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Febre Oropouche grave pode causar complicações neurológicas, afirmam especialistas

Pela primeira vez na história, há registro de mortes ocasionados pela doença

Foi emitido no último dia 07 doa gosto, pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), um alerta epidemiológico da febre Oropouche. Só neste ano houve um aumento de 770,19% nos casos no país, segundo dados do Ministério da Saúde. A doença, transmitida por mosquitos, tem como principal sintoma a febre alta, associada a dor de cabeça, dor nos olhos, dor muscular, náuseas, vômitos, diarreia, dores em membros inferiores e fraqueza. Por isso, monitorar a febre é crucial para a melhora do paciente, o que torna a escolha do termômetro extremamente importante.

Em São Paulo, ainda não há mortes registradas, mas o estado já contabiliza cinco casos, até o último dia 7, todos no Vale do Ribeira. A previsão é que tenham também ocorrências na Baixada Santista. Já no Brasil, são mais de 7 mil casos declarados, sendo dois óbitos.

“Este ano é atípico, pois a morte pela Oropouche é algo inédito na literatura médica. O que costuma acontecer são formas graves da doença, como sintomas muito debilitantes ou complicações neurológicas, como a meningite e a encefalite”, relata o médico clínico geral Marcelo Bechara.

Com resposta imunológica muito intensa, as pessoas infectadas podem ter reações inflamatórias muito fortes, como febre alta, cefaleia intensa, dor muscular e nas articulações, vômitos, erupções cutâneas e fotofobia – o que, para muitos, pode ser confundido com sintomas similares a uma dengue severa.

Ambas as doenças são classificadas como arboviroses, por serem transmitidas por mosquitos. Segundo Bechara, há algumas diferenças bem claras. “A dengue, que é transmitida apenas pelo vetor Aedes Aegypt, pode evoluir para um quadro hemorrágico, algo que nunca foi visto no Oropouche. Já a febre, o vetor mais conhecido é o mosquito Maruim ou Pólvora. No entanto, há possibilidade de contaminação com o aedes também”, afirma o especialista.

Prevenção e cuidados

A infecção acontece em maior parte em locais endêmicos, como nas matas, florestas e campos. Atualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as mudanças climáticas, desmatamento e urbanização não planejada têm favorecido o aumento da infecção.

Um exemplo é, no caso das infecções que aconteceram em Cajati e Pariquera-Açu, cidades do Vale do Ribeira, a transmissão foi local em um ambiente mais urbano, sem o deslocamento do infectado para uma localização endêmica.

E para prevenção, há apenas dois caminhos: evitar possíveis locais de contaminação e utilizar muito repelente.

“Não há algo que previna como uma vacina, por isso é necessário utilizar muito repelente na pele. Fora do campo prático, uma das formas de combate é a informação, até por parte das autoridades, informando sobre os sintomas, monitorando os casos suspeitos e confirmados, além de controlar a população de mosquitos vetores, promover limpeza de áreas urbanas para eliminar criadouros e implementar medidas de controle em áreas de risco”, declara Bechara.

O especialista também esclarece que, se a pessoa for infectada, o primeiro passo é procurar ajuda médica para entender o caso. Bechara também explica que o tratamento é realizado de maneira simples, cuidando dos sintomas e estabilizando o paciente para que não evolua.

“Não há algo específico para tratar. Então, o ideal é ficar de olho, tratar os sintomas, com analgésicos para dores, antitérmicos para febre, muita hidratação, repouso e alimentação extremamente saudável”, diz Marcelo.

A importância de um termômetro confiável

Com o acompanhamento das variações de temperatura é possível identificar a eficácia do tratamento e se está ocorrendo agravamento do estado do paciente ou a presença de possíveis infecções oportunistas.

Além disso, o registro das temperaturas ajuda a prevenir picos de febre, que podem afetar gravemente o sistema neurológico, levando a convulsões, e tornando o estado de saúde do paciente ainda mais delicado. Entretanto, os sintomas da febre Oropouche causam muitas dores musculares e tornam a verificação um processo desconfortável, e por isso, os termômetros infravermelhos são ideais, por serem mais rápidos, precisos e não precisarem estar em contato com o corpo do doente.

“Em casos de doenças como a febre Oropouche, a comodidade de verificar a temperatura sem o contato na pele, traz mais conforto para o paciente, que está sentindo dor em todo corpo, sem deixar de acompanhar a evolução do tratamento”, explica Pedro Henrique Abreu, Gerente de Marketing e Produtos da G-Tech, líder nacional no segmento de equipamentos para monitoramento domiciliar e hospitalar da saúde.

Foto: Banco de Imagem