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⭐ Piracicaba, 31 de janeiro de 2025 ⭐

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Dr.ª Beatriz Abrahão

Fisioterapia e Ergonomia

Síndrome de Down

Definição

É uma síndrome genética relacionada ao cromossomo 21, o que significa que o indivíduo tem uma formação atípica que afeta o seu desenvolvimento físico e cognitivo por conta da cópia extra de cromossomo, podendo apresentar deficiência intelectual associada e transtornos neuropsicomotores.
A condição é caracterizada por algumas semelhanças nesses indivíduos, como a aparência, mas é importante lembrar que, mesmo com essas similaridades, cada pessoa é única e apresentam personalidades e características diferentes dos demais.

Causas

É causada por um excesso de material cromossômico. Eles apresentam 47 cromossomos em suas células e não 46, como a maioria da população.

Epidemiologia

Estima-se que a incidência da Síndrome de Down seja de um em cada 660 nascimentos, o que torna essa deficiência uma das mais comuns de nível genético. A idade da mãe influencia bastante o risco de concepção de bebê com esta síndrome: em idade de 20 é de 1/1925, em idade de 25 é de 1/1205, em idade de 30 é de 1/885, em idade de 35 é de 1/365, em idade de 40 é de 1/110, em idade de 45 é de 1/32 e aos 49 de 1/11. (Fonte: https://pt.wikipedia.org/).

Os portadores de Síndrome de Down apresentam características físicas semelhantes, como:

  • Ponte nasal plana;
  • Baixa estatura;
  • Mãos pequenas e dedos curtos;
  • Flacidez muscular (hipotonia);
  • Prega palmar única;
  • Olhos com linha ascendente e dobras da pele nos cantos internos.

Sinais e Sintomas

  • Atrasos no desenvolvimento;
  • Atrasos na fala ou na comunicação funcional;
  • Dificuldade na aprendizagem;
  • Deficiência intelectual associada;
  • Deslocamento da língua;
  • Obesidade;
  • Problemas de visão;
  • Refluxo;
  • Distúrbios do sono;
  • Entre outros.

Diagnóstico

É possível identificar a condição ainda durante a gravidez, através dos exames de ultrassom, mas é com o exame de cariótipo que alterações cromossômicas são identificadas.

Tratamento

O tratamento é realizado através das necessidades individuais de cada paciente, e com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. É capaz de fornecer uma excelente qualidade e expectativa de vida para os portadores.

Fisioterapia

O tratamento fisioterapêutico é uma forma de oferecer a criança oportunidades adequadas de interagir e explorar ambientes com mais funcionalidade e independência.

A estimulação deve começar a partir do nascimento, principalmente pelos primeiros encontros entre os pais e o bebê, são fundamentais para o engajamento emocional e para a experiência de vinculação.

A fisioterapia deverá ser iniciada o mais cedo possível, assim que houver liberação médica para isso. Quanto mais precoce iniciado o tratamento, mais benefícios à criança poderá ter, porque a plasticidade neural tem sua maior intensidade nos primeiros meses de vida.

O objetivo da fisioterapia para essas crianças, portanto, não é acelerar a taxa de desenvolvimento, como é frequentemente presumido, mas sim facilitar o desenvolvimento de bons padrões de movimento. Isso significa que, em longo prazo, ajuda a criança a desenvolver uma boa postura, um alinhamento adequado dos pés, um padrão de caminhada eficiente e uma boa base física para o exercício ao longo da vida.

Áreas da fisioterapia que contribuem para evolução

Fisioterapia motora

  • ·         Exercícios de amplitude de movimento;
  • ·         Exercícios de fortalecimento muscular;
  • ·         Exercícios de coordenação e equilíbrio;
  • ·         Exercícios de ambulação;
  • ·         Exercícios de condicionamento geral;
  • ·         Treinamento de transferência;
  • ·         Mesa inclinada.

Hidroterapia

  • Melhora a capacidade pulmonar;
  • Aumenta o controle de equilíbrio;
  • Ganho de força muscular;
  • Promove o desenvolvimento cognitivo e social;
  • Combate o estresse.

Equoterapia

  • Desenvolvimento motor;
  • Equilíbrio;
  • Postura;
  • Coordenação.

Bandagem funcional

  • Melhora a força muscular em movimentos como engatinhar e andar;
  • Favorece o selamento labial;
  • Oferece mais estabilidade postural;
  • Ameniza as alterações encontradas.

Além disso, é interessante, e importante, ensinar exercícios aos pais para os mesmos praticarem com seus filhos. Os pais podem praticar as atividades quando a criança estiver descansada e forte, e essas podem ser incorporadas na rotina diária. Através da prática e da repetição, a criança desenvolverá força e eficiência, levando ao domínio do movimento.

A prevenção é o melhor caminho!

Cuide-se, seu corpo agradece!