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⭐ Piracicaba, 5 de fevereiro de 2025 ⭐

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Nilton Magalhães deixa a RBM e Portal/Jornal Toda Hora de Brasília

rbm

Ele lamenta a missão abortada, infelizmente, devido à crise financeira, após sete anos de forte atuação no jornalismo sério e comprometido com a verdade

Idealizador do extinto Portal/Jornal Toda Hora Web, o jornalista, ex-empresário do setor de comunicação Nilton Magalhães falou ao Portal O Dia DF, sobre o desafio que foi manter a RBM – Rede Brasil de Mídias, empresa com quase 13 anos no mercado de mídias e comunicação na Capital Federal.

Em meio a desafios que tiveram que ser superados, Magalhães lembrou de algumas passagens de sua trajetória como a aposta bem-sucedida em publicação impressa aliada à digital.

Confira, abaixo, o pingue-pongue jogo rápido com o profissional multimídia.

Como foi sua experiência no mundo da comunicação digital e impressa?

N.M.: Realmente foi uma experiência que eu nem imaginava que teria um dia na vida, pois não passava pela minha cabeça tornar-me um empresário do setor de comunicação, e muito menos em Brasília-DF, no centro do poder.

A ideia de fazer um novo veículo surgiu repentinamente após minha passagem pelo famoso portal www.fatoonline.com.br de Brasília-DF.

Portanto, sem ao menos um planejamento, o portal todahoraweb nasceu em Novo Gama-GO e era praticamente um blog, era o que tínhamos naquele momento dentro das condições reais.

E o projeto do impresso também foi criado por mim.

Em menos de 30 horas, eu tinha que criar algo diferente dos outros, então uni o útil ao necessário, jornal sério, mas com estilo popular, com letras garrafais, mas com um layout moderno e atrativo, foi o que fez um grande diferencial, sem contar com o valor de venda nas bancas por apenas R$ 0,75, o que mostrou grande aceitação nas bancas e pontos de Brasília e no Entorno do DF.

Em seguida baixamos o valor para a bagatela de R$ 0,50, aí foi que vimos o jornal Toda Hora se tornar um sucesso e esgotar nas bancas.

Tive a ideia inédita de dar o valor de cada exemplar vendido 100% para as bancas, ou ponto de distribuição e assim o jornal circulava por si só.

Moral da história:

Não precisamos gastar com logística de distribuição.

Xeque-mate!

Quais os principais gargalos enfrentados ao longo de sua atuação no mundo digital?

N.M.: Então, tínhamos que divulgar o on-line de qualquer forma, pois não havia verba para uma campanha publicitária em TV ou nas outras mídias.

A saída foi usar o impresso e levar o nome do portal numa breve campanha.

Foi aí que o telefone tocou, e as agências entraram em contato por e-mail e pelas redes sociais.

Posso afirmar que não nos preocupou a questão de concorrência, pois eu já sabia do sucesso do projeto impresso e on-line.

E o mercado se abre dependendo da forma de como se inserir nele, consegue-se seu espaço e público sem prejudicar os outros veículos com uma concorrência desleal.

Na sua visão, o setor de comunicação digital está em crescimento ou o impresso ainda tem espaço no mercado? Por quê?

N.M.: Sim!

Com certeza o mercado está em crescimento no mundo todo. Isso é fato irrelevante e não há o que se discutir.

Mas afirmo que mesmo que seja um veículo, portal de notícias com layout moderno e não tiver um bom conteúdo diversificado, um bom comercial, mesmo com uma equipe de peso, é dar um tiro no pé.

O digital está mudando a cada dia.

Se não buscar novas opções e não somente bônus para os leitores internautas será um fracasso total. Tem que ter novidades a cada dia, inovar.

A dica que dou é interagir com o leitor internauta, e tentar, de alguma forma, ser livre se tratando da questão editorial, sem amarras, sem partido, principalmente, certo que sabemos que isso é difícil num mercado que está ficando cada vez mais obsoleto, que é o dos meios de comunicação.

Já sobre o impresso existe um “mito” que o impresso acabou, e vai acabar para sempre, todos nós sabemos que o brasileiro não tem a cultura de ler, e nessa nova geração é mais difícil ainda pois tudo está no Google.

No meu tempo era o impresso, rádio e TV.

O impresso ainda tem muita força, muitos jornais estão mudando no Brasil, ainda é um processo lento, mas estão se adequando à nova forma de informação, apesar de muitos jornais ainda estarem estagnados, layout antigo, muito texto e sem novidades nas editorias.

Vale lembrar que o impresso é um “documento” fisicamente.

A publicidade acompanhou a evolução das mídias digitais. O que falta para maior crescimento da publicidade no mercado hoje?

N.M.: Claro.

A publicidade no Brasil tem evoluído, sem sombra de dúvida, no formato digital e outras plataformas, mas precisa de mudar muitas coisas, oferecer mais opções além de descontos, bônus, promoções e sair do óbvio.

Fiz um curso de três meses da META Google, em 2022, promovido pela ANER e o ICFJ, cujo programa possui conteúdo extraordinário.

Mostrou para os participantes o que tem mudado lá fora, somente publicidade não dá mais receita, tem que haver algo novo para oferecer e agregar.

O que o Nilton Magalhães pretende fazer daqui para frente?

N.M.: Eu fiz muita coisa que sempre tive vontade nestes meus 46 anos de vida.

Mas tenho coisas novas para desvendar e aprender.

Algo novo para dominar, uma profissão que está em ascensão no Brasil, mas todos saberão no momento certo.

POR: MAURICIO NOGUEIRA

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