Imunizante do Instituto Butantan, desenvolvido em parceria com a farmacêutica Valneva, recebe registro definitivo e marca avanço no combate à doença viral
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta semana o registro definitivo da primeira vacina contra a chikungunya no Brasil.
O imunizante foi desenvolvido pelo Instituto Butantan, em colaboração com a farmacêutica Valneva, e a liberação foi publicada no Diário Oficial da União, representando um marco no enfrentamento da doença viral no país.
A vacina, voltada ao público adulto, oferece uma nova ferramenta de proteção contra o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue, zika e febre amarela.
Segundo os estudos clínicos realizados, o imunizante demonstrou eficácia significativa e perfil de segurança adequado, possibilitando a sua aplicação em larga escala.
O Instituto Butantan, referência em produção de vacinas e insumos de saúde pública no Brasil, destacou que a parceria com a Valneva foi essencial para o desenvolvimento do imunizante em tempo recorde.
Ainda não há previsão oficial de início da aplicação em campanhas públicas, mas a expectativa é que a distribuição seja iniciada nos próximos meses, especialmente em regiões com alta incidência da doença.
Avanço importante
A chikungunya tem se tornado um desafio crescente para o sistema de saúde brasileiro, com surtos frequentes em diversas regiões.
Os sintomas incluem febre alta, dores intensas nas articulações, fadiga e manchas na pele.
Em alguns casos, as dores articulares podem persistir por semanas ou meses, impactando diretamente a qualidade de vida dos pacientes.
A aprovação da vacina surge como uma esperança para a prevenção da doença e deve contribuir para a redução de casos e internações nos próximos anos.