, a importância dessa tecnologia na segurança dos voos dos aeroportos. O aeroporto de Piracicaba é ideal para essa demonstração. Com uma média de 60 voos por semana, o aeroporto sofre com a influência de drones não autorizados. E também, por uma questão de logística, oferecemos a demonstração. O aeroporto é próximo de avenida e rodovia e, assim, podemos mostrar o equipamento e, como contrapartida, vamos trazer elementos e informações mais detalhadas de drones que voam de forma irregular no espaço aéreo aproximado. Com esta solução podemos aumentar a segurança para todo o ecossistema da aviação, que vai desde a tripulação e passageiros até mesmo as comunidades vizinhas aos aeroportos”, afirmou Álvaro Cuccolo, gerente de contas da Omnisys.

Representantes do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), órgãos da aviação civil de países da América Latina, além de operadores aeroportuários serão convidados para acompanhar a demonstração no intuito de promover a solução para o fortalecimento da segurança do espaço aéreo da América Latina.

COMO FUNCIONA – O sistema EagleShield detecta, rastreia, classifica e identifica os drones no espaço aéreo e, se necessário, faz um alerta de irregularidade da ação. É capaz também de identificar a presença de outros objetos, como balões, por exemplo.

Ao mesmo tempo, o Gamekeeper é posicionado na cabeceira da pista, funcionando como sensor que captura a presença do drone. Além do radar, há outros sensores que identificam os objetos e até mesmo a posição do operador.

Dessa forma, é possível reconhecer, em tempo real, qualquer drone que esteja próximo do espaço do aeroporto e que pode prejudicar o manejo das aeronaves, garantindo mais segurança para pousos e decolagens.