Mesmo com a remoção, o xantelasma pode voltar, caso os níveis de colesterol não sejam normalizados
As pequenas bolsas de gordura que surgem na região da pálpebra, logo abaixo da superfície da pele, conhecidas como xantelasma, são inofensivas, não contagiosas e não causam problemas graves, porém elas são um sinal de que há algo muito além da estética.
De acordo com o dermatologista Antonio Lui, do hospital Santa Casa de Mauá, em cerca de 50% dos casos, o xantelasma é um indicador de que há altos níveis de colesterol ou triglicerídeos no sangue. Entretanto, pode também estar associado a algum distúrbio hereditário do metabolismo ou a doenças hepáticas.
“A maior parte dos pacientes afetados é do sexo feminino a partir dos 40 anos e é muito raro ocorrer em crianças e adolescentes”, explica.
O xantelasma não apresenta sintomas, mas pode dificultar o movimento da pálpebra e dos olhos se crescer muito, além de afetar a autoestima e a estética. Desta forma, a recomendação é para que as bolsas de gordura sejam retiradas, já que o crescimento é progressivo.
O tratamento para remoção das bolsas de gordura é minimamente invasivo e deve ser indicado e realizado por um dermatologista. Ele pode envolver peeling, pequenas cirurgias com anestesia local e outros procedimentos com a aplicação de ácidos ou laser. Quanto antes forem removidas, menores as chances de ficar marca ou cicatriz.
Vale ressaltar que as bolsas de gordura não desaparecem sozinhas e não devem, em hipótese alguma, serem estouradas ou espremidas.
“Também é importante alertar para que o paciente não faça uso de medicamentos por conta própria, sem a indicação médica, já que produtos inadequados podem queimar a pele e, até, comprometer a visão. Somente o dermatologista pode orientar o tratamento adequado”, orienta o dermatologista Antonio Lui.
Mesmo com a remoção, o xantelasma pode voltar, caso os níveis de colesterol não sejam normalizados. É fundamental saber que pacientes com xantelasma têm mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares, independentemente do nível do colesterol. Portanto, a recomendação é para que o paciente também busque um especialista para investigação e tratamento.
Foto: Banco de Imagem