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Conheça a Tomossíntese, método que acelera diagnóstico preciso do câncer de mama

Médica radiologista do Sabin Diagnóstico e Saúde destaca vantagens do exame que detecta microlesões imperceptíveis por exames convencionais

A importância das campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, pode ser traduzida em números: o Brasil apresenta risco estimado de 66,54 casos de câncer de mama a cada 100 mil mulheres. Somente em 2023, foram 74 mil novos diagnósticos. A Tomossíntese Mamária, método mais eficiente para detectar o câncer de mama, se tornou uma importante ferramenta na luta contra a doença. Ao possibilitar a visualização das estruturas internas a partir de ângulos diferentes, o exame aumenta em até 40% o diagnóstico de alguns tipos de tumores.

De acordo com a médica radiologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Nara Fabiana Cunha, a detecção precoce das lesões aumenta as chances de sucesso do tratamento, com vantagens significativas advindas da tomossíntese mamária.

“A introdução da tomossíntese nos protocolos clínicos têm transformado o rastreamento e o diagnóstico do câncer de mama, permitindo a detecção de lesões em estágios mais iniciais”.

A médica explica as vantagens e indicações da Tomossíntese Mamária:

Raio-X em movimento

Enquanto a mamografia digital 2D captura uma imagem estática da mama comprimida, a tomossíntese utiliza um movimento de arco do tubo de raio-X para captar múltiplas projeções da mama. Tomadas em cortes finos de 1 mm de espessura, essas imagens são reconstruídas digitalmente para criar inúmeros ângulos da mama.

“A tomossíntese permite aos radiologistas observarem cortes sucessivos das mamas, o que ajuda a identificar pequenas lesões que poderiam passar despercebidas em imagens bidimensionais”, detalha Nara.

Recomendação para mamas densas

A tomossíntese mamária é especialmente recomendada para pacientes com mamas densas, onde a mamografia convencional pode ter dificuldades na detecção de lesões. A técnica se destaca por identificar distorções arquiteturais, assimetrias e nódulos ocultos no tecido glandular.

“Pacientes que apresentam alterações detectadas na mamografia digital 2D ou possuem histórico familiar de câncer de mama podem se beneficiar dessa abordagem, que oferece maior precisão diagnóstica.”

Combinação da Mamografia 2D com a Tomossíntese

Estudos multicêntricos indicam que a combinação da tomossíntese com a mamografia digital pode aumentar em até 30% a detecção de cânceres mamários, especialmente em casos de carcinomas ductais infiltrantes, que são o tipo mais comum da doença. A técnica demonstrou eficácia na redução de até 40% na necessidade de exames complementares, o que minimiza o estresse das pacientes e reduz os custos associados ao diagnóstico.

Exames adicionais

Apesar dos avanços, a tomossíntese não elimina a necessidade de exames complementares em certos casos. Pacientes com nódulos, lesões complexas ou com suspeita de disseminação do câncer podem precisar de ultrassonografias ou ressonâncias magnéticas para uma avaliação mais completa.

“Esses exames adicionais ajudam a garantir que nenhum detalhe seja negligenciado e que o tratamento seja o mais eficaz possível”, alerta a especialista do Sabin.

A ultrassonografia mamária, por exemplo, é amplamente utilizada como exame complementar, especialmente em mulheres jovens ou com tecido mamário denso. A ressonância magnética é particularmente útil em pacientes de alto risco e na avaliação de implantes mamários, mas é um exame mais caro, com maior tempo de realização e menor disponibilidade em comparação à tomossíntese.

Fatores de risco para o Câncer de Mama

O câncer de mama não tem uma causa única. Embora seja mais frequente em mulheres, os homens também podem ser acometidos pela doença.
A prevalência maior está em mulheres acima dos 50 anos de idade, contudo a doença também alcança outras faixas etárias. E quando ocorre abaixo dos 40 anos, a doença tende a ser mais agressiva.
 

Confira três fatores que aumentam o risco do câncer de mama:

Fatores genéticos e hereditários 

Envolvem o histórico familiar e estão, muitas vezes, relacionados a mutações genéticas passadas entre parentes consanguíneos. O risco de desenvolvimento do câncer de mama de caráter hereditário ocorre em 5 a 10% dos casos.

Fatores endócrinos

Associados à produção hormonal, especialmente à exposição ao estrogênio, os fatores endócrinos ou de história reprodutiva incluem aspectos como: primeira menstruação precoce ou menopausa tardia; mulheres com gravidez após os 30 anos, ou que nunca gestaram ou amamentaram; aquelas que fazem/fizeram uso de medicamentos anticoncepcionais orais ou terapias de reposição hormonal.

Fatores Comportamentais e Ambientais

Fatores diretamente ligados aos hábitos e estilo de vida. Ingestão de álcool ou substâncias químicas, sedentarismo, obesidade (principalmente após a menopausa) e exposição a radiações ionizantes contribuem para aumentar o risco da doença.

Foto: Banco de Imagem