Olá amigos de 2021. Continuo meu relato direto dos poucos adiantes anos de 2025. Falávamos de empregabilidade no final do artigo anterior.
Pois bem, antes de iniciarmos, preciso destacar que disrupção é um adjetivo para justificar medidas, ações, atitudes que deveriam ter sido tomadas em algum momento da história, mas por algum motivo, não foram.
O que quero dizer com isso é que aqui em 2025, muitas pessoas continuam desempregadas, mas por um simples motivo: não conseguem colocação no mercado de trabalho porque não estão preparadas para as oportunidades que surgiram ou simplesmente não entenderam que suas profissões seriam rapidamente substituídas por máquinas.
Lembram do comparativo de seu trabalho atual e a conversão do mesmo num resumo e checklist, que comentei no artigo anterior? Exatamente isso. Então, se pudesse ajudar de alguma forma, diria para verificarem as tendências atuais neste momento que estão vivendo e começassem a se preparar para tais oportunidades.
Se bem me recordo, aí em 2021, existem mais de 11 milhões de pessoas desempregadas, ao mesmo tempo que também, existe uma carência no montante estimado de mais de 300 mil profissionais, só na área de tecnologia, podendo ultrapassar a marca de 400 mil no ano seguinte.
Outro exemplo que posso citar, trata-se do déficit de profissionais para a área de saúde, não somente sendo um problema do Brasil, mas do mundo, pois a OMS já apontava uma escassez de mais de 5 milhões de enfermeiros no mundo há algum tempo e previsões alarmantes de 18 milhões até 2030.
Aqui em 2025 isso não foi resolvido e muitas vagas não são preenchidas. Sendo assim, certamente uma dúvida que irá permear a cabeça de muitas pessoas será, o porquê de tantos desempregados.
Neste sentido, passados quatro anos e olhando para o que aconteceu até aqui, temos algumas possíveis hipóteses na tentativa de esclarecer esse paradoxo: primeiro, as pessoas continuam buscando oportunidades onde não necessariamente existem ou foram desaparecendo ao longo do tempo, pois desde que o ciclo de transformação digital iniciou e, importante destacar, não foi na pandemia, pesquisas já indicavam que 60% das profissões, literalmente desapareceriam.
Fiquem atentos, pois aí em 2021, certamente isso já aconteceu com várias profissões e com o passar do tempo, essa tendência será intensificada.; segundo, as formações não conseguiram avançar além do currículo tradicional, principalmente não desenvolvendo as já tão conhecidas soft skills ou, ainda, desenvolvendo competências para que as pessoas sejam excelentes solucionadoras de problemas.
Tal status se deve em parte, porque as instituições de educação, continuaram focando seu processo em desenvolvimento de aptidões e, da mesma forma que os muitos profissionais não perceberam seus trabalhos sendo substituídos pela tecnologia, conectividade e digitalização da vida, essas também não perceberam que com um simples tutorial disponível no YouTube, seus alunos poderiam desenvolver essa aptidão.
Outro ponto importante a ser destacado no que diz respeito a educação, é que este segmento sofreu constantes transformações ao longo dos séculos, mas avançou pouco, visto que sempre ofereceu expressiva resistência, no esforço de justificar suas tradicionais metodologias e estruturas, leia-se, salas de aulas e laboratórios que se tornaram obsoletos em poucos anos.
Sendo assim, o caminho será uma educação que funcione cada vez mais, muito próxima a um serviço de assinaturas, assim como toda as atividades da cadeia de prestação de serviço que sejam realizadas em formato repetitivo, também migram para o digital, como exemplo, academias, consumo de artes e entretenimento de forma geral (cinema por exemplo, pois o streaming de vídeos já existe há pelo menos 10 anos de onde estou), igrejas/seitas, entre outros.
Adentramos um novo mundo, um novo cenário em formato misto em definitivo, nem extremos de digitalização e muito menos de estruturas físicas, porém, com uma tendência crescente para a precedência da virtualização.
Caminhando para as conclusões desse segundo relato direto de 2025, retorno aos temas inovação e empregabilidade. Quanto a inovação, independente do segmento da empresa, ela sempre foi e será cada vez mais necessária, principalmente quando tratamos de implementações tecnológicas com viés de soluções, a partir de aspectos como agilidade, facilidade e resultado, utilizando a conectividade como base estrutural.
Empresas ou instituições que não investem minimamente em tecnologia, já estão atrasadas e podem ter até determinado o fim de sua existência, mesmo antes de 2020. Esqueçam o planejamento de longo prazo, afinal, como nos alerta Zygmunt Balman “Vivemos em tempos líquidos, nada hoje é para durar”.
No mundo da digitalização acelerada e focado na necessidade e interesse do cliente, o jogo muda muito rápido e, dessa forma, mesma empresas que que possuem expertise e atuam há muitos anos em qualquer segmento, pode ser substituída por uma outra recém-criada e nascida sobre a premissa da tecnologia.
Aos estudantes e trabalhadores em geral, preciso esclarecer que sim, os empregos de forma geral diminuíram expressivamente, especialmente os que são repetitivos, pois foram totalmente suprimidos pela inteligência artificial, mas da mesma forma, outros surgiram e muitas áreas, a exemplo das que citei no início deste artigo, ampliaram suas contratações.
Sendo assim, sugiro desde já focar no desenvolvimento de competências alinhadas com as necessidades do século 21 (ver artigo soft skills de 2020), além de transformar-se num profissional com capacidade de identificação e resolução de problemas.
Procurem usar o exponencial arsenal de informações disponíveis na rede, para construir seu processo de aprendizagem e pesquisa. Leiam mais, mergulhem mais, fujam do superficial. Deixem o entretenimento e as amenidades do cotidiano das redes sociais de lado, ou pelo menos, em boa parte de seu dia.
O futuro tem pressa e logo estarão aqui comigo em 2025 e espero que esses relatos antecipados tenham surtido algum efeito. Gostaria muito de vê-los aqui preparados para este novo zeitgeist.
Nos falamos mês que vem no último artigo dessa série, que irá tratar de aspectos tão importantes quanto os já citados até aqui.
Qualidade de vida, inteligência emocional, saúde e bem-estar.
Mente sã, corpo são. Até lá.