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⭐ Piracicaba, 30 de janeiro de 2025 ⭐

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Ídico Luiz Pellegrinotti

Professor universitário

Crianças pedem desculpas ao aniversariante do Natal

A luz da divindade é um fóton que inspira ver, ouvir — no paradoxo — no silêncio, as preces que viajam mais rápido que a velocidade da luz e chegam ao corpo vibratório de Deus. Quando as súplicas vêm de crianças, que sentem o sofrimento de seus entes queridos, além da grandeza de seus pedidos, têm a potência da verdade do fato em súplica.

É nos apelos das crianças ou mesmo dos adultos que trilham a senda da verdade, que se consolam no que disse Jesus Cristo aos que nele acreditaram: ‘Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos; e conhecendo a verdade, e a verdade os libertará’. Evangelho de João. Capítulo oito, versículos 31–32.

Os momentos em que cada pessoa passa por suas escolhas são, também, a reflexão de suas consequências. Para situar o título do artigo, as crianças são reais e sofrem por seus pais que acreditaram viver num país de plena liberdade de expressão e verdades constitucionais. Elas são filhas dos presos do irreal tal golpe de oito de janeiro de 2023, e com absurdas condenações por um ato fictício descrito por atores criativos de servidores públicos com carteirinha oficial que, sem um único voto, criam sentenças. E os que têm votos? Se calaram frente ao barulho da mentira fantasiada de uma peça acusatória que só se mantém num palco de teatro com espectadores e apoiadores de conivência.

Às diretrizes que sustentam uma República Federativa e com democracia representativa é incompatível quando se percebe a ausência de verdade. Pois, quando se fala de cidadania num país de plena liberdade, deve-se pagar o bem com o bem e o mal com justiça, alicerçadas na sua Carta Magna. A orientação deve ser a impessoalidade dos funcionários públicos autorizados pelo povo para seguir com retidão as consagradas Leis do país.

Com toda essa orientação popular e constitucional, a sociedade se vê frente a uma espécie de mutação, que não veio da maioria da sociedade, em que legisladores e juristas parasitando os mecanismos democráticos coexistem impondo a ausência da verdade. O atual declínio do Estado de direito e das liberdades democráticas é a negação da realidade, criando um Estado obscurantista com o uso de mentiras e falsidade organizadas. Tal pintura é bem representada por George Orwell no seu livro 1984, em que havia o “Ministério da Verdade” que ostentava na fachada os dizeres: “Guerra é paz”. Liberdade é escravidão. “Ignorância é força.” Com a conveniência e o silêncio da maioria dos representantes do povo, nasce, pulando da ficção para a realidade, o bloco governamental e o mecanismo oligárquico como sendo os soberanos da verdade.

Aos olhos das crianças sofridas pelas fantasiosas condenações de seus pais e de entes queridos, se postam de joelhos e com as mãos em súplica pedem desculpas ao aniversariante do Natal por haver, ainda, nesta Terra sagrada, grupos que em apoio à mentira executam tanto sofrimento a inocentes. Mesmo assim, elas pedem ao aniversariante da data perdão para os que sabem do mal que estão causando. Ao mesmo tempo que pedem para si, que as leis divinas lhes abençoem e amenizem os sofrimentos e ausências que sentem de seus familiares.

Como disse Jesus em resposta à pergunta: o que é verdade? “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. ELE, como foi perseguido, deu esta resposta como símbolo da vitória contra a mentira. Assim, se a verdade desmoronar frente a mentira, a liberdade acaba, e, sem a liberdade, não é humana a vida.