Tour faz parte da cooperação acadêmica internacional sino-brasileira

Comitiva chinesa do II Sustainable Tropical Agriculture School and Tech Tour ficou no Brasil duas semanas conhecendo a agricultura paulista

Com foco em promover a cooperação acadêmica internacional entre Brasil e China, nos dias 18 e 22/07, o Pecege recebeu a visita da Comitiva Chinesa da CAU (China Agricultural University) do II Sustainable Tropical Agriculture School and Tech Tour (Escola de Agricultura Tropical Sustentável e Tour Técnico), acompanhados por professores da Esalq/USP – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo.

Durante os dois dias da visita, a Comitiva Chinesa conheceu as estruturas do Instituto e participou de atividades acadêmicas de integração promovidas pelo Fundador e Diretor do Pecege, Pedro Marques e José Eurico P. Cyrino (Prof. Zico) – respectivamente, além de uma roda de conversa com o Presidente, Ricardo Shirota, sobre o ecossistema educacional oferecido pela Instituição.

O Presidente Shirota destacou que esta visita é um forte indicador da relevância, não apenas do Instituto, mas da região de Piracicaba e do Estado de São Paulo na área das ciências e dos negócios relacionados com a agricultura e alimentos. “A aproximação do Pecege com CAU tem potencial de gerar inúmeras iniciativas nas áreas acadêmicas e de negócios que poderão beneficiar, de um lado o maior consumidor de produtos agrícolas, que é a China, e um dos maiores exportadores desses produtos, que é o Brasil”.

Roda de conversa com o Presidente do Pecege, Ricardo Shirota, sobre o ecossistema educacional oferecido pelo Instituto

CONHECIMENTO

De acordo com o professor do departamento de Produção Vegetal da Esalq/USP, Renan Caldas Umburanas, essa visita ao Brasil consiste em uma interação entre a China Agricultural University e a Esalq, como uma forma de apresentar a agricultura tropical para os alunos chineses, bem como apresentar a importância do agronegócio paulista no contexto tanto industrial, da agroindústria, quanto de atividades a campo e de manejo de práticas sustentáveis da agricultura.

“Os integrantes da Comitiva visitaram usinas e lavouras de cana, onde puderam ver práticas de sustentabilidade, como reutilização da água, por exemplo. Então, a ideia é que tenham essa visão da agricultura tropical, que é bem diferente das práticas que eles têm  na China”, explica Renan, e completa “o Pecege foi escolhido porque é um centro de referência em educação, além de ser uma oportunidade de mostrar-lhes a quantidade que temos de instituições importantes de difusão de conhecimento, especialmente na área da agricultura”.

O professor Ricardo Ferraz de Oliveira, do departamento de Ciências Biológicas da Esalq/USP, também explica que, por meio da Esalq, há uma cooperação científica na CAU – sediada em Beijing, e que esse é o segundo ano em que recebe uma Delegação de estudantes desta Universidade e, agora, de outras partes da China interessados em uma experiência internacional na área da agricultura.

“Esses estudantes normalmente ficam aqui no Brasil por duas semanas, e durante esse período, eu procuro dar-lhes uma oportunidade para que conheçam a agricultura paulista, porque o País é muito grande, não há tempo nesse curto período”, conclui Ricardo Ferraz.

A Comitiva Chinesa também conheceu alguns pontos turísticos da cidade de Piracicaba, como o Parque do Mirante

 CONEXÃO

As estudantes Liu Yan e Su He Tong da Universidade de Agricultura da China, disseram que trabalham em cooperação e interação internacional, e que acharam o Instituto Pecege um lugar bom e uma boa instituição para estudantes do mundo todo que buscam uma oportunidade única para estudar no Brasil.

“Como as pessoas que moram na China geralmente usam o chinês, nós não podemos nos comunicar com os outros. Então eu acho que o Pecege é uma conexão, uma ponte para conectar os estudantes brasileiros com as pessoas chinesas, possibilitando que nos comuniquemos com outras nacionalidades. O Pecege oferece uma boa plataforma para nos comunicar, e nos possibilita fazer muitas coisas importantes, até mudar o mundo… Isso é uma boa instituição que oferece muitas oportunidades”, concluem Liu e Su.

O professor titular da Escola Superior de Agricultura Luís Queiroz, do departamento de Produção Vegetal, Durval Dourado Neto, relembra que alguns anos atrás, a Esalq estava em quinto lugar no ranking das melhores universidades agrícolas do mundo. A primeira era Wageningen University and Research na Holanda. A segunda era a Universidade da Califórnia e University of California Davis. A terceira era Cornell University, e a quarta era a CAU. “Então, como eu fiz meu pós-doutorado em Davis, na Califórnia, o pró-reitor na época, professor Jan Hopmans, pediu para nos visitar. Foi assim que tudo começou”, ressalta Durval.