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⭐ Piracicaba, 19 de abril de 2025 ⭐

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China impõe tarifas de 84% sobre produtos dos EUA e acirra guerra comercial com Washington

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Retaliação vem após governo Trump elevar tarifas para 104%; União Europeia também reage com sanções bilionárias

A tensão entre as duas maiores economias do mundo atingiu um novo patamar nesta semana.

A China anunciou, na última terça-feira (9), a aplicação de tarifas de 84% sobre todos os produtos importados dos Estados Unidos.

A medida é uma resposta direta à decisão do governo americano de aumentar as tarifas para 104% sobre bens chineses, conforme decretado pelo ex-presidente Donald Trump, que disputa novamente a presidência neste ano.

A decisão de Pequim gerou um efeito dominó no cenário internacional, com impactos imediatos nos mercados financeiros globais.

Bolsas da Europa e da Ásia registraram quedas significativas, refletindo a instabilidade gerada pela escalada da guerra comercial. Setores como o de tecnologia, automotivo e moda já sinalizam preocupação com os possíveis desdobramentos.

Em meio ao impasse, a União Europeia também entrou na disputa, aprovando sanções comerciais no valor de €22 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões) como forma de proteger sua economia dos impactos das tarifas norte-americanas.

A medida afeta diretamente setores de luxo e moda, tradicionais exportadores europeus.

Além das tarifas, o governo chinês começou a pressionar empresas como Shein e Temu, conhecidas no setor de moda rápida, para que reduzam suas operações de sourcing fora do país, como parte de sua estratégia de resistência às políticas americanas.

A ação pode mudar a dinâmica de cadeias produtivas globais e afetar também consumidores brasileiros que compram dessas marcas.

A retaliação chinesa, embora esperada, amplia a complexidade do comércio internacional em um cenário já fragilizado por incertezas econômicas.

Especialistas ouvidos por veículos como The Guardian e Vogue Business alertam para o risco de uma recessão global, caso as tensões comerciais não sejam contidas nos próximos meses.

O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, também se pronunciou, classificando as tarifas impostas por Trump como um “gatilho para uma possível recessão nos Estados Unidos”, destacando os riscos à estabilidade econômica.

As consequências dessa nova onda de protecionismo comercial devem ser observadas com atenção também no Brasil, que mantém relações estratégicas com ambas as potências.

Ainda não há uma posição oficial do governo brasileiro sobre os efeitos diretos no mercado interno, mas o tema deverá ser debatido nos próximos fóruns internacionais de comércio.

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