Cardeais não chegam a consenso na primeira rodada de votações; expectativa mundial cresce em torno da sucessão de Francisco.
Na tarde desta quarta-feira, 7 de maio de 2025, uma densa fumaça preta elevando-se da chaminé da Capela Sistina confirmou ao mundo que a primeira votação do conclave não resultou na eleição do novo Papa. O sinal visual tradicional indica que nenhum dos 133 cardeais eleitores obteve os dois terços dos votos necessários — 89 sufrágios — para ser escolhido como o novo líder da Igreja Católica.
O conclave foi convocado após o falecimento do Papa Francisco, em 21 de abril, marcando um momento de transição significativo para o Vaticano e seus mais de 1,3 bilhão de fiéis ao redor do planeta. O processo é realizado com rigorosos protocolos de sigilo, tradição e simbolismo, incluindo a produção da chamada “fumata nera”, composta por cédulas de votos queimadas com substâncias químicas específicas que produzem a coloração escura da fumaça.
Tradição e expectativa global
Historicamente, é raro que um novo pontífice seja escolhido já na primeira votação. O último a ser eleito nesse ritmo foi Pio XII, em 1939. A tradição prevê até quatro votações diárias (duas pela manhã e duas à tarde), a partir desta quinta-feira, 8 de maio, até que um nome alcance o quórum necessário.
Enquanto isso, a Praça de São Pedro permanece tomada por fiéis, jornalistas e turistas, que aguardam com expectativa o surgimento da “fumata branca” — sinal inequívoco de que um novo Papa foi eleito.
Principais nomes em destaque
Entre os nomes mais cotados para suceder Francisco estão o cardeal italiano Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano; o filipino Luis Antonio Tagle, ex-arcebispo de Manila e atualmente em Roma; e o cardeal húngaro Péter Erdő, arcebispo de Esztergom-Budapeste. Cada um representa diferentes perspectivas teológicas, geográficas e políticas dentro da Igreja.
A escolha do novo Papa terá repercussões globais não apenas para a comunidade católica, mas também no cenário diplomático e social. O novo pontífice herdará desafios importantes, como o avanço da secularização, questões internas de governança e escândalos, além do papel da Igreja em debates contemporâneos sobre meio ambiente, pobreza e migração.
A importância da sucessão papal
O conclave não é apenas um evento religioso: ele mobiliza chefes de Estado, comunidades de fé, especialistas em política internacional e milhões de fiéis. A transição papal é um momento de reposicionamento da Igreja Católica no mundo contemporâneo e uma oportunidade para reafirmar sua missão espiritual, social e humanitária.
Enquanto a fumaça preta simboliza a ausência de decisão, ela também acende a expectativa e a reflexão sobre o futuro da Igreja. A qualquer momento nos próximos dias, o mundo pode testemunhar a fumaça branca — e, com ela, o anúncio de um novo Papa.
Repercussão em Piracicaba
Em Piracicaba, cidade marcada por forte presença católica, paróquias e comunidades locais também acompanham com atenção cada etapa do conclave. Padres, fiéis e líderes comunitários têm promovido momentos de oração e reflexão, reforçando o sentimento de unidade com a Igreja global neste momento histórico. A expectativa pela escolha do novo Papa ecoa não apenas em Roma, mas também nos altares, missas e encontros espirituais que unem os piracicabanos em torno de uma fé compartilhada e viva.