As águas dos alagamentos pode causar a doença também nos pets que tiveram contato com as enchentes
Diante das recentes e severas enchentes que têm devastado diversas regiões do Rio Grande do Sul, Juliana Dhein, médica-veterinária, alerta sobre o risco de leptospirose, uma doença bacteriana grave que pode afetar animais e também seres humanos.
A leptospirose é causada pela bactéria Leptospira, que pode ser encontrada em água ou lama contaminada pela urina de animais infectados, principalmente roedores.
As enchentes recentes aumentam significativamente a exposição dos animais de estimação a ambientes potencialmente contaminados, elevando o risco de infecção. Sabemos que esse contato foi inevitável para milhares de pets, diante da tragédia que vivemos. Por isso, é importante estar atento aos sinais de manifestação da doença, relata Juliana.
Sintomas em Cães e Gatos
Os sintomas da leptospirose em cães e gatos podem variar, mas, conforme a médica-veterinária, geralmente incluem, letargia, desidratação, perda de apetite, vômitos, diarreia, icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), e urina escura.
Também pode ocorrer insuficiência renal ou hepática.
A doença pode ser fatal e o prognóstico melhora se o tratamento for instituído o mais breve possível.
Prevenção e Cuidados
A medida preventiva é a vacinação que deve ser feita nos cães ainda filhotes e reforçada periodicamente na vida adulta.
O evitamento do contato dos animais com áreas alagadiças é outra medida, essa pouco possível, para muitos animais, em nosso cenário atual.
Os animais acometidos pela leptospirose devem ser vacinados assim que possível após plena recuperação.
Tratamento
Ao primeiro sinal de qualquer sintoma mencionado, a recomendação é de buscar assistência veterinária imediatamente.
O tratamento precoce pode incluir administração de antibióticos e medidas de suporte para as demais apresentações clínicas, conta Juliana.
OLHO, SE PRECISAR
“As enchentes recentes aumentam significativamente a exposição dos animais de estimação a ambientes potencialmente contaminados, elevando o risco de infecção…”