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⭐ Piracicaba, 22 de setembro de 2024 ⭐

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Prefeito de Piracicaba lança desafio em congresso sobre águas subterrâneas

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Presidente da ABAS sugere combinação de recursos hídricos para enfrentar a questão

O prefeito de Piracicaba e presidente do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ), Luciano Almeida, participou da cerimônia de abertura do XXIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, o maior evento do setor na América Latina. Em seu pronunciamento, Almeida falou sobre as dificuldades do abastecimento na sua região.
Segundo o prefeito, a captação de água do Rio Piracicaba é uma alternativa quase inviável na região seja pela qualidade da água, como pelo volume e vasão disponíveis. Almeida acrescenta, que apenas 1% do abastecimento ocorre com a utilização de águas subterrâneas. “Lanço esse desafio para os participantes desse evento: como conseguimos dar alternativas usando com equilíbrio esse recurso?”
José Paulo Netto, presidente da Associação Brasileira das Águas Subterrâneas (ABAS), lembra que na crise hídrica, entre 2014 e 2017, a região piracicabana foi uma das mais gravemente atingidas. Sem um regime de chuvas suficiente, a água dos afluentes não chega ao Rio Piracicaba e a qualidade da água cai consideravelmente, impossibilitando o tratamento desse recurso.
Mesmo reconhecendo que Piracicaba não é uma região de grandes poços, pela sua condição geológica, José Paulo Netto afirma que a solução passa por um esforço conjunto de distribuição de cargas. “Quando você usa a água subterrânea, você poupa a água do Rio Piracicaba”, explica.
O presidente da ABAS também chama a atenção para a questão do reuso. “Temos que trabalhar com água de chuva, de reuso e subterrâneas ao mesmo tempo, utilizando para finalidades múltiplas vários tipos de água”.
José Paulo Netto acrescenta que a ABAS está à disposição da Prefeitura para a discussão de saídas para a situação da região. “Defendemos sempre o que é melhor para o Brasil”, afirma.
As águas subterrâneas também são responsáveis pelo abastecimento total ou parcial de mais de 52% dos municípios brasileiros, gerando um impulsionamento econômico de quase R$ 100 bilhões por ano. Essa água mantém a perenidade de 90% dos rios, além de quase todos os pântanos e mangues pelo país – berçários dos nossos ecossistemas.