Especialista aponta caminhos para quem sente que está ficando para trás, apesar do currículo forte
Segundo Santos, a estagnação no trabalho está geralmente relacionada ao conformismo com a situação atual e à crença de que apenas cumprir tarefas é suficiente.
“O mercado mudou. Hoje, só o diploma não basta. O diferencial está em mostrar capacidade de resolver problemas, liderar em cenários incertos e criar soluções inovadoras”, diz.
Confira cinco estratégias práticas indicadas por Santos para destravar a carreira e construir novos caminhos:
1. Reinvente sua rotina: proponha novas soluções para problemas antigos. Pode ser algo simples, mas que demonstre iniciativa e atenção ao que precisa mudar;
2. Aprenda algo novo e aplicável: cursos que unem teoria e prática, com foco em ferramentas do dia a dia — como liderança, metodologias ágeis ou gestão de equipes — tendem a gerar impacto imediato;
3. Amplie sua rede de contatos: conversar com profissionais fora do seu círculo pode revelar oportunidades e trazer ideias novas. A chave que falta para a sua virada pode estar com alguém que você ainda não conhece;
4. Mostre o que você faz: saber comunicar resultados é essencial. “Relatórios, apresentações ou mesmo conversas informais são momentos valiosos para destacar seu impacto”, reforça Santos;
5. Encare o desconforto: sair do lugar exige esforço. Pode ser uma mudança de área, um feedback duro ou um desafio inesperado. Mas é nesse desconforto que o crescimento acontece.
Para o gestor, a estagnação é uma fase que exige análise e ação estratégica.
“A chave para sair do impasse está na capacidade de reavaliar a própria trajetória e tomar medidas concretas para avançar, sem esperar que as circunstâncias mudem por conta própria. Isso pode começar hoje”, finaliza.
Virgilio Marques dos Santos é um dos fundadores da FM2S, gestor de carreiras, PhD, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Autor do livro “Partiu Carreira”, TEDx Speaker, foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.