Treinamento para aplicação da vacina inativada poliomielite (VIP) acontece desde o recolhimento do antigo imunizante e lançamento da nova estratégia nacional de vacinação há cerca de um mês

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Imunização, está na fase final de capacitação dos servidores para o uso da nova vacina contra a poliomielite em toda a rede pública de Piracicaba.

O treinamento começou há um mês, quando o Ministério da Saúde suspendeu e recolheu todas as doses da vacina oral bivalente, popularmente conhecida como gotinha (VOPb), para iniciar a nova estratégia nacional de vacinação com o imunizante VIP (vacina inativada poliomielite) injetável, mais seguro e eficaz.

A utilização do novo imunizante acontece a partir do dia 04/11. Em 2024, até o momento, a cobertura vacinal na cidade é de 86,08%.

Conforme explica Cibele Melo dos Reis, responsável pelo Departamento de Imunização da Secretaria de Saúde, a mudança é baseada em critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais

Por ser mais eficaz, o Ministério da Saúde decidiu substituir as duas doses de reforço com a gotinha por uma dose de vacina inativada poliomielite (VIP) que é injetável, de modo que o esquema vacinal contra a doença será exclusivo com o novo imunizante.

Para explicar essa novidade, estamos terminando de capacitar nossos servidores da saúde para que a população tire todas as suas dúvidas na hora da imunização e os indicadores de cobertura vacinal atinjam as metas”, destacou.

Cibele reforçou que a partir de 4/11, com a VOPb deixando de ser utilizada, será necessária apenas uma dose de reforço com VIP, aos 15 meses de idade, de modo que o esquema vacinal com o referido imunobiológico será com doses aos 2, 4, 6 e 15 meses.

O país está há 34 anos sem a doença e contabiliza 47 anos de sucesso de uso da VOP nas estratégias de vacinação no combate contra a poliomielite desde que foi introduzida de forma oficial em 1977″.

É importante lembrar que a substituição do imunizante no Brasil foi amplamente discutida em Reunião da Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI) e a decisão final contou com a participação dos representantes de sociedades científicas, com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e acompanhamento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).