Disputa comercial entre EUA e China já causou perdas bilionárias em big techs, atinge a indústria automobilística e ameaça economia brasileira
A guerra tarifária desencadeada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem provocado uma onda de instabilidade econômica global.
A medida, que impôs pesadas tarifas a parceiros comerciais estratégicos — em especial à China —, já gerou consequências expressivas em diversos setores, desde tecnologia até indústria pesada, além de ameaçar mergulhar o mundo em uma nova recessão.
Confira abaixo os cinco principais impactos desse tarifaço:
1. Big Techs acumulam perdas de até R$ 5,6 trilhões
Gigantes da tecnologia como Apple, Amazon, Meta, Google, Microsoft, Nvidia e Tesla sofreram perdas significativas na bolsa, somando cerca de US$ 1 trilhão.
A Apple foi a mais prejudicada, com desvalorização de US$ 311 bilhões, reflexo direto de sua forte dependência da manufatura chinesa — responsável por 90% da produção de iPhones.
2. Indústria automobilística em crise
A imposição de tarifas de 25% sobre aço e alumínio encareceu os custos de produção de veículos, prejudicando diretamente montadoras nos Estados Unidos.
Além da redução na produção e exportação, países fornecedores — como o Brasil — também sofrem com a retração do setor.
3. Risco de recessão mundial
Especialistas e organismos internacionais, como a OMC, alertam para o risco de uma recessão global.
A previsão é de que o comércio entre Estados Unidos e China caia até 80%, comprometendo cadeias produtivas, investimentos e o crescimento econômico em diversos países.
4. Brasil deve perder R$ 28 bilhões
As tarifas norte-americanas já afetam as exportações brasileiras, especialmente nos setores de commodities e metalurgia.
A perda estimada para o Brasil gira em torno de R$ 28 bilhões, segundo analistas do setor, comprometendo setores importantes da economia nacional.
5. Desconfiança internacional na economia dos EUA
A postura agressiva do governo Trump nas relações comerciais tem causado insegurança nos mercados.
A volatilidade das bolsas e a falta de previsibilidade nas decisões econômicas norte-americanas estão afastando investidores e fragilizando a imagem dos EUA como potência econômica estável.