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⭐ Piracicaba, 20 de setembro de 2024 ⭐

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São Paulo homenageou piracicabano com estátua

O Presidente do São Paulo, Júlio Casares, filhos, netas de Cicero Pompeu de Toledo e a direita o vice presidente do clube Harry Massis Junior

O escultor piracicabano Edu Santos, é autor de mais uma homenagem póstuma, agora no portão de entrada do Estádio do Morumbi em São Paulo.

A inauguração da estátua do ex presidente e construtor do Estádio do Morumbi, Cícero Pompeu de Toledo, foi realizada na ultima quinta-feira, dia 18 de julho, pelo presidente do clube, Júlio Casares, na presença dos filhos do homenageado, netas e bisneto.

Depois de construir escultura em homenagem do ex-treinador Telê Santana, Edu Santos foi acionado no mês de março deste ano pela Departamento de Marketing do clube, para construir uma nova homenagem em bronze, ao idealizador e construtor do estádio que levou o seu nome por muitos anos, depois transformado em Morumbi, agora Morumbis, num acordo com a empresa Mondelez.

Segundo Edu:

Eu não imaginava que seria escolhido para mais este projeto. Foi uma das melhores inaugurações e mais emocionantes que eu já presenciei. A ideia era inaugurar junto com o letreiro Morumbis, mas aí o presidente preferiu antecipar, disse-nos à Folha, ainda bastante emotivo naquele dia, após as festividades. Da qual participaram dirigentes do clube, filhos e netos de Pompeu de Toledo e torcedores do São Paulo.

Ainda segundo o escultor:

eles formalizaram o contrato comigo em 14 de março e eu comecei a trabalhar. Fiz uma miniatura de 22 centímetros, para apresentar ao Departamento de Marketing e diretores do clube. E depois que apresentei, foi aprovada e eu comecei a trabalhar a partir de 11 de abril. Demorei mais 40 dias para fazer o modelo em argila sintética. Depois disso entrou na fundição e demorou mais 40 dias. Tamanho natural, 1.75 cm e pesa 160 kg de bronze.

Disse ainda que:

fiquei muito emocionado em ver esta obra em tamanho original, ser colocada como um dos marcos da construção desse estádio, por um clube da grandeza do São Paulo.

Além da estátua, Edu Santos construiu a base em granito e uma outra placa em bronze afixada com o nome do homenageado inscrita na base onde Cicero Pompeu de Toledo ficará para sempre no estádio que sonhou e construiu.

Hoje honramos a memória de Cicero Pompeu de Toledo, que construiu um dos maiores estádios particulares do Brasil nos deixou esse estádio, um dos maiores do país, afirmou o presidente do Clube Júlio Casares, no ato de inauguração.

Ele ficará no portão 1, entrada principal do clube, e será exibido aos visitantes, com descrição histórica a ser feita pelos monitores dos visitantes ao clube.

Eu quero agradecer a todos vocês pelo carinho que sempre tiveram pelo meu pai e continuarão tendo por ele, disse no ato a filha de Cícero, Regina Pompeu de Toledo.

Em seguida que:

na vida dele, a coisa mais importante do mundo era o São Paulo, depois de minha mãe, de mim e meu irmão. A estátua foi muito bem feita, pena que eu não posso levar ele para que eu possa olhar para ele todos os dias

 

Quem foi Cicero Pompeu de Toledo

Ícone piracicabano que marcou a vida do clube, Cícero Pompeu de Toledo, nasceu em nossa cidade em 7 de janeiro de 1910, filho da sra. Hermínia Hauben e Virgílio de Campos Toledo.

Ele era advogado e faleceu em São Paulo no dia 8 de setembro de 1959, aos 49 anos, um pouco antes da inauguração oficial do estádio que leva o seu nome, e é o terceiro maior estádio particular do Brasil, depois do Maracanã e Mineirão, e um dos dez maiores estádios particulares do mundo, com capacidade para mais de 100 mil espectadores.

Sua maior plateia foi uma atividade de igreja evangélica que reuniu por lá 170 mil espectadores.

 

Outros piracicabanos homenageados

Outros piracicabanos que fizeram história no clube, são homenageados noutro espaço, o Museu do São Paulo, que recebe grande número de visitantes todos os dias.

Um deles no dia 2 de outubro de 1960, chamado Arnaldo Poffo Garcia, fez história no futebol brasileiro ao marcar o primeiro gol no Estádio do Morumbi, inaugurado naquele dia.

O então narrador esportivo Geraldo José de Almeida, hoje homenageado pelo São Paulo, com seu nome reverenciado na sala de imprensa, narrou a façanha gritando, a plenos pulmões que o lateral esquerdo Jonas passou pelo marcador português, cruzou alto, a bola passou pelo centro avante – então artilheiro cabeceador – e foi parar na cabeça do jogador piracicabano que mergulhou, e a 30 centímetros do chão, empurrou a bola para as redes, de cabeça. Almeida narrou então que não foi gol de gente, pois tinha sido de um “peixinho”. Assim, Arnaldo, a partir daquele dia virou “Peixinho”, até porque seu pai, jogador do Santos na década de 40, tinha o apelido de “Peixe”, e também era atacante.

Outro dos homenageados naquele Museu foi o goleiro King, aliás Nivanir Inocêncio Fernandes, que atuou no clube entre os anos 30 e 40, depois veio segurar as pancadas no gol do XV a partir de 1948.

Depois de goleiro, atuou como roupeiro e massagista do clube. Depois dele aparecem Nilton de Sordi, outro baixinho que virou lateral direito do XV, passou pelo São Paulo e foi campeão mundial pelo Brasil em 1958.

Estão por lá também Francisco Avanzi, o Chicão, memorável por sua participação na seleção brasileira no mundial da Argentina.

Além de outros dois meio-campistas famosos como José Carlos Serrão, que foi jogador e depois técnico do XV e Doriva, outro quinzista que chegou à seleção brasileira, nos tempos em que a TAM patrocinava o XV.

Rubens Mineli, técnico que se consagrou no São Paulo também foi técnico do nosso XV.

 

Cicero Pompeu de Toledo, à frente do Portão 1 do Morumbi

 

Cicero Pompeu de Toledo, à frente do Portão 1 do Morumbi Criador do Morumbi, agora em estátua feita pelo artista piracicabano Edu Santos

 

O Presidente do São Paulo, Júlio Casares, filhos, netas de Cicero Pompeu de Toledo e a direita o vice presidente do clube Harry Massis Junior

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