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AVC: médica especialista alerta para principais sintomas e tratamento

Dia Mundial do AVC, lembrado no último dia 29 de outubro, traz à tona a importância de conscientizar sobre a doença e a necessidade de buscar tratamento rapidamente

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é considerado uma das maiores causas de morte e incapacidade adquirida em todo o mundo, conforme o Ministério da Saúde. No Brasil, foi a causa do óbito de quase 40 mil brasileiros, de janeiro a agosto deste ano, segundo os dados mais recentes do Portal de Transparência do Registro Civil, mantido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (ARPEN Brasil). O número equivale a seis óbitos por hora. O tema traz à tona a importância de reconhecer os sintomas, de conscientizar sobre a doença e de buscar tratamento o mais rapidamente possível.

O Ministério da Saúde expõe fatores de risco que podem desencadear o acidente. O diabetes é um dos principais. Além dele, estão a hipertensão arterial, obesidade, colesterol alto, tabagismo e sedentarismo, sendo que todos esses fatores de risco devem ser combatidos.

A médica fisiatra especialista em bloqueios neuroquímicos no tratamento do AVC, Matilde Sposito, com consultório em Sorocaba (SP), informa que o AVC é uma doença tempo-dependente, ou seja, quanto mais rápido o tratamento, maior a chance de recuperação. Sendo assim, é primordial a identificação dos sinais de alerta, para o reconhecimento da ocorrência de um AVC. Dentre os principais sinais de alerta, estão:

– fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
– confusão, alteração da fala ou compreensão;
– alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
– alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
– dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

“Tanto no momento em que o acidente acontece, que é quando o paciente precisa ser socorrido imediatamente, quanto após, que é quando ele precisa passar por um tratamento, o atendimento precisa ser rápido”, afirmou a especialista. “Após o AVC, quanto mais cedo o paciente recebe a assistência médica-fisiátrica, menores são as chances de que as sequelas se tornem permanentes”, orientou.

Conheça

Os AVCs são classificados como hemorrágico ou isquêmico, sendo este último o mais frequente, representando em torno de 85% dos casos, segundo o Ministério da Saúde. O AVC isquêmico ocorre quando há o entupimento de pequenas e grandes artérias cerebrais. Já, o AVC hemorrágico acontece quando há o rompimento dos vasos sanguíneos, provocando hemorragia. Esse subtipo de AVC também pode acontecer pelo entupimento de artérias cerebrais e é mais grave e tem altos índices de mortalidade.

O tratamento

A medicina fisiátrica aparece como uma alternativa necessária e eficaz no tratamento do AVC e na contenção e redução de sequelas. Trata-se de um segmento da medicina que realiza a prevenção e o tratamento de doenças associadas a limitações físicas e dores crônicas, oferecendo abordagens para minimizar as consequências e acelerar o processo de recuperação.

“O objetivo é restaurar a capacidade motora, reduzir a dor e melhorar a qualidade de vida”, afirma a médica especialista Matilde Sposito. “Dentre as abordagens terapêuticas que podem ser indicadas, estão: acupuntura, sessões de fisioterapia, hidroterapia, RPG, pilates, cinesioterapia e aplicações de toxina botulínica, por exemplo”, acrescentou.
 

A médica fisiatra informa que, além de utilizar exercícios terapêuticos, a fisiatria também pode recorrer a bloqueios neuroquímicos com toxina botulínica para tratar pacientes que sofreram AVC ou traumas, indo além da recuperação física.

“O tratamento envolve uma abordagem integral, considerando não apenas o aspecto físico, mas também emocional e social. Trabalhamos para que o paciente recupere sua independência e retome suas atividades diárias, da melhor forma possível”, ressalta.

Foto: Banco de Imagem