Casos crescentes e alta letalidade ressaltam a urgência da vacinação para conter a epidemia
Em 2025, a febre amarela manteve-se uma preocupação de saúde pública no Brasil, com um aumento significativo de casos, especialmente no Estado de São Paulo. Até 20 de fevereiro, foram confirmados 15 casos da doença, resultando em 9 óbitos.
Esse número é alarmante, uma vez que representa uma taxa de letalidade de 60% entre os casos notificados.
É importante destacar que todas as pessoas infetadas não apresentavam registo ou informação de terem sido vacinadas contra a febre amarela, a única medida capaz de proteger contra essa doença.
Mas o que é a febre amarela?
A febre amarela é uma doença viral aguda, não contagiosa, transmitida pela picada de mosquitos infetados.
Em áreas urbanas, o principal transmissor é o Aedes aegypti, o mesmo mosquito responsável pela transmissão da Dengue.
Vale destacar que os macacos não transmitem a febre amarela. Assim como os humanos, eles são infetados, em regiões de mata, por mosquitos silvestres.
A morte desses primatas atua como um indicador crucial da circulação do vírus na região, como ocorreu recentemente em cidades do interior de São Paulo, como Ribeirão Preto e Campinas.
Os sintomas da febre amarela variam de leves a graves e geralmente aparecem entre 3 a 6 dias após a picada do mosquito. Muitos dos infetados não manifestam sintomas.
Os sintomas iniciais são bastante inespecíficos: febre alta súbita, dores de cabeça intensas, dores musculares — especialmente nas costas —, arrepios e calafrios, náuseas, vómitos, fadiga e fraqueza.
Esse quadro muitas vezes dificulta o diagnóstico precoce da doença.
Cerca de 15% dos infetados evoluem para a forma grave da doença.
Após uma leve melhora dos sintomas, manifestam-se os sinais de agravamento: icterícia (pele e olhos amarelados), dor abdominal e vómitos, por vezes com sangue, insuficiência hepática e renal, hemorragias (nas gengivas, nariz, olhos ou estômago), que podem evoluir para choque, falência múltipla dos órgãos e, em muitos casos, morte.
Não há tratamento específico para a febre amarela. As condutas terapêuticas concentram-se em conter e tratar os sintomas graves, o que representa um grande desafio, especialmente devido à grave síndrome hemorrágica.
O controlo da proliferação de mosquitos é essencial para prevenir a transmissão da febre amarela.
Eliminar criadouros, como locais com acúmulo de água, proteger caixas d’água, usar repelente, roupas compridas e mosquiteiros são medidas fundamentais.
No entanto, a vacinação continua a ser a principal e mais eficaz medida de prevenção contra a doença.
A vacina contra a febre amarela é atenuada e administrada por via subcutânea.
O esquema vacinal recomendado varia de acordo com a idade:
• Crianças até 4 anos: Duas doses — aos 9 meses e aos 4 anos.
• Pessoas a partir de 5 anos: Dose única.
• Pessoas que receberam apenas uma dose antes dos 5 anos: Recomenda-se uma dose de reforço, independentemente da idade atual.
• Pessoas com 60 anos ou mais: A vacinação deve ser precedida por uma avaliação médica individualizada.
A Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo está em campanha para incentivar a vacinação daqueles que ainda não se imunizaram ou estão com o esquema vacinal incompleto.
A necessidade de imunização pode ser verificada mediante apresentação da caderneta de vacinação.
A vacina está disponível tanto nas unidades básicas de saúde quanto em redes privadas, como a PAIVACIN. Em Piracicaba, a Secretaria de Saúde informa que a vacina está disponível em todas as unidades básicas de saúde (Postos de Saúde do SUS).
Saiba mais em https://www.instagram.com/p/DGWIdVgBY_u/?igsh=MXJpc3B4Mmc0YW1uNg==
Nós, da PAIVACIN, também disponibilizamos a vacina. Entre em contato conosco e informe-se.