PGR solicita prisão preventiva do tenente-coronel e de Gilson Machado; apenas ex-ministro é detido
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, após a Polícia Federal (PF) identificar que seus pais, esposa e uma das filhas viajaram para Los Angeles, nos Estados Unidos, no final de maio.
A PF investiga se a viagem da família de Cid poderia indicar um plano de fuga do militar.
Na manhã desta sexta-feira (13), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de Mauro Cid, em Brasília, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Cid também foi convocado para prestar novo depoimento.
A defesa de Mauro Cid confirmou a viagem da família, alegando que o motivo foi a celebração da formatura de um sobrinho e o aniversário de 15 anos de uma sobrinha. Segundo os advogados, a família possui passagens de ida e volta, com retorno previsto para 20 de junho, e não há restrições legais para a viagem.
Além de Mauro Cid, a PGR também solicitou a prisão preventiva do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, sob suspeita de tentar auxiliar Cid a deixar o país. Machado foi preso nesta sexta-feira (13).
A delação premiada de Mauro Cid é considerada uma das principais provas na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado, na qual ele próprio é réu, juntamente com Bolsonaro e outros ex-ministros.