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⭐ Piracicaba, 24 de maio de 2025 ⭐

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Robôs humanoides deixam os laboratórios e chegam às fábricas: nova era da automação industrial

Foto: iStock

Transformação tecnológica impulsiona a automação no setor industrial, com robôs humanoides atuando ao lado de trabalhadores humanos nas linhas de produção.

A revolução industrial contemporânea ganha um novo capítulo: os robôs humanoides, antes restritos aos laboratórios de pesquisa, estão começando a atuar efetivamente nas linhas de produção. Com avanços em inteligência artificial (IA), aprendizado de máquina e sensores de alta precisão, essas máquinas prometem transformar o chão de fábrica, aumentando a eficiência e a segurança no ambiente industrial.

Inovação em movimento

Empresas de renome mundial, como Mercedes-Benz, BMW e Amazon, já realizam testes práticos com robôs humanoides em suas unidades. Um dos exemplos mais notáveis é o Apollo, desenvolvido pela norte-americana Apptronik, que está sendo utilizado na fábrica da Mercedes-Benz em Berlim. Capaz de realizar tarefas como logística interna, inspeções de qualidade e movimentação de materiais, o Apollo pode ser treinado por operadores humanos usando teleoperação e realidade aumentada, possibilitando uma integração harmoniosa entre humanos e máquinas.

Na China, a UBTECH também avança nesse cenário com seus robôs implantados na fábrica da Zeekr, marca do grupo Geely. Trabalhando em equipe, eles realizam atividades como separação de materiais e montagem de peças, coordenados por um sistema de IA que gerencia a comunicação e distribuição de tarefas.

A produção em massa dos humanoides

Nos Estados Unidos, a Agility Robotics deu um passo à frente ao iniciar a produção em massa do robô Digit em sua unidade RoboFab, no estado de Oregon. Projetado para tarefas logísticas e manuseio de materiais, o Digit promete atender à crescente demanda por máquinas capazes de operar em ambientes dinâmicos, com capacidade de produção estimada em até 10 mil unidades por ano.

Tesla também investe pesado no segmento. Seu projeto de robô humanoide, o Optimus, tem previsão de produção limitada para 2025, inicialmente para uso interno nas fábricas da companhia.

Implicações para o mercado de trabalho

Apesar do entusiasmo em torno dos robôs humanoides, o avanço dessa tecnologia suscita preocupações sobre o impacto no emprego industrial. Entretanto, muitas empresas ressaltam que o objetivo é complementar o trabalho humano e não substituí-lo. Ao delegar atividades repetitivas, insalubres ou ergonomicamente perigosas aos robôs, trabalhadores humanos podem focar em tarefas mais complexas, criativas e estratégicas.

Especialistas apontam que a tendência é que, até 2027, robôs humanoides estejam amplamente disseminados nas indústrias, contribuindo para cadeias produtivas mais ágeis, seguras e sustentáveis.

Uma nova fronteira

O avanço dos robôs humanoides no chão de fábrica marca uma nova era da automação industrial, aproximando a realidade daquilo que por muito tempo pertenceu ao imaginário da ficção científica. É o início de uma transformação profunda na maneira como o trabalho é organizado, realizado e valorizado em escala global.

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