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⭐ Piracicaba, 19 de setembro de 2024 ⭐

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150 Anos de Imigração Italiana no Brasil

REGISTRO DE CHEGADA DE ADELE CERVELINI FRANZOSO.

Adolpho Queiroz

Os 120 anos de imigração italiana em Piracicaba serão comemorados condignamente, no dia 3 de outubro próximo, no Parque da Rua do Porto, com a inauguração do Monumento do Imigrante. A Sociedade Italiana de Piracicabana, fundada há 120 anos, celebra o feito e está se rearticulando para tornar-se novamente referência nos movimentos sociais e culturais da nossa cidade. Além desta ação, tem sido realizados concertos musicais, uma exposição de arquitetura italiana, lançamentos de livros, reunindo novamente a comunidade. Vários novos sócios foram conquistados nesse período.

A entidade está empreendendo uma grande campanha entre os descendentes de italianos que vivem em nossa cidade para poder viabilizar o monumento, idealizado pelo diretor da entidade e artista plástico, Palmiro Romani, cujo bisnonno foi um dos fundadores da Societá.

Assim como  Pietro ,o  bisnonno do empresário Ciro Piazza, que foi um dos construtores do prédio que se situa na rua D. Pedro I, assim como o casarão da família Ometto, no bairro do Recreio/Charqueada, entre outros empreendimentos.

Os Piazza

O sobrenome italiano Piazza é de origem local, assim como muitos dos nomes usados ​​nos tempos modernos. É derivado do lugar onde um homem já viveu ou onde  já teve terras. O sobrenome é derivado da palavra italiana “Piazza” que significa literalmente “praça ou mercado!”. Assim, o portador original do sobrenome era alguém que morava ao lado da praça principal de uma pequena cidade de Piazza, na Sicília, conhecida por suas igrejas e conventos.Este sobrenome é encontrado em toda a Itália e existem muitas variações do nome. Na Toscana, o nome é encontrado na forma Piazzini e Piazesi, enquanto Piazzesse ocorre na Sicília. Portadores notáveis ​​​​do nome incluem Jerome Bartholomeuw Piazza (1745) que se converteu à Igreja da Inglaterra em italiano e já havia sido juiz da Inquisição. Piazza é também o sobrenome de dois pintores italianos que viveram durante os séculos XVI e XVII. Arma: Partito nel 1 di rosso,all mezzáquila d´argento,l coronata dello siesso,unscente dalla partizione; nel 2 d’azzurro, a ter steesso,uhnscente d’oro , ordinal em palo Tradução – Che eagle é o símbolo de Spped, magnanimidade e fortaleza de espírito. O sobrenome Piazza tem origem italiana e significa “praça”. Você pode tentar descobrir mais sobre a origem do seu sobrenome conversando com familiares e amigos, usando sites de busca de sobrenomes e árvores genealógicas, ou consultando empresas especializadas. O vocábulo deriva do latim platea e plateaum do grego plateia, forma substantiva de  platys, ou “largo” ou “amplo”. Além de Piazza, muito comum na Sicília e no norte da Itália, existem variações como Piazzi, Del Piazzo, Del Piaz, Dalpiaz (frequente em Trento), Piazzola, entre outras. Família muito antiga e nobre, de origem germânica, cujas primeiras memórias datam do século X, que se espalharam ao longo dos séculos em Bérgamo, Parma, Cremona, Siena e Asti. O ramo siciliano da família, porém, segundo o autoritário Mugnos, descendia de Piacenza, com Pietro, Bartolomeo e Arniccione, soldados a serviço do regimento normando. Deles vieram Corrado, Nicone e Alessandro, que serviram aos Suábios Reais. A Federico, filho de Corrado, foi um dos principais Barões da cidade de Palermo. Seu filho Ruggiero foi pretor e empossado na mesma cidade. Os descendentes de Ruggiero lutaram sob o rei Ludovico em 1344 e deram origem a outros ramos da família, um dos quais, no início do século XVI, se estabeleceu no Monte San Giuliano. Nicola, quase certamente filho de Ruggiero, um religioso, figura em Alcamo entre os rebeldes do conde Enrico Ventimiglia. Em setembro de 1390 ele obteve uma reserva de benefícios de Bonifácio IX.

 

Os Françoso/Fransozo

Também a família Françoso/Franzoso figurará no Monumento. Tem sido dias de muitos contatos com os primos e familiares que nos ajudaram a construir esse momento de memória aos nossos pioneiros, Primo Françoso e Adele Cervelini Françoso, originários de Treviso e que chegaram a Piracicaba em 28 de agosto de 1882. Primo e Adele estabeleceram-se no Bairro Alto, onde ele atuava como carroceiro numa fábrica de gelo que havia defronte onde hoje existe a Igreja do Bom Jesus.

