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Dr.ª Beatriz Abrahão

Fisioterapia e Ergonomia

Acidente Vascular Cerebral

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) conhecido também como derrame, acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.

É uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo. Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa. Desta forma, torna-se primordial ficar atento aos sinais e sintomas e procurar atendimento médico imediato.

Fonte: https://www.gov.br/

 

Tipos

O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) é o tipo mais comum e é causado pela falta de sangue em determinada área do cérebro, decorrente da obstrução de uma artéria.

O Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH), por sua vez, é causado por sangramento devido ao rompimento de um vaso sanguíneo.

Nos dois tipos de AVC, uma vez que o sangue, contendo nutrientes e oxigênio, não chegam a determinadas áreas do cérebro, ocorre à perda das funções dos neurônios, causando os sinais e sintomas que dependerão da região do cérebro envolvida.

O AVC atinge pessoas de todas as idades, sendo mais raro na infância. Deve ser considerado como um ataque cerebral, pois é uma das causas mais frequente de morte e/ou de incapacidades na população adulta brasileira.

Existe outra condição, chamada ataque isquêmico transitório (AIT ou TIA, em inglês), que consiste na interrupção temporária do fluxo sanguíneo, causando sinais e sintomas iguais aos do AVC, mas que se revertem espontaneamente em um curto período.

O ataque isquêmico transitório deve ser encarado como um aviso de que algo está errado.

Sua causa precisa ser descoberta e tratada antes que o AVC ocorra.

 

Fatores de risco

Os seguintes são fatores de risco modificáveis que contribuem para um risco aumentado de acidente vascular encefálico:

  • Hipertensão arterial;
  • Tabagismo;
  • Dislipidemia;
  • Diabetes;
  • Resistência à insulina;
  • Obesidade;
  • Apneia obstrutiva do sono;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Sedentarismo;
  • Dieta rica em gorduras saturadas, gorduras trans e calorias);
  • Estresse psicossocial (ex., depressão);
  • Doenças cardíacas: infarto agudo do miocárdio, endocardite infecciosa e fibrilação atrial);
  • Estenose da artéria carótida;
  • Aneurismas intracranianos (somente hemorragia subaracnóidea)
  • Uso de drogas ilícitas;
  • Anticoagulantes e medicamentos antiplaquetários;
  • Vasculite;
  • Colesterol alto;
  • Ser do sexo masculino.

 

Os fatores de risco não modificáveis incluem:

  • Acidente vascular encefálico anterior;
  • Idade avançada;
  • História familiar de acidente vascular encefálico;
  • Etnicidade racial;
  • Fatores genéticos.

 

Sintomas

Os sinais e sintomas do AVC se iniciam de forma súbita e podem ser únicos ou combinados.

  • Enfraquecimento, adormecimento ou paralisação da face, braço ou perna de um lado do corpo;
  • Visão ou perda da visão, especialmente de um olho; episódio de visão dupla; sensação de “sombra” sobre a linha da visão;
  • Dificuldade para falar ou entender o que os outros estão falando, mesmo que sejam as frases mais simples;
  • Tontura sem causa definida, desequilíbrio, falta de coordenação no andar ou queda súbita, geralmente acompanhada pelos sintomas acima descritos;
  • Dores de cabeça fortes e persistentes;
  • Dificuldade para deglutir.

 

Diagnóstico

O exame mais comum é a tomografia computadorizada de crânio. A identificação rápida dos sintomas é muito importante para o diagnóstico e o tratamento adequado.

Ao reconhecer os sintomas, é essencial procurar ajuda médica imediatamente.

Cada minuto é muito valioso e aumenta a chance de melhora.

 

Tratamento

A maioria dos pacientes exige reabilitação (terapia ocupacional e fisioterapia) para aperfeiçoar a recuperação funcional.

A fisioterapia motora já inicia durante o período de internação, após recomendação médica.

Alguns pacientes necessitam de terapias adicionais (ex., fonoaudiologia, restrições alimentares).

A depressão é uma condição que pode se manifestar em alguns pacientes após o derrame. Muitos pacientes beneficiam-se com a orientação psicológica.

Mudanças do estilo de vida (ex., parar de fumar) e o tratamento medicamentoso (ex., para hipertensão) podem ajudar a retardar ou prevenir o acidente vascular encefálico subsequente.

O principal objetivo da fisioterapia é reabilitar a capacidade motora.

Melhorar a simetria e força muscular do rosto, restaurar a funcionalidade do hemicorpo afetado, melhora do padrão da marcha, promover a independência nas atividades da vida diária.

A fisioterapia motora deve ser realizada de 2 a 3 vezes na semana, em dias alternados. O número de repetições, bem como a intensidade dos exercícios e duração da sessão, dependerá do quadro clínico do paciente.

Exercícios domiciliares diários também são orientados pelo fisioterapeuta, principalmente os alongamentos.

 

Reabilitação Neurológica

Essa fase envolve: Avaliação, planejamento e execução de processo intensivo de reabilitação.

  • Treinamento para mobilidade e tarefas diárias;
  • Sequelas de deglutição (disfagia) e linguagem (fala);
  • Recuperação e readaptação de marcha e equilíbrio;
  • Atividades sócio-culturais;
  • Exercícios oculares se os olhos foram afetados;
  • Estímulos cognitivos;
  • Estratégias adaptativas e compensatórias.

 

A prevenção é o melhor caminho. Cuide-se, seu corpo agradece!