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⭐ Piracicaba, 21 de novembro de 2024 ⭐

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João Carlos Goia

Gerente do Senac Piracicaba, jornalista pós-graduado
em mídias e mestre em educação

Outubro Rosa, seu significado e importância para o autocuidado

Antes de entrar no tema que intitula este artigo, gostaria de esclarecer, que a motivação para escrevê-lo está relacionada também ao mês de eleições para prefeitos e vereadores de nossas cidades.

Quando analisamos, tanto os representantes do legislativo, quanto do executivo em todo estado, ainda percebemos o longo caminho que temos a percorrer, garantindo efetivamente o acesso e representatividade feminina em todos os segmentos da sociedade.

Em Piracicaba, por exemplo, em seus 257 anos, jamais tivemos uma representante feminina frente ao executivo e um número muito reduzido sempre, na bancada do legislativo.

Além do forte patriarcado ainda vigente, acredito que falta também uma conscientização do próprio público feminino, procurando se organizar e defender de forma mais expressiva sua representatividade. Enfim, muitas conquistas adiante por vir, apesar de todo avanço e caminho percorrido até aqui. Neste sentido, talvez este artigo dialogue diretamente com as mulheres, mas tenho expectativas que atinja um percentual também de público masculino, que carece desse olhar e conscientização.

Calma, não irei aqui tratar dos motivos que denominam o mês de outubro, como Rosa, pois é uma campanha de conscientização amplamente divulgada. Gostaria sim, de discorrer aqui, claro, como iniciei este, tratando do espaço de empoderamento das mulheres e, dessa forma, sobre a importância de sua saúde física, mas também a necessidade de refletirmos sobre o autocuidado feminino e seu impacto frente a sua atuação no mercado de trabalho, no meio político, etc., afinal, é sabido que um número expressivo exerce tripla função, sendo responsáveis pelo sustento, educação e cuidado dos filhos e de suas casas, ou seja, estão vulneráveis a um desgaste físico e mental considerável em suas trajetórias.

Para as mulheres, o autocuidado é essencial para enfrentar os desafios diários, especialmente no ambiente corporativo, onde muitas vezes elas precisam equilibrar múltiplas responsabilidades e lidar com pressões adicionais e quando conseguem dedicar tempo para cuidar de si mesmas, elas estão, na verdade, fortalecendo sua capacidade de enfrentar tais desafios, tomar decisões assertivas e buscar oportunidades de crescimento de forma igualitária com os homens e, romper definitivamente, com culturas conservadoras que ainda imperam em muitas empresas e instituições, onde o machismo ainda resiste.

Agindo assim, permitem-se alcançar um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional, o que é crucial para o sucesso a longo prazo.

Quando citamos o movimento do empoderamento feminino corporativo, estamos relacionando o mesmo, a possibilidade de criação de ambientes que valorizem e incentivem o autocuidado e minimizem as diferenças de gênero.

presas que promovem políticas de bem-estar, como horários flexíveis, programas de saúde mental e espaços de descanso, amamentação, entre outras, contribuem para o desenvolvimento de uma cultura organizacional mais inclusiva e equilibrada, além de promover diálogos saudáveis e positivos sobre as diferenças e crenças estruturais enraizadas em nossa sociedade.

Essas iniciativas não apenas beneficiam as mulheres, mas também melhoram a produtividade e a satisfação de todos os colaboradores, tornando o público masculino também mais engajado nessa luta e com uma consciência elevada acerca dos tipos de violências presentes nos ambientes corporativos, afinal, esses embates travados com frequência e transparência, auxiliam no rompimento de estereótipos e preconceitos, visto que, não é raro verificarmos, situações em que as mulheres são vistas como menos capazes de lidar com cargos de alta responsabilidade devido a questões relacionadas ao gênero e maior sensibilidade, que via de regra, podem ser confundidos equivocadamente como fraqueza emocional.

Apesar de ter clareza que estou aqui, digitando e compondo num lugar que não me pertence como direito de fala, tal exercício também me ajuda na compreensão desse contexto e status, enquanto força e autocuidado e não fragilidade.

Em resumo, o mês de outubro e sua campanha do Outubro Rosa, é uma excelente oportunidade para refletirmos coletivamente sobre a importância deste momento e avançarmos.

Quem sabe daqui a quatro anos, conseguiremos finalmente eleger uma representante para administrar nossa cidade. Fica o convite e o compromisso.

Bom domingo de eleições.