Tiveram nove filhos, duas mulheres, a mais velha, Ermida e minha mãe, a caçula, Zélia e, entre elas, sete homens, Mário, Orlando, Palmiro, Adolpho (falecido dias após seu nascimento), Antonio, Renato e Alírio. A maioria morava no bairro Alto, como meus avós, que tiveram uma das residências numa pequena casa na Rua São João, entre Moraes e XV de novembro. Meus tios eram comerciantes, alfaiate, marceneiro. Minha mãe trabalhou como funcionária Pública na Prefeitura de Piracicaba. Somos 16 primos, que ajudaram nesta empreitada, a quem agradeço publicamente pelo apoio para resgatarmos um pouco a nossa história. Revê-los neste período, mesmo que virtualmente, para troca de sugestões, foi um momento de alegrias renovadas.

Famílias que já aderiram

Palmiro Romani, Bruna Langella Marchi, José Meneghel, Guilherme Mônaco de Mello, Eduardo Dedini ,Bruno Zanotta, Domenico D’Abronzo, Pedro Vicente Ometto Maurano, Balu Guidotti, Fauzer, Leandro Francisco Sabbadin, Juliano Meneghel Dorizotto, Luis Francisco Schievano Bonassi, Paulo Roberto Checoli,, Nãna Dedini ,José Valdir Verdi, Colégio Salesiano Dom Bosco, Leandro Roel Furlan, Pedro Santin Gomes ,Anna Santin Gomes, Família Lordello Beltrame ( Moacir ), Pietro Casavechia, Sergio Forti,  Guilherme Gorga Mello, Odivaldo Ducatti, Nilva Cobra e família,  família Danelon, João Marco Meneghel , Maria Clara Meneghel ,Ana Elisa Meneghel, Circolo Trentino, Euclydes Vitti e família, Pedro Clemente e família ,Paulo Franhani e família, André Cerignoni, Hélio Donizete Zanatta – Deputado Estadual, Giuliano Bartholomeu  Bruno, Guilherme Belíssimo, Marcelo Batuira Losso Pedroso Mello, Gustavo Marrano, João Marcos Carraro, Denise Scarpari Carraro, Marco Antonio Guidotti, Marcelo Guidotti Família de Primo e Adele Françoso/Fransozo,, José Aguiar Moretti e Família, Maria Eugênia Martins, Mattia Tullio, Milton Brunelli, João Batista Martins Neto, Luiz Roberto Stella, Família Pedrazza, Família Mosna, Família Molon, Arnaldo Bortolleto, Luigi Delfini, Vereador Gustavo Pompeo, Giovanni Valerio, Orestes Serafim, Ettore Geraldo Avolio, Maurício Ducatti Colpas,  Myriam Sueli Vendemiatti, Antônio Sérgio Guarnieri, Lourdes Alves Guarnieri, Sara Guarnieri, Eliete de Fátima Guarnieri ,Isabella Guarnieri Gregório, Marcos Roberto Gregório, Ricardo Boaretto, Eugênio Falanghe, Edgard Camolese, Flávio Copoli, Paulo Gulo, Júnior Guidotti, Marcelo Cançado ( vai definir o nome ), Família Gobbin ( definir ), Ângelo Frias Neto, Jorge Aversa e família, Giuliano Ometto Dedini Duarte, Enzo Ganzerli Neto, Maurício Benatti (definir ), Famila Chittolina (definir  ), Coca Gianetti ( definir ), Roberta Liliana Pedrazza Molon,  Liz Guarnieri, Serena Guarnieri, Camila Fernanda Nalin, , Diógenes Spoladore Junior, Contarini Marcos e família, Frigerio Claudio, Renato Henrique Benati,, Antônio Geraldo Dorizotto, Família Angeli (Definir), Família Capranico, Pietro Lui, Pietro Guitti, Adelmo Marrucci, Vereador Laercio Trevisan, Carlos Giovanini e família, Giovanni Berardino Casavecchia e família, Erick Gomes, Família Aloísi ,Antônio e Amélia Mantelatto e Mainardi, Maria Carla Oliveira, Rosalvo Tadeu Passari, Leandro Passari, Flávio Lauro Cassieri , Ciro Celso Piazza, Euclides Libardi.

Reencontro de Maurano e Piazza

Também foi gratificante neste período reencontrar os amigos Pedro Maurano, também diretor da Societá, que está garimpando os velhos documentos da entidade, para organizá-los e digitaliza-los, alguns dos quais são mostrados nesta edição. São fichas de sócios fundadores da entidade, recortes de jornais, que aos poucos, vão ganhando novos formatos e desafios.

E juntou-se a ele o empresário Ciro Piazza, que já pertenceu a entidade anteriormente, foi vice presidente da Associação Comercial da cidade, onde o movimento de reconstrução da memória foi idealizado, sob a liderança do empresário Juliano Dorizotto. Eu tive o privilégio de participar das conversas e memórias de ambos, dia desses no escritório do Pedro.  Muitas histórias contadas e em busca de serem recontadas, sobre a forte presença  dos imigrantes italianos a nossa cidade e região.

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