O aquecimento global tornou-se uma crise sem precedentes que coloca em risco todas as formas de vida no planeta.
Estamos sentindo na pele temperaturas jamais vistas em determinadas épocas do ano, com gravíssimas tragédias climáticas devastadoras. Nossa agricultura é o melhor exemplo, com as profundas alterações causadas às épocas de safra, demonstrando o círculo vicioso que encontramos, pois da agricultura e da pecuária vem nossa alimentação. Evitar a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento são as primeiras metas, pois elas resultam em temperaturas cada vez mais altas, como estão sendo sentidas nesta semana, inclusive com alertas de risco de vida.
Não se trata de coisa de “ecochato” ou bravata política, o cenário alarmante levou a própria Organização das Nações Unidas a inserir o tema no objetivo nº 13 para o desenvolvimento sustentável no planeta dentre uma série de objetivos fixados para 2030 que venham permitir um desenvolvimento global decente. A situação, segundo a ONU, é de urgência e pede uma série de medidas como a implementação de políticas que limitam o aumento da temperatura global, incentivam a adoção de energias renováveis, bem como promovam práticas agrícolas e industriais sustentáveis. Também apela para o fortalecimento dos sistemas de resiliência a eventos climáticos extremos e para a promoção de ações que protejam as populações mais vulneráveis. Os prejuízos são incalculáveis ao atingir todas as esferas da vida humana, de forma mais acentuada em países em desenvolvimento como o nosso.
Para combater firmemente o aquecimento global, são necessárias ações coordenadas em nível global, nacional e local. A descarbonização da economia é crucial, e isso implica uma mudança radical na forma como produzimos e consumimos energia. O investimento em tecnologias limpas e em infraestruturas resilientes pode ser um motor de crescimento econômico sustentável, além de ser uma necessidade ecológica. É fundamental também um engajamento político forte, que priorize a agenda ambiental e estimule a cooperação internacional. Isso pode ser alcançado através de acordos globais e por meio de políticas públicas que incentivem práticas sustentáveis. Adicionalmente, a conscientização e a educação são ferramentas poderosas que podem desencadear uma mudança cultural necessária para enfrentar essa crise.
Não podemos titubear, o futuro nosso e, mais ainda, dos nossos descendentes, se encontra em risco extremamente acentuado, todos tem o dever de combater o aquecimento global, cada pessoa, cada instituição e cada governo tem um papel a desempenhar. Não há mais retorno ao mundo sustentável de anos atrás, no entanto, podemos evitar que a situação se agrave e coloque em risco toda a capacidade da humanidade florescer no nosso planeta. A cultura da vida e do desenvolvimento sustentável “é para ontem”. O Objetivo 13 da ONU é uma chamada à ação coletiva, reforçando a necessidade de políticas robustas e colaboração global de todos os atores sociais.
O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região é o primeiro tribunal trabalhista do país a ser signatário da Agenda 2030 da ONU, incorporando em sua política de governança os 17 objetivos da entidade internacional para o desenvolvimento sustentável. Assim, se preocupa também com a referida causa, sendo responsável por diversas ações que envolvam preservação ambiental, entre elas a redução do uso de papel, plástico, como redução do consumo de energia e de água.
Um dos mais graves problemas para o aquecimento global é a impressionante redução de árvores capazes de atenuar o efeito estufa e evitar o aquecimento do solo. O Fórum trabalhista de Piracicaba, alinhado com Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, irá apoiar o projeto “Plantio de Mudas de Árvores” com o plantio de árvores frutíferas no próprio fórum no dia dela, nossa querida amiga, a árvore. Trata-se de um ato simbólico no dia 21 de setembro, em continuidade e apoio pela causa do desenvolvimento sustentável, convidando a sociedade de Piracicaba e região a refletir sobre o problema, a participar do movimento e abraçar a causa do combate ao aquecimento global.
É uma causa de todos nós.
Firmino Alves Lima é Juiz do Trabalho em Piracicaba, mestre e doutor em direito do trabalho pela USP