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Poder de escolha nas mãos do consumidor: Aplicativo do “Pasto ao Prato” rastreia origem, condições de produção da carne e dá transparência ao setor

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Acostumado a ver a carne embalada nas prateleiras do supermercado, o consumidor muitas vezes desconhece a origem do produto, bem como as condições de produção do alimento. O aplicativo “Do Pasto ao Prato” conecta o vendedor final da carne ao abatedouro e oferece aos compradores informações sobre as práticas da empresa e possíveis impactos socioambientais.

O objetivo do app é dar transparência à cadeia produtiva da carne, permitindo ao cliente fazer escolhas conscientes e aumentar a responsabilidade de varejistas e frigoríficos para que a compra seja mais sustentável e de qualidade.

Idealizado em 2019 com o objetivo de revelar a origem da carne à venda nos supermercados, o projeto é resultado de uma parceria entre Trase, Stockholm Environment Institute, UCLouvain e Repórter Brasil.

O Do Pasto ao Prato foi desenvolvido como parte das atividades da Trase (http://www.trase.earth), uma iniciativa de transparência baseada em dados que visa a aprimorar a compreensão do comércio e financiamento de commodities que impulsionam o desmatamento em todo o mundo.

O Imaflora, parceiro estratégico do app, é, desde 2023, o anfitrião da ferramenta no Brasil. Responsável pelo engajamento e estratégias de comunicação, o Instituto abriga os colaboradores no país e participa da iniciativa com a estratégia de divulgação e ampliação da base de usuários.

Como funciona

O aplicativo permite digitar o código do selo de inspeção sanitária (3 a 4 números), contido no rótulo de um produto de carne no supermercado, que pode ser federal (SIF), estadual (SIE) ou o código SISBI que integra vários estados. É possível, ainda, digitar o CNPJ da empresa no momento da consulta.

Uma das idealizadoras do “Do Pasto ao Prato”, Vivian Ribeiro, bióloga, doutora em Ecologia e cientista de dados na Trase,  explica que ao usar o app dentro do supermercado, o cliente faz a conexão entre o frigorífico, quem processou a carne e o estabelecimento comercial, além de poder acessar dados sobre eventuais multas por infrações sanitárias e ambientais.

Um dos grandes gargalos declarados pelo setor, de acordo com Vivian, é a falta de capacidade de realmente prover informações sobre a cadeia produtiva.

“É importante salientar que a qualidade da carne não é somente aquela fresca e vermelhinha. É uma carne que não tem em sua produção trabalho escravo, desmatamento, queimadas associadas, e que não tem multa por infrações sanitárias ou maus tratos aos animais. Quando perguntamos para os revendedores, eles dizem desconhecer esses impactos”, salientou a representante da Trase.

Vivian destaca ainda que a carne é uma das commodities que mais impactam o meio ambiente no mundo inteiro em termos de desmatamento. “Em questão de área, é muito difícil encontrar uma outra que se compare a ela. O Brasil é o maior produtor de carne do mundo e 75% desse alimento fica dentro do pais, para consumo interno”, completou.

Para conhecer e começar a usar o “Do Pasto ao Prato” (dopastoaoprato.com.br), basta baixar o aplicativo, por meio de uma das lojas virtuais disponíveis:

Google Play – https://play.google.com/store/apps/details?id=br.mapping.app&pli=1

– Apple Store – https://apps.apple.com/br/app/do-pasto-ao-prato/id6443904139

 

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