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⭐ Piracicaba, 4 de dezembro de 2024 ⭐

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Dr.ª Beatriz Abrahão

Fisioterapia e Ergonomia

Como nosso cérebro aprende?

O cérebro aprende através de um processo de neuroplasticidade, que é a alteração da estrutura e função do cérebro. Esse processo ocorre quando os neurônios se comunicam entre si por meio de sinapses.

Para aprender, o cérebro recebe estímulos pelos sentidos, que ativam conjuntos de neurônios conectados entre si. A atenção é fundamental para selecionar as informações relevantes e atribuir significado a elas.

O cérebro aprende de forma mais eficaz quando os hemisférios direito e esquerdo estão em sintonia. O hemisfério esquerdo é responsável pelo raciocínio lógico, fala e matemática, enquanto o hemisfério direito é responsável pela criatividade, arte, dança.

A repetição é uma forma eficaz de memorizar o conhecimento, pois ajuda o cérebro a perceber que determinado conteúdo é importante.

A teoria da Pirâmide de Aprendizagem postula que as formas ativas de aprendizagem são mais eficazes do que as formas passivas. Por exemplo, debater, agir ou ensinar aos outros é mais eficaz do que ler, ouvir ou observar.

O que fazer para estimular o cérebro?
Quando estimulado adequadamente durante toda a vida, o cérebro tem a capacidade de expandir suas conexões e continuar funcionando.

Ø  Alimentação saudável:
Escolher bem o que irá compor seu prato durante as refeições favorece a saúde cerebral. Ter uma dieta equilibrada com alimentos nutritivos contribui com o funcionamento do cérebro e melhora as conexões neurais, além de dar mais energia.

Ø  Exercícios físicos:
Não é novidade que o hábito de se exercitar regularmente faz bem para o corpo. Mas, manter-se ativo fisicamente também é benéfico para o cérebro. Após a atividade física, ocorre uma elevação dos níveis de oxigenação e do fluxo sanguíneo cerebral, ajudando na memória e na concentração. Exercícios também melhoram a comunicação entre os neurônios e evitam o comprometimento cognitivo.

Ø  Sono consistente:
Durante o sono, o cérebro continua trabalhando e realizando funções essenciais para a manutenção do organismo. Logo, quem dorme pouco ou mal pode comprometer a eficiência do órgão.

É comum que a insônia e os distúrbios do sono comprometam a consolidação da memória e afetem a função cognitiva e o humor.

Além disso, ao dormir a pessoa reduz o consumo de energia realizado pelo cérebro. Dessa forma, os neurônios se renovam para fazer as atividades do dia a dia.

É importante manter uma rotina de sono consistente e dormir pelo menos 7 horas todas as noites.

Ø  Jogos e atividades manuais:
Diversos jogos desafiam e estimulam diferentes áreas cognitivas. Entre os mais comuns, estão: quebra-cabeça, caça-palavras, xadrez, dama, jogo da memória, entre outros.

Já as atividades manuais são recomendadas para estimular o cérebro, promover a coordenação motora e a concentração. Você pode investir em tricô ou crochê, pinturas e desenhos, origami, esculturas de argila, bordados e costuras em geral.

Ø  Leitura:
A leitura é uma forma de estimulação cerebral, pois impacta nas áreas cognitivas. O indivíduo com o hábito de leitura desenvolve a habilidade de concentração e foco. Ler também estimula a criatividade, fornece uma pausa mental e aumenta a capacidade de compreensão e interpretação das informações.

Ø  Interação social:
A interação social provoca um estímulo cognitivo e garante o bem-estar de forma geral.

É fundamental que o indivíduo mantenha contato com amigos e familiares e evite o isolamento, sempre que possível. Isso porque a ausência de contato humano pode causar declínios cognitivos, principalmente em idosos.

Ø  Aprendizado contínuo:

Aprender algo novo é desafiante para o cérebro e estimula as atividades cerebrais. Isso contribui para a manutenção e melhoria das habilidades cognitivas.

O aprendizado contínuo promove a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de formar novas conexões neurais. Isso contribui para a manutenção e melhoria das habilidades cognitivas. E também organiza os pensamentos, a criatividade e a memória.

Você pode aprender um novo idioma, nadar ou andar de bicicleta, desenhar, pintar, tocar um instrumento ou qualquer tipo de atividade manual, como artesanato.

Quando começar a exercitar o cérebro?

Nunca é tarde para aprender e começar algo novo. A busca pelo aprendizado e aperfeiçoamento cognitivo deve ser realizada em todas as fases da vida e colaboram para a estimulação cerebral.

Algumas atividades estimulam o cérebro desde a infância e contribuem para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, como raciocínio, memória e atenção. Já no caso dos idosos, o aprendizado contínuo é uma ferramenta eficaz na prevenção de doenças neurodegenerativas.

Aprender constantemente ajuda os idosos a se adaptarem a mudanças tecnológicas e que afetam a sociedade, promovendo a independência e a autonomia. Nesses casos, pode ser algo simples, como preparar uma nova receita, mudar o caminho de volta para casa, começar a cuidar de plantas, pintar e visitar exposições de arte.

A prevenção é o melhor caminho!

Cuide-se, seu corpo agradece!