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O desafio enfrentado pelo movimento sindical reside na promoção do trabalho

José Antonio Fernandes Paiva
Presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região (Sindban)

Na próxima quarta, dia 1° de maio, Dia do Trabalhador(a), a Central Única do Trabalhador (CUT) e as demais centrais sindicais farão atos políticos e culturais em todo o país para mobilizar a classe trabalhadora em torno de pautas que englobam a defesa de direitos, democracia e desenvolvimento econômico para gerar mais empregos e renda para a população brasileira.

Uma dessas pautas é a redução da taxa de juros definida pelo Banco Central (BC), a Selic – taxa básica de juros da economia e principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central do Brasil para controle da inflação, serve como referência para todas as outras taxas de juros do país e vem se mantendo em patamares elevados há quase três anos. Atualmente em 10,75% ao ano, é uma das mais altas do mundo, ainda que o Conselho de Política Monetária (Copom) venha reduzindo a taxa a “a conta-gotas”.

Mas os juros altos são péssimos para o desenvolvimento econômico, o que, por consequência, prejudica a população brasileira, em especial as camadas com rendas menores. Ou seja, é a classe trabalhadora que sofre pagando juros altos em financiamentos, cartão de crédito e todas as demais operações financeiras, e não permite maior geração de empregos.

Juros altos, aumentam os preços, encarecem os empréstimos e empurram o consumo para baixo e assim, o comércio fica enfraquecido, a produção diminui e as empresas, sem ter para quem vender, deixam de expandir seus negócios, empregando menos trabalhadores.

Mas, ainda assim, o Brasil possui uma das maiores taxas de juros reais de todo o mundo, o que prejudica a economia, aumenta o endividamento das famílias e do Estado, terminando por frear a geração de empregos. Só os bancos e os especuladores financeiros ganham com as altas taxas de juros, o restante da sociedade é bastante prejudicada.

Ainda que dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2023 destaque uma melhoria nas condições de vida da população, com a totalidade dos rendimentos familiares em torno de R$ 398,3 bi em 2023, sendo que o rendimento médio por pessoa atingiu R$ 1.848, o maior desde o início da série da Pnad, em 2012. Em relação a 2022, a renda média per capita apresentou alta de 11,5%, é preciso acender o alerta amarelo, pois o cenário ainda requer que estejamos atentos ao gotejamento do bendito “conta-gotas”.

Não há dúvidas que precisamos olhar para o mundo do trabalho como uma oportunidade de todos crescermos. E, nesse sentido é importante fazer parte das negociações implementadas nas diversas categorias de trabalhadores, as variáveis são muitas, as categorias são diversas junto ao mesmo empregador, então precisamos nos atualizar e estar sempre conectados e olhar com especificidade cada categoria é fundamental para sustentar trabalhadores ativos e estimulados.

Enfim, não se pode negar a urgência de criar empregos, uma das principais preocupações dos sindicatos, que estão constantemente informados e coordenados para assegurar avanços para os trabalhadores, que impulsionam a economia e as oportunidades que todos buscamos.

 

